Para alegria de muitos e dor-de-cabeça para alguns, dia 13 de janeiro a ministra chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT) desembarca no Senado Federal. A mudança de casa significa a retomada ao cargo de senadora conferido pelo povo paranaense. O retorno à função eletiva, sem dúvida, traz proximidade aos conterrâneos, principalmente aos que acompanharam seu trabalho junto à presidenta Dilma.
Bastou a notícia da volta de Gleisi ao Senado, para a imprensa paranaense ficar alvoroçada. Inúmeras manchetes alardeiam os altos índices de aprovação do Beto Richa. Analistas locais prevêem a derrota da oposição no ano que vem diante da performance obtida pelo governador nas pesquisas.
Ora vejam. Na última eleição, Beto Richa e sua magic troupe apostaram todas as fichas na candidatura do insosso Luciano Ducci (PSB) à prefeitura de Curitiba.
A telinha mostrava a cidade como um oásis, graças a gestão tucana a qual Ducci sempre fez parte. Pura estratégia de marketing. E mais. As pesquisas apontavam até aos 45 do segundo tempo a vitória de Ducci. O contraditório mostrou à população a Curitiba real e o pupilo de Beto rodou no primeiro turno.
Gleisi está ciente da situação do Estado: Segurança em frangalhos, saúde precária, serviços públicos decadentes e caixa minguado. A experiência de mais de dois anos na Casa Civil não a distanciou dos paranaenses.
No momento certo o debate será feito. Aí o Beto que se cuide. O Paraná real será desvendado.
domingo, dezembro 29, 2013
O povo saiu às ruas, Dilma reagiu e o Brasil segue em frente
Análises das mais variadas matizes tentaram vincular única e indiscutivelmente à presidenta Dilma, o motivo dos milhões de brasileiros terem saído às ruas nas manifestações de junho. Deram com os burros n’agua.
A presidenta teve a maestria de agir rápido e sem rodeios. Ouviu os reclamos da sociedade e saiu em campo. Sensível às demandas, transformou o governo num front de ações positivas. No que era de sua competência, ousou, errou, acertou, mas não se omitiu. Dilma deu respostas à sociedade como quem valoriza a democracia, sistema que permite a livre manifestação. Como quem respeita o clamor popular. E o povo, que de bobo não tem nada, percebeu que o buraco era mais em baixo.
O povo viu que desvio do dinheiro público é recorrente. O povo percebeu que corrupção está empresa, na fábrica, no congresso e no judiciário. Que o dinheiro público é uma desgraça na mão do prefeito e do vereador.
Só a imprensa é que não percebeu. Continuou por meses a fio a cobrar do executivo a demora por ações efetivas para atender o grito das ruas de junho.
E o povo percebeu também uma grande e irretocável diferença. Porque atribuir somente à presidenta Dilma o motivo das carências sociais históricas, num país tão vasto e plural? Porque perseguir e punir por corrupção somente os políticos do PT, quando processos semelhantes de políticos graúdos de outros partidos continuam engavetados no sereno aguardo da prescrição?
Essa percepção popular faz pensar em duas reviravoltas. Uma delas, a redenção forçada da mídia e a outra, os bons índices de aceitação do governo Dilma.
Até a imprensa notadamente a serviço dos “de sempre” admite a dificuldade dos adversários do PT vencerem a presidenta nas eleições de 2014. Já estão jogando a toalha. Arriscam até previsões catastróficas na área econômica ou quebra-quebra em massa nos jogas da copa, mas nem por isso afastam a possibilidade de Dilma ganhar a eleição.
Que venha 2014, de preferência, sem sobressaltos.
A presidenta teve a maestria de agir rápido e sem rodeios. Ouviu os reclamos da sociedade e saiu em campo. Sensível às demandas, transformou o governo num front de ações positivas. No que era de sua competência, ousou, errou, acertou, mas não se omitiu. Dilma deu respostas à sociedade como quem valoriza a democracia, sistema que permite a livre manifestação. Como quem respeita o clamor popular. E o povo, que de bobo não tem nada, percebeu que o buraco era mais em baixo.
O povo viu que desvio do dinheiro público é recorrente. O povo percebeu que corrupção está empresa, na fábrica, no congresso e no judiciário. Que o dinheiro público é uma desgraça na mão do prefeito e do vereador.
Só a imprensa é que não percebeu. Continuou por meses a fio a cobrar do executivo a demora por ações efetivas para atender o grito das ruas de junho.
E o povo percebeu também uma grande e irretocável diferença. Porque atribuir somente à presidenta Dilma o motivo das carências sociais históricas, num país tão vasto e plural? Porque perseguir e punir por corrupção somente os políticos do PT, quando processos semelhantes de políticos graúdos de outros partidos continuam engavetados no sereno aguardo da prescrição?
Essa percepção popular faz pensar em duas reviravoltas. Uma delas, a redenção forçada da mídia e a outra, os bons índices de aceitação do governo Dilma.
Até a imprensa notadamente a serviço dos “de sempre” admite a dificuldade dos adversários do PT vencerem a presidenta nas eleições de 2014. Já estão jogando a toalha. Arriscam até previsões catastróficas na área econômica ou quebra-quebra em massa nos jogas da copa, mas nem por isso afastam a possibilidade de Dilma ganhar a eleição.
Que venha 2014, de preferência, sem sobressaltos.
sábado, dezembro 28, 2013
Feliz Ano Novo
Aos meus amigos e amigas, desejo de coração um 2014 com muita saúde e que continuemos no exercício do amor pela vida, da tolerância na adversidade e da solidariedade com quem mais precisa.
Um abraço fraterno a todo mundo.
Um abraço fraterno a todo mundo.
quinta-feira, dezembro 26, 2013
Balanço social em alta no governo Dilma
Analistas de plantão andam dizendo por aí que a economia brasileira não ofereceu bons resultados em 2013. Apontam também parcimônia nos investimentos em infraestrutura e que isso compromete o crescimento.
Ora, se a situação está assim tão caótica como eles pintam, então porque a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,6%, o menor resultado desde 2002?
Se a economia brasileira vai mal, então como o governo conseguiu reduzir de 15% para 6,9% o percentual da população que passa fome?
Como explicar as relevantes evoluções no que diz respeito a saúde? Segundo o IBGE, as áreas que obtiveram melhoria, foram a redução da mortalidade infantil e materna, o tratamento da AIDS e do câncer e capilaridade da atenção básica.
Claro. O Brasil ainda tem desafios e enfrentamentos para melhorar a vida do povo. Mas alarmismos parecem não combinar com o foco do governo Dilma, que é o do equilíbrio econômico combinado com a atenção à população que realmente depende dos serviços públicos para se sentir mais cidadã.
Ora, se a situação está assim tão caótica como eles pintam, então porque a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,6%, o menor resultado desde 2002?
Se a economia brasileira vai mal, então como o governo conseguiu reduzir de 15% para 6,9% o percentual da população que passa fome?
Como explicar as relevantes evoluções no que diz respeito a saúde? Segundo o IBGE, as áreas que obtiveram melhoria, foram a redução da mortalidade infantil e materna, o tratamento da AIDS e do câncer e capilaridade da atenção básica.
Claro. O Brasil ainda tem desafios e enfrentamentos para melhorar a vida do povo. Mas alarmismos parecem não combinar com o foco do governo Dilma, que é o do equilíbrio econômico combinado com a atenção à população que realmente depende dos serviços públicos para se sentir mais cidadã.
A visita ao Asilo São Vicente na véspera do Natal
Cheguei, por coincidência, na hora da missa celebrada em comemoração ao Natal. Aproveitei para rezar e pensar um pouco na vida naquele ambiente sacro. Cadeirantes de olhos perdidos estendiam as mãos trêmulas aos familiares durante a oração do Pai Nosso. Muitas velhinhas sem ninguém por si.
Procurei Dona Mariazinha e Marina na capela e não as encontrei. Soube mais tarde que elas não gostam muito de ir à missa.
Como sempre, nos encontramos na sala de visita do asilo. As duas em cadeira de rodas, uma ao lado da outra. A mãe quase não se mexe, não fala e parece não ouvir o que a gente fala. Entreguei-lhe um pequeno presente e, durante todo o tempo da nossa conversa, ela tentava desamarrar o laço. Era como se, até que enfim, alguém dera-lhe uma tarefa para fazer.
Marina surpreendeu-me. Da última vez que a vi, percebi uma sensível melhora nos movimentos, na fala e na articulação das ideias. Mas continua a chamar todos de Conceição ou de mãe.
Em rápidos lampejos de memória, falou do jurídico – local de trabalho no banco - e reclamou da mão esquerda imobilizada. O derrame afetou a motricidade.
Embora se esforce para falar, consegue articular poucas palavras, muitas esparsas. Mesmo assim, Marina reclama da solidão, às vezes chora e pergunta até quando deve ficar no asilo. O calor também a incomodava, mas ao mesmo tempo dizia que seu pé estava frio.
Na saída, perguntei na portaria se as duas recebem visitas. “Raramente”, respondeu a atendente.
quarta-feira, dezembro 25, 2013
O que bombou no Face em 2013
Dia das Mães
Curti pouco minha mãe. Quis o destino que ela fosse morar no ceu bem cedo com meu pai. No trajeto, várias mães cruzaram minha vida. Uma delas, minha vó que me criou desde pequinininha. Hoje tenho o amor dois meus dois filhos, nora, neto agregado... Domingo a gente estará junto. Enquanto o mais novo assa a carne, faço a maionese- aquela de uma gema crua e duas cozidas, óleo e mexida circular no prato fundo. Lição da velha Mirandolina.
Pré-sal
Perguntaram-me com ares de provocação, o porquê de não haver comentado o leilão do Pré-sal. Respondo. Somente hoje aprofundei melhor a leitura sobre o tema. Evito comentar assuntos sem ter o devido conhecimento. Mas, mesmo assim argumentos convenceram-me de que seria ilusório pensar que o Brasil sozinho seria capaz de dar conta da exploração da camada. De nada adianta alardear as riquezas que a descoberta representa, se não tomar medidas para materializá-las.
No mais, agora é acreditar que a presidenta Dilma, Gleisi, Lobão tiveram juízo suficiente no estabelecimento das regras do consórcio. Quanto a grita do "Petróleo e nosso", faz parte!
Curti pouco minha mãe. Quis o destino que ela fosse morar no ceu bem cedo com meu pai. No trajeto, várias mães cruzaram minha vida. Uma delas, minha vó que me criou desde pequinininha. Hoje tenho o amor dois meus dois filhos, nora, neto agregado... Domingo a gente estará junto. Enquanto o mais novo assa a carne, faço a maionese- aquela de uma gema crua e duas cozidas, óleo e mexida circular no prato fundo. Lição da velha Mirandolina.
Pré-sal
Perguntaram-me com ares de provocação, o porquê de não haver comentado o leilão do Pré-sal. Respondo. Somente hoje aprofundei melhor a leitura sobre o tema. Evito comentar assuntos sem ter o devido conhecimento. Mas, mesmo assim argumentos convenceram-me de que seria ilusório pensar que o Brasil sozinho seria capaz de dar conta da exploração da camada. De nada adianta alardear as riquezas que a descoberta representa, se não tomar medidas para materializá-las.
No mais, agora é acreditar que a presidenta Dilma, Gleisi, Lobão tiveram juízo suficiente no estabelecimento das regras do consórcio. Quanto a grita do "Petróleo e nosso", faz parte!
Imagens
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João Emanuel, meu sobrinho neto, nasceu no dia 20 de agosto |
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Em Camerino, região de Marche na Itália. Durante todo o mês de julho, Curso de Italiano na Scuola Dante Alighieri. |
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Dez anos do PT no poder. O Brasil mudou prá melhor. |
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Em dezembro na Paraíba. Curso de Formação Política para as mulheres. |
terça-feira, dezembro 24, 2013
E a vida, o que é, o que é meu irmão
Conheci Dona Mariazinha e a filha Marina nos anos 80. Marina era filha única e ambas moravam num apartamento alugado no centro de Curitiba. Dos parentes, restava apenas uma prima de idade avançada que raramente as visitava.
Marina trabalhava no Banestado. Ao sair para trabalhar, Dona Mariazinha ficava acenando na janela do apartamento no 8º andar, até a filha virar a quadra para pegar o ônibus. Era tanto apego, que a mãe ligava umas dez vezes por dia ao banco para saber da filha. E vice versa. O tratamento entre elas era de “meu amorzinho”. E ai de quem falasse mal da Marina. Dona Mariazinha ficava uma fera.
As duas eram muito faceiras e boas anfitriãs. Se orgulhavam de boa parte da vida haverem freqüentado a alta roda da sociedade paulistana.
Sempre bem vestidas, de cabelos pintados e maquiagem impecável, serviam um café delicioso aos amigos banestadenses que as visitavam. Recebê-los era um ato prazeroso .
Marina se aposentou. O afastamento da rotina bancária fez com que gradativamente os amigos deixassem de freqüentar a casa das duas. De vez em quando alguém dava alguma notícia, o que ficou cada vez mais raro com o passar do tempo.
Uns quinze anos depois
Ao folhear a Gazeta do Povo, chamou-me a atenção uma reportagem sobre as velhinhas internadas no Asilo São Vicente. Olhei a foto ilustrativa da matéria - duas mulheres de cabelos totalmente brancos numa cadeira de rodas – sem jamais imaginar que pudesse se tratar de gente conhecida. Mas, ao avançar a leitura, liguei os fatos. Sem dúvida, mãe e filha estavam lá.
A Assistente Social do Fundo de Pensão relatou a saga. Dona Mariazinha, com seus mais de 80 anos, dia-a-dia tornava-se cada vez mais fraca. Sem contar o Mal de Alzheimer cada vez mais avançado.
Sem estrutura física e emocional para cuidar da mãe, a quem tinha como esteio, Marina sofreu um derrame e ficou dois meses na UTI. Ela conseguiu sobreviver, mas ficou totalmente desmemoriada. O fato interessante dessa história, é que Marina não reconhece a mãe – a chama de Conceição – mas no delírio a quer sempre por perto, a ponto de ficar desesperada se perde a cadeira da mãe de vista.
Amanhã – véspera de Natal - irei visitá-las. Levarei um pequeno presente e direi que sou uma amiga dos tempos do Banestado, referência sem nenhuma importância no contexto.
A conversa será meio desconexa, mas o abraço, o olhar e o toque terão sintonia.
Feliz Natal às minhas amigas.
Marina trabalhava no Banestado. Ao sair para trabalhar, Dona Mariazinha ficava acenando na janela do apartamento no 8º andar, até a filha virar a quadra para pegar o ônibus. Era tanto apego, que a mãe ligava umas dez vezes por dia ao banco para saber da filha. E vice versa. O tratamento entre elas era de “meu amorzinho”. E ai de quem falasse mal da Marina. Dona Mariazinha ficava uma fera.
As duas eram muito faceiras e boas anfitriãs. Se orgulhavam de boa parte da vida haverem freqüentado a alta roda da sociedade paulistana.
Sempre bem vestidas, de cabelos pintados e maquiagem impecável, serviam um café delicioso aos amigos banestadenses que as visitavam. Recebê-los era um ato prazeroso .
Marina se aposentou. O afastamento da rotina bancária fez com que gradativamente os amigos deixassem de freqüentar a casa das duas. De vez em quando alguém dava alguma notícia, o que ficou cada vez mais raro com o passar do tempo.
Uns quinze anos depois
Ao folhear a Gazeta do Povo, chamou-me a atenção uma reportagem sobre as velhinhas internadas no Asilo São Vicente. Olhei a foto ilustrativa da matéria - duas mulheres de cabelos totalmente brancos numa cadeira de rodas – sem jamais imaginar que pudesse se tratar de gente conhecida. Mas, ao avançar a leitura, liguei os fatos. Sem dúvida, mãe e filha estavam lá.
A Assistente Social do Fundo de Pensão relatou a saga. Dona Mariazinha, com seus mais de 80 anos, dia-a-dia tornava-se cada vez mais fraca. Sem contar o Mal de Alzheimer cada vez mais avançado.
Sem estrutura física e emocional para cuidar da mãe, a quem tinha como esteio, Marina sofreu um derrame e ficou dois meses na UTI. Ela conseguiu sobreviver, mas ficou totalmente desmemoriada. O fato interessante dessa história, é que Marina não reconhece a mãe – a chama de Conceição – mas no delírio a quer sempre por perto, a ponto de ficar desesperada se perde a cadeira da mãe de vista.
Amanhã – véspera de Natal - irei visitá-las. Levarei um pequeno presente e direi que sou uma amiga dos tempos do Banestado, referência sem nenhuma importância no contexto.
A conversa será meio desconexa, mas o abraço, o olhar e o toque terão sintonia.
Feliz Natal às minhas amigas.
quarta-feira, dezembro 11, 2013
Dois pesos, duas medidas
Na campanha para prefeito de Cascavel em 2012, Edgar Bueno-PDT induziu os eleitores ao erro, ao caluniar, mentir e difamar o principal adversário, o professor Lemos-PT. Além, claro, do abuso do poder econômico.
Há 14 anos, na campanha para prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi induziu os eleitores ao erro, ao caluniar, mentir e difamar o principal adversário, o petista e hoje deputado federal Ângelo Vanhoni. Além, claro, do abuso do poder econômico.
Bueno é cassado e o TRE manda Lemos assumir a prefeitura.
Taniguchi cumpriu o mandato até o final e os crimes foram prescritos.
Cumplicidade
Depois de deixar o cargo de secretário no Distrito Federal, após o escândalo do "mensalão do DEM", que derrubou o então governador José Roberto Arruda, Taniguchi retorna ao Paraná com a moral dos que sabem onde encontrar abrigo. Sentindo-se em casa, é nomeado Secretário de Planejamento no governo do tucano Beto Richa.
Há 14 anos, na campanha para prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi induziu os eleitores ao erro, ao caluniar, mentir e difamar o principal adversário, o petista e hoje deputado federal Ângelo Vanhoni. Além, claro, do abuso do poder econômico.
Bueno é cassado e o TRE manda Lemos assumir a prefeitura.
Taniguchi cumpriu o mandato até o final e os crimes foram prescritos.
Cumplicidade
Depois de deixar o cargo de secretário no Distrito Federal, após o escândalo do "mensalão do DEM", que derrubou o então governador José Roberto Arruda, Taniguchi retorna ao Paraná com a moral dos que sabem onde encontrar abrigo. Sentindo-se em casa, é nomeado Secretário de Planejamento no governo do tucano Beto Richa.
segunda-feira, dezembro 09, 2013
As três mosqueteiras: Edna, Sirlei e Toninha
Esta foto foi tirada no IV Encontro Nacional das Catadoras de Materiais Recicláveis realizado entre 3 e 5 de dezembro na Associação Banestado em Praia de Leste. Os chapéus faziam parte da decoração do evento.
Estou viva!
Olho-me no espelho. Que mulher é esta que vejo refletida? Um olhar que brilha por novas conquistas? Um sorriso de satisfação pelos abraços recebidos? Uma mulher, dona do seu destino, mas que às vezes brinca de ser criança?
Represento várias mulheres, ao mesmo tempo sendo única. Sou atriz principal e muitas vezes coadjuvante de minha própria existência. Enfrento com coragem os percalços impostos pela minha geração. Faço das marcas evidentes do tempo na face um pacto de felicidade com a vida. Estou viva!
Represento várias mulheres, ao mesmo tempo sendo única. Sou atriz principal e muitas vezes coadjuvante de minha própria existência. Enfrento com coragem os percalços impostos pela minha geração. Faço das marcas evidentes do tempo na face um pacto de felicidade com a vida. Estou viva!
domingo, outubro 20, 2013
É proibido proibir
Zé das Pedras é um cara famoso. Seus discos venderam como água nas décadas de setenta oitenta. Já ganhou prêmios internacionais como intérprete e compositor, inclusive de trilhas sonoras adaptadas ao teatro e cinema. Enfim, é um cara que nasceu para o sucesso.
Gente interessada em documentar a trajetória do Zé escreveu um livro sobre sua vida. Uma obra bonita de 200 páginas. Lá na página 187, tem uma passagem inusitada da sua biografia. Conta o escritor que Zé tinha mania de emitir flatulências enquanto pensava, enquanto se entregava aos devaneios inspiradores de sua criação. A narração vai mais além. Afirma que, quanto mais forte o odor dos gases , mais o artista se inspirava na composição dos versos.
O livro virou bestseller da noite para o dia. De norte a sul, todo mundo comentava a biografia do Zé. Só que a vida dele virou um inferno.
A dona da padaria da esquina da casa do Zé torcia o nariz quando ele entrava no estabelecimento comprar o pãozinho de cada dia. Certa vez Zé escutou a vendedora cochichando com uma amiga se o cheiro da flatulência não iria contaminar o sabor dos pães.
Pior mesmo aconteceu naquele domingo. Como sempre, Zé foi à praia tomar um delicioso banho de sol. Bater um papo gostoso com a galera. A fim de relaxar, deitou na areia e fechou os olhos para ouvir o balanço do mar. Ao abri-los, viu que não tinha mais ninguém ao redor. O vendedor de coco disse-lhe que a moçada ficou com medo que ele infestasse o lugar.
E o talento do Zé? A flatulência ofuscou.
Gente interessada em documentar a trajetória do Zé escreveu um livro sobre sua vida. Uma obra bonita de 200 páginas. Lá na página 187, tem uma passagem inusitada da sua biografia. Conta o escritor que Zé tinha mania de emitir flatulências enquanto pensava, enquanto se entregava aos devaneios inspiradores de sua criação. A narração vai mais além. Afirma que, quanto mais forte o odor dos gases , mais o artista se inspirava na composição dos versos.
O livro virou bestseller da noite para o dia. De norte a sul, todo mundo comentava a biografia do Zé. Só que a vida dele virou um inferno.
A dona da padaria da esquina da casa do Zé torcia o nariz quando ele entrava no estabelecimento comprar o pãozinho de cada dia. Certa vez Zé escutou a vendedora cochichando com uma amiga se o cheiro da flatulência não iria contaminar o sabor dos pães.
Pior mesmo aconteceu naquele domingo. Como sempre, Zé foi à praia tomar um delicioso banho de sol. Bater um papo gostoso com a galera. A fim de relaxar, deitou na areia e fechou os olhos para ouvir o balanço do mar. Ao abri-los, viu que não tinha mais ninguém ao redor. O vendedor de coco disse-lhe que a moçada ficou com medo que ele infestasse o lugar.
E o talento do Zé? A flatulência ofuscou.
GREVE É INEVITÁVEL. SERÁ?
Desde 2011 o reajuste do salário mínimo tem regras definidas. O valor é calculado com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Até então, a definição dos índices era precedida de intensa mobilização social provocada principalmente pelas centrais sindicais. Trabalhadores aposentados e ativos saiam às ruas em luta pelos direitos. Pipocavam manifestações e caravanas seguiam em marcha rumo à Brasília. Tempos memoráveis.
O salário mínimo por decreto - bem ou mal - acalmou os ânimos da agenda sindical no trato do tema.
Mas a reflexão deste texto não é esta. É sobre a convenção coletiva de trabalhadores pertencentes a categorias organizadas em torno de grandes sindicatos.
Nas datas-base, as reivindicações são múltiplas, mas o carro chefe das negociações e o incentivo à deflagração de greve se acentua no impasse das cláusulas econômicas.
Não raro, a intransigência resulta em dias e dias parados, perseguição de chefias - o sindicato pede 10, o patrão propõe 5 e no final fecha-se em 7,5 - reposição ou desconto dos dias parados. Os sindicatos cantam vitória, os trabalhadores nem tanto, e tudo volta ao normal até o próximo ano, quando tudo novamente se repete.
A inquietação está no porquê e a quem interessa o habituê anual de paralisações. Greve é medida desgastante, coloca o trabalhador entre a cruz e a espada: se adere, sofre com o medo da demissão; se fura, é taxado de “fura- greve” pelos colegas. De outro lado, também tem uma população prejudicada pela falta de atendimento.
Ingenuidade não. É sabido que na política grandes líderes nascem do palco das assembléias e que a criação de partidos políticos são facilitados no âmbito das estruturas sindicais.
O discurso da retomada de conquistas e avanços feitos pelas lideranças sindicais é uma forma segura de aproximação e fortalecimento de vínculos com a classe trabalhadora.
Mas então? Custa a crer que, diante dos avanços das relações trabalhistas, da evolução e novas formas de comunicação em todos os meios, o prestígio dos sindicatos esteja atrelado à capacidade de mobilizar os trabalhadores para cruzar os braços.
Não se trata da visão maniqueista de ser contra ou a favor de greve. A questão é pensar em alternativas menos desgastantes e ao mesmo tempo capaz de garantir os direitos dos trabalhadores.
Uma boa saída seria encaminhar as negociações de forma a vincular aumento salarial a indexadores econômicos, aos moldes de como é tratado hoje o reajuste do salário mínimo. Jeito tem. É só pensar numa concepção mais modernizada da relação trabalhador-sindicato. Uma relação adaptada a agilidade própria de quem não tem tempo a perder.
Aos companheiros do movimento sindical, peço desculpas pela ousadia e desde já preparo as costas a bordoadas.
Até então, a definição dos índices era precedida de intensa mobilização social provocada principalmente pelas centrais sindicais. Trabalhadores aposentados e ativos saiam às ruas em luta pelos direitos. Pipocavam manifestações e caravanas seguiam em marcha rumo à Brasília. Tempos memoráveis.
O salário mínimo por decreto - bem ou mal - acalmou os ânimos da agenda sindical no trato do tema.
Mas a reflexão deste texto não é esta. É sobre a convenção coletiva de trabalhadores pertencentes a categorias organizadas em torno de grandes sindicatos.
Nas datas-base, as reivindicações são múltiplas, mas o carro chefe das negociações e o incentivo à deflagração de greve se acentua no impasse das cláusulas econômicas.
Não raro, a intransigência resulta em dias e dias parados, perseguição de chefias - o sindicato pede 10, o patrão propõe 5 e no final fecha-se em 7,5 - reposição ou desconto dos dias parados. Os sindicatos cantam vitória, os trabalhadores nem tanto, e tudo volta ao normal até o próximo ano, quando tudo novamente se repete.
A inquietação está no porquê e a quem interessa o habituê anual de paralisações. Greve é medida desgastante, coloca o trabalhador entre a cruz e a espada: se adere, sofre com o medo da demissão; se fura, é taxado de “fura- greve” pelos colegas. De outro lado, também tem uma população prejudicada pela falta de atendimento.
Ingenuidade não. É sabido que na política grandes líderes nascem do palco das assembléias e que a criação de partidos políticos são facilitados no âmbito das estruturas sindicais.
O discurso da retomada de conquistas e avanços feitos pelas lideranças sindicais é uma forma segura de aproximação e fortalecimento de vínculos com a classe trabalhadora.
Mas então? Custa a crer que, diante dos avanços das relações trabalhistas, da evolução e novas formas de comunicação em todos os meios, o prestígio dos sindicatos esteja atrelado à capacidade de mobilizar os trabalhadores para cruzar os braços.
Não se trata da visão maniqueista de ser contra ou a favor de greve. A questão é pensar em alternativas menos desgastantes e ao mesmo tempo capaz de garantir os direitos dos trabalhadores.
Uma boa saída seria encaminhar as negociações de forma a vincular aumento salarial a indexadores econômicos, aos moldes de como é tratado hoje o reajuste do salário mínimo. Jeito tem. É só pensar numa concepção mais modernizada da relação trabalhador-sindicato. Uma relação adaptada a agilidade própria de quem não tem tempo a perder.
Aos companheiros do movimento sindical, peço desculpas pela ousadia e desde já preparo as costas a bordoadas.
quarta-feira, outubro 02, 2013
Quem usa máscara é covarde
Resultou numa baita confusão a junção dos black blocs e professores em greve no Rio. Bens públicos depredados, pancadaria, tiros da polícia e uma correria doida assustaram os cariocas na tarde de ontem.
Há quem defenda a presença dos mascarados nas manifestações, com a justificativa de solidariedade à classe. Bonito gesto se as ações dos grupos não resultassem em prejuízo para bolso do cidadão comum, esse que trabalha, paga imposto e depende do bom funcionamento dos serviços públicos. As cenas de quebradeira em nada contribui para resolver os problemas do país nem a curto, nem a longo prazo.
Violência gera violência. Até prova ao contrário, se esconder atrás de uma máscara com o objetivo de desafiar as instituições é, no mínimo, atitude de quem tem merreca na cabeça.
Há quem defenda a presença dos mascarados nas manifestações, com a justificativa de solidariedade à classe. Bonito gesto se as ações dos grupos não resultassem em prejuízo para bolso do cidadão comum, esse que trabalha, paga imposto e depende do bom funcionamento dos serviços públicos. As cenas de quebradeira em nada contribui para resolver os problemas do país nem a curto, nem a longo prazo.
Violência gera violência. Até prova ao contrário, se esconder atrás de uma máscara com o objetivo de desafiar as instituições é, no mínimo, atitude de quem tem merreca na cabeça.
sexta-feira, setembro 20, 2013
Ame o Brasil e fique por aqui mesmo
Começo da década de noventa, dois filhos pré adolescentes prá criar e uma enorme insegurança no futuro. O índice de desemprego beirava a estratosfera. Uma década centrada na doutrina neoliberal e FHC seguiu a cartilha à risca. A ordem vinda de cima não deixava dúvidas: vender estatais a qualquer preço e segurar a escalada inflacionária, nem que para isso fosse sacrificado o emprego, salários e prestação serviços públicos de primeira necessidade. O real estabilizou, mas o custo foi altíssimo.
Hoje a realidade é outra. O fantasma do desemprego não mais assusta. Tem escola superior prá pobre e rico. Basta ter vontade de estudar. Brasileiro que não tinha onde morar hoje tem casa com geladeira e máquina de lavar roupa. Tem um governo que ajuda quem tem fome até a pessoa se levantar e seguir seu caminho sem precisar de ajuda.
No entanto, paradoxalmente, as queixas hoje são maiores. Todo mundo reclama. Tem gente que chega a dizer que o Brasil é uma merda. Que é preferível viver lá fora.
Meus filhos estão empregados. Irmãs, sobrinhos também. Todos tem esperança e acreditam que o amanhã será ainda melhor.
ET. Soube que uma amiga que mora na Itália está “despachando” seu filho de 18 anos para o Brasil para continuar os estudos e trabalhar. Lá os jovens estão sem rumo. Olham ao redor e não encontram nada para fazer.
Hoje a realidade é outra. O fantasma do desemprego não mais assusta. Tem escola superior prá pobre e rico. Basta ter vontade de estudar. Brasileiro que não tinha onde morar hoje tem casa com geladeira e máquina de lavar roupa. Tem um governo que ajuda quem tem fome até a pessoa se levantar e seguir seu caminho sem precisar de ajuda.
No entanto, paradoxalmente, as queixas hoje são maiores. Todo mundo reclama. Tem gente que chega a dizer que o Brasil é uma merda. Que é preferível viver lá fora.
Meus filhos estão empregados. Irmãs, sobrinhos também. Todos tem esperança e acreditam que o amanhã será ainda melhor.
ET. Soube que uma amiga que mora na Itália está “despachando” seu filho de 18 anos para o Brasil para continuar os estudos e trabalhar. Lá os jovens estão sem rumo. Olham ao redor e não encontram nada para fazer.
segunda-feira, setembro 16, 2013
Mudem as regras, pelo amor de Deus!
Tem muita gente por aí que pensa que se os envolvidos no mensalão forem punidos, seria retomada a normalidade ética e moral no país. Assim, como um passe de mágica, a classe política se tornaria a inimiga número um dos atos lesivos ao erário e voltaria a ter o respeito dos cidadãos. Ledo engano.
Enquanto persistir o modelo de fonte de recursos privados para campanhas, os Caixa 2, as prestações de contas maquiadas vão existir. E quem paga a conta “além da conta” é o cidadão.
Se a empresa X faz uma doação para um determinado candidato, não a faz por amor à pátria. A recompensa vem em dobro nos superfaturamentos, licitações dirigidas e tráfico de influências. É óbvio. É um modelo de privilégios ao grande capital. Basta observar a configuração do Congresso: as bancadas de megapastor, mega latifundiário, mega empresário se perpetuam no poder.
A corrupção político-eleitoral é a mais nociva.
Enquanto persistir o modelo de fonte de recursos privados para campanhas, os Caixa 2, as prestações de contas maquiadas vão existir. E quem paga a conta “além da conta” é o cidadão.
Se a empresa X faz uma doação para um determinado candidato, não a faz por amor à pátria. A recompensa vem em dobro nos superfaturamentos, licitações dirigidas e tráfico de influências. É óbvio. É um modelo de privilégios ao grande capital. Basta observar a configuração do Congresso: as bancadas de megapastor, mega latifundiário, mega empresário se perpetuam no poder.
A corrupção político-eleitoral é a mais nociva.
Hipocrisia anunciada
Na tentativa de dar respostas ao povão ensandecido das “ruas de junho”, os congressistas se decidiram por uma reforma política meia sola. Chamam a obra prima de mini reforma. Se levassem a sério o brado das ruas, não apresentariam uma proposta tão esdrúxula.
Primeiro: porque mini e não uma reforma decente, que apresente avanços e amadurecimento da democracia?
Segundo: centralizar o debate de redução nos gastos de campanha em corte de santinhos e cartazes é, no míninmo, fazer pouco da inteligência do brasileiro.
Ou seja: deixa-se aberta a porta para abusos do poder econômico, facilidades para compra de votos.
Porque eles temem o financiamento público de campanha? Não querem perder a mamata. Querem continuar tratando pobre como subalterno eleitor, jamais como seu igual.
Primeiro: porque mini e não uma reforma decente, que apresente avanços e amadurecimento da democracia?
Segundo: centralizar o debate de redução nos gastos de campanha em corte de santinhos e cartazes é, no míninmo, fazer pouco da inteligência do brasileiro.
Ou seja: deixa-se aberta a porta para abusos do poder econômico, facilidades para compra de votos.
Porque eles temem o financiamento público de campanha? Não querem perder a mamata. Querem continuar tratando pobre como subalterno eleitor, jamais como seu igual.
O dia “D” dos hipócritas
Diz a música que “O Haiti é aqui”. Discordo. A Normandia é aqui. E o “Dia D” dos brasileiros vai ser na quarta-18. Precisamente nesta data, a grande imprensa e políticos da direita estarão apostos como aves de rapina no aguardo do parecer do Ministro Celso de Mello, no caso do julgamento do mensalão.
Se o ministro acatar os embargos infringentes, dirão que a democracia está em jogo, dirão que a turma do PT merece ser punida porque o país não aguenta mais tanta impunidade, dirão que a decisão corrobora a tese de julgamento ad eternum...
Na hipótese de parecer contrário aos recursos, essa mesma corja vai suspirar aliviada. Conseguimos. Muitos pensarão.
Manchete da Folha: “Cai a chance de Dilma em 2014”. Chamada do JN: “Condenados do mensalão vão prá cadeia. Em decisão histórica, a Suprema Corte põe fim ao julgamento do maior escândalo de corrupção do século.”
O Haiti não é aqui. Aqui é o Brasil.
Se o ministro acatar os embargos infringentes, dirão que a democracia está em jogo, dirão que a turma do PT merece ser punida porque o país não aguenta mais tanta impunidade, dirão que a decisão corrobora a tese de julgamento ad eternum...
Na hipótese de parecer contrário aos recursos, essa mesma corja vai suspirar aliviada. Conseguimos. Muitos pensarão.
Manchete da Folha: “Cai a chance de Dilma em 2014”. Chamada do JN: “Condenados do mensalão vão prá cadeia. Em decisão histórica, a Suprema Corte põe fim ao julgamento do maior escândalo de corrupção do século.”
O Haiti não é aqui. Aqui é o Brasil.
sábado, setembro 14, 2013
Amigos. Somente amigos.
Tem horas que bate uma saudade... Saudade dos tempos da primeira faculdade, dos bons tempos de república, saudade dos amigos sumidos por esse mundão afora...Pessoas que cruzam nossa vida e de repente vão embora sabe-se lá prá onde.
Nesse clima de nostalgia - mas não de tristeza - usei as redes sociais na tentativa de rever pessoas que fizeram parte da minha história. No vai-e-vem de lembranças de nomes, localizei o gaúcho Nelson Gilberto Mazzoti, um jovem estudante de Engenharia Química nos idos de 1973. Fomos vizinhos por algum tempo e uma grande amizade se fez nessa época.
Entrei em contato e trocamos algumas mensagens com visível bagagem de emoção pelo reencontro, mesmo que virtual. Atualmente meu amigo mora em Porto Alegre e trabalha em Caxias do Sul.
De súbito, atendo uma ligação hoje cedo e quem estava na linha? Era o Nelson. Disse estar em Curitiba e que gostaria de me ver.
Fiz um almoço bem gostoso prá nós dois - pasta alho e óleo, frango ao molho e saladas - tomamos umas cervejas e depois um cafezinho no capricho prá rebater.
Nesse clima de nostalgia - mas não de tristeza - usei as redes sociais na tentativa de rever pessoas que fizeram parte da minha história. No vai-e-vem de lembranças de nomes, localizei o gaúcho Nelson Gilberto Mazzoti, um jovem estudante de Engenharia Química nos idos de 1973. Fomos vizinhos por algum tempo e uma grande amizade se fez nessa época.
Entrei em contato e trocamos algumas mensagens com visível bagagem de emoção pelo reencontro, mesmo que virtual. Atualmente meu amigo mora em Porto Alegre e trabalha em Caxias do Sul.
De súbito, atendo uma ligação hoje cedo e quem estava na linha? Era o Nelson. Disse estar em Curitiba e que gostaria de me ver.
Fiz um almoço bem gostoso prá nós dois - pasta alho e óleo, frango ao molho e saladas - tomamos umas cervejas e depois um cafezinho no capricho prá rebater.
Os cabelos brancos – menos os meus - não impediu a sensação da pureza e juventude tal qual vivemos há quarenta anos.
quarta-feira, agosto 28, 2013
PORQUE ODEIO OS CUBANOS
Odeio o povo cubano porque eles moram numa ilha cercada de
sol por todos os lados com muitas praias bonitas.
Odeio o povo cubano porque lá se faz a revolução sem
derramar uma gota de sangue. “Hasta la vitoria, siempre!” não significa a busca da riqueza pela riqueza,
mas a disposição para lutar pelos ideais de soberania.
Odeio o povo cubano, porque lá na terra deles todas as
crianças tem direito ao estudo, de uniforme e material escolar distribuídos pelo Estado.
Odeio Cuba porque lá todo idoso tem direito a pelo menos um
litro de leite e uma cesta de alimentos para saciar a fome.
Odeio o povo cubano porque a graça e leveza dos passos da salsa e da rumba roubam os sentidos. Ao som, dá vontade de dançar só numa sala
qualquer.
Odeio o povo cubano porque lá solidariedade é lei espontânea.
Na terra deles é costume dar carona aos
trabalhadores no fim das tardes dos dias chuvosos sem nada cobrar em troca.
Odeio cubano não dominado ao monopólio bélico, midiático e
econômico impregnados na doutrina neoliberal.
Odeio o povo cubano pela criatividade presente na música, arte
e literatura. “La bodeguita del médio” é muito mais que um bar. É um ponto de
encontro de gente pensante. Ernest Hemingway viveu lá na ilha e num sopro
estético criou “O Velho e o Mar” para deleite da boa leitura no mundo.
Odeio o cubano porque ele prepara um “mojito” delicioso de
fazer inveja, ao gosto do rum e folhas de hortelã frescas da horta.
Odeio o povo cubano, porque lá a saúde é pública e todo
cidadão, independente de classe social, pode usufruir dos serviços.
Odeio o cubano pela sua pele negra, um misto de África e
Espanha, traços firmes e sorriso livre do subjugo norte americano.
Continuo a odiar os cubanos. Muito mais porque não consigo
convencer o mundo que eles são bem melhores que todo o mundo. E viva a revolução!
terça-feira, agosto 27, 2013
Medicina é para rico e branco
A hostilidade dirigida aos profissionais cubanos da saúde é herdeira de um sistema praticado nos governos da direita. À época do FHC, por exemplo, os formandos de medicina das escolas federais, salvo raras exceções, eram os filhos de fazendeiros, só gente da grana.
A chance de passar no concorrido vestibular era maior a quem tivesse uma formação educacional oriunda de escolas privadas e passagem pelos cursinhos pré-vestibular caríssimos.
E então, nos corredores das universidades se multiplicava gente branca, bem apessoada, premiada com carro do ano, presente do papai por haver passado no vestibular.
Os ricos se sentem ameaçados. O status de “doutor” vai ser socializado com gente pobre e negra. Quer afronta maior?
A vinda dos médicos estrangeiros apenas atenuou as insatisfações da turma do jaleco. Na verdade, o desconforto vem desde a implantação das ações afirmativas dos governos Lula e Dilma destinadas a inclusão de pessoas que jamais sonharam em um dia poder cursar uma faculdade.
Parabéns Dilma. Vá em frente que a gente apoia.
A chance de passar no concorrido vestibular era maior a quem tivesse uma formação educacional oriunda de escolas privadas e passagem pelos cursinhos pré-vestibular caríssimos.
E então, nos corredores das universidades se multiplicava gente branca, bem apessoada, premiada com carro do ano, presente do papai por haver passado no vestibular.
Os ricos se sentem ameaçados. O status de “doutor” vai ser socializado com gente pobre e negra. Quer afronta maior?
A vinda dos médicos estrangeiros apenas atenuou as insatisfações da turma do jaleco. Na verdade, o desconforto vem desde a implantação das ações afirmativas dos governos Lula e Dilma destinadas a inclusão de pessoas que jamais sonharam em um dia poder cursar uma faculdade.
Parabéns Dilma. Vá em frente que a gente apoia.
domingo, agosto 25, 2013
Cuba é dos cubanos
Texto escrito pelo jornalista e prof.Valdir Cruz. Reproduzo e recomendo a leitura por tratar-se de uma reflexão verdadeira e estonteante.
Cuba era, até 1959, um quintal dos americanos.
Dos americanos ricos, que lá curtiam as praias e que lá lavavam dinheiro em cassinos.
Até ali, a população cubana era miserável. Muito miserável.
Os americanos não respeitavam a ilha como um país soberano.
Impunham uma ditadura de direita feroz contra o próprio povo.
O ditador e títere dos Estados Unidos era Fulgêncio Batista.
Aí, em 1959, deu-se um milagre.
Um grupo de jovens idealistas, liderados por Fidel Castro, tomou o poder por meio de uma revolução popular.
E, no governo, Fidel fez de uma província, de um quintal, um país livre e, verdadeiramente, soberano.
Mas o império não se conformou em perder as suas praias favoritas.
Impôs, então, feroz cerco econômico e militar a ilha. Tentou invadi-la.
Mas a população, unida, repeliu os invasores.
Tentou estrangulá-la, impondo o mais duradouro boicote econômico e diplomático da história.
O povo enfrenta até hoje, unido, esse desafio.
Impôs, também, o cerco militar mais longo a um país já registrado, mas, mesmo assim, a população, unida, resiste, bravamente, há 54 anos.
A mídia mundial movida pelo dinheiro americano transformou o governo cubano num monstro medonho.
Destes que comem criancinhas.
E, por causa disso, os mal informados passaram a odiar Fidel e a população cubana.
Chamam o líder de "ditador", esquecendo-se que em Cuba sempre houve eleições diretas.
Chamam o povo de "escravo" de um regime.
Mas se esquecem que os cubanos libertaram-se.
Pensam em impor suas vontades aos cubanos.
Mas se esquecem que eles são felizes do jeito que está.
Não são escravos do dinheiro, do consumismo...
São campeões mundias em saúde pública.
Proporcional à população, são os maiores campeões olímpicos.
E, proporcional a outros países do continente, são o povo mais feliz.
Pensem o que seria de Cuba, não fosse a pressão dos Estados Unidos...
Cuba é o que pode ser...
Não o que quis ser.
Cuba era, até 1959, um quintal dos americanos.
Dos americanos ricos, que lá curtiam as praias e que lá lavavam dinheiro em cassinos.
Até ali, a população cubana era miserável. Muito miserável.
Os americanos não respeitavam a ilha como um país soberano.
Impunham uma ditadura de direita feroz contra o próprio povo.
O ditador e títere dos Estados Unidos era Fulgêncio Batista.
Aí, em 1959, deu-se um milagre.
Um grupo de jovens idealistas, liderados por Fidel Castro, tomou o poder por meio de uma revolução popular.
E, no governo, Fidel fez de uma província, de um quintal, um país livre e, verdadeiramente, soberano.
Mas o império não se conformou em perder as suas praias favoritas.
Impôs, então, feroz cerco econômico e militar a ilha. Tentou invadi-la.
Mas a população, unida, repeliu os invasores.
Tentou estrangulá-la, impondo o mais duradouro boicote econômico e diplomático da história.
O povo enfrenta até hoje, unido, esse desafio.
Impôs, também, o cerco militar mais longo a um país já registrado, mas, mesmo assim, a população, unida, resiste, bravamente, há 54 anos.
A mídia mundial movida pelo dinheiro americano transformou o governo cubano num monstro medonho.
Destes que comem criancinhas.
E, por causa disso, os mal informados passaram a odiar Fidel e a população cubana.
Chamam o líder de "ditador", esquecendo-se que em Cuba sempre houve eleições diretas.
Chamam o povo de "escravo" de um regime.
Mas se esquecem que os cubanos libertaram-se.
Pensam em impor suas vontades aos cubanos.
Mas se esquecem que eles são felizes do jeito que está.
Não são escravos do dinheiro, do consumismo...
São campeões mundias em saúde pública.
Proporcional à população, são os maiores campeões olímpicos.
E, proporcional a outros países do continente, são o povo mais feliz.
Pensem o que seria de Cuba, não fosse a pressão dos Estados Unidos...
Cuba é o que pode ser...
Não o que quis ser.
Estatuto do Nascituro em Fazenda Rio Grande? De jeito nenhum.
Antonia Passos de Araújo - Toninha, Secretaria Estadual de Mulheres do PT/PR pede a retirada imediata do Projeto do Nascituro e a expulsão do vereador Leslie dos quadros do PT |
Embora paradoxal, a participação do Coletivo Estadual de Mulheres na reunião dos dirigentes do PT de Fazenda Rio Grande, município da região metropolitana de Curitiba, foi muito proveitosa e rica no conteúdo dos debates.
Uma oportunidade rara, de união entre homens e mulheres, para dialogar sobre os direitos e saúde das mulheres já conquistados, avançar nas lutas e evitar qualquer forma de retrocesso.
O paradoxo reside no motivo da participação do coletivo na reunião: lutar contra idéias conservadoras e fundamentalistas contrárias às normas, resoluções e estatuto do partido.
Fazenda Rio Grande aparece em terceiro lugar no mapa de violência no país. Neste ambiente de descaso com a mulher e de ignorância completa aos debates acumulados pelos movimentos organizados legitimados pelas instâncias partidárias, o professor-vereador Leslie colocou em tramitação um projeto arremedo do Estatuto do Nascituro.
Presidente do PT de Fazenda Rio Grande,Marcos Padilha é solidário à luta das mulheres |
Saúde no Brasil: agora vai
Médicos cubanos chegam ao Brasil e afirmam que querem colaborar pelo benefício da população mais pobre. “A motivação de nossa vinda é a solidariedade. Somos médicos por vocação. Não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou o médico Nelson Rodrigues, em resposta aos questionamentos dos repórteres sobre o baixo salário.
Este tipo de postura causa estranheza à direita mercantilista e raivosa acostumada a ver gente como cifra, saúde como lucro e felicidade como consumo.
Este tipo de postura causa estranheza à direita mercantilista e raivosa acostumada a ver gente como cifra, saúde como lucro e felicidade como consumo.
quinta-feira, agosto 22, 2013
Reforma política fora da agenda do PMDB
Sob o ponto de vista do marketing, a propaganda política do PMDB exibido na TV foi impecável. Coadjuvantes convincentes, iluminação combinada aos movimentos e um tributo verdadeiro à democracia. Bons elementos para agradar qualquer telespectador.
Mas, propositalmente talvez, os peemedebistas esqueceram de pisar na real. Reportaram-se às recentes manifestações, como se a multidão que saiu às ruas bradasse pelo fim da ditadura. E todos sabem - pelo pouco que se sabe - que os motivos eram outros.
O PMDB, maior partido do país, bem que poderia atender a voz das ruas e envidar esforços no sentido de levar em frente a reforma política e eleitoral.
Enquanto o Supremo conclui o julgamento do mensalão, em concomitância, muitos mensalões continuam sendo negociados na calada da noite.
E o povo? Este promete um ruidoso protesto no dia 7 de setembro. Para que e para quem? Só Deus sabe.
Mas, propositalmente talvez, os peemedebistas esqueceram de pisar na real. Reportaram-se às recentes manifestações, como se a multidão que saiu às ruas bradasse pelo fim da ditadura. E todos sabem - pelo pouco que se sabe - que os motivos eram outros.
O PMDB, maior partido do país, bem que poderia atender a voz das ruas e envidar esforços no sentido de levar em frente a reforma política e eleitoral.
Enquanto o Supremo conclui o julgamento do mensalão, em concomitância, muitos mensalões continuam sendo negociados na calada da noite.
E o povo? Este promete um ruidoso protesto no dia 7 de setembro. Para que e para quem? Só Deus sabe.
segunda-feira, agosto 19, 2013
Música sertaneja, baixo nível
Criança tem mania de dizer que não gosta de determinada comida sem nunca tê-la experimentado. Nessa linha, tem gente que diz não gostar de C sem nunca tê-la ouvido.
Estereótipos à parte, resolvi romper a barreira que me separa desse ritmo tão badalado na atualidade. “Ah, se eu te pego. Assim você me mata.”
Olho na tela, entre um e outro clique fui em busca dos hits sertanejos que fazem a alegria da moçada.
Nada melhor que uma tarde fria e chuvosa para ouvir música, prestar atenção nas letras e na melodia, principalmente daquelas que a gente nunca ouviu.
Surpresa total. Os vídeos mais acessados são uma verdadeira ode ao abuso do álcool e a pratica sexual irresponsável. Num deles, é contada a história de um rapaz que vai pra balada, bebe todas e, sem lembrar do que fez naquela noite, acorda na companhia de uma garota estranha. Ainda na cama, recorda apenas que transou com a menina sem nem saber o nome dela. Noutro sucesso, os sertanejos juram que vão beber até cair. E por ai vai.
Aprendi com as crianças. Experimentei e não gostei.
Estereótipos à parte, resolvi romper a barreira que me separa desse ritmo tão badalado na atualidade. “Ah, se eu te pego. Assim você me mata.”
Olho na tela, entre um e outro clique fui em busca dos hits sertanejos que fazem a alegria da moçada.
Nada melhor que uma tarde fria e chuvosa para ouvir música, prestar atenção nas letras e na melodia, principalmente daquelas que a gente nunca ouviu.
Surpresa total. Os vídeos mais acessados são uma verdadeira ode ao abuso do álcool e a pratica sexual irresponsável. Num deles, é contada a história de um rapaz que vai pra balada, bebe todas e, sem lembrar do que fez naquela noite, acorda na companhia de uma garota estranha. Ainda na cama, recorda apenas que transou com a menina sem nem saber o nome dela. Noutro sucesso, os sertanejos juram que vão beber até cair. E por ai vai.
Aprendi com as crianças. Experimentei e não gostei.
terça-feira, agosto 13, 2013
DILMA, SEM DÚVIDA, É A OPÇÃO CERTA EM 2014
O resultado da recente pesquisa sobre nas eleições do ano que vem apontou Dilma Rousseff e Marina Silva no topo da preferência. Segundo o levantamento, a presidenta está em primeiro lugar, Marina em segundo e Aécio caindo, caindo, caindo...
A amostra fez os anti-PT de plantão saírem da toca. Vergonhosos em se assumir ”tucanos” diante do mar de lama que enlameou os principais líderes do PSDB, agora passaram a endeusar Marina.
Povo ingrato. Marina surge num vácuo frágil da política, com gente nas ruas protestando contra tudo e todos. A pseudo candidatura e o pseudo partido que nem partido é, o tal Rede, é um alento aos descrentes dos atuais governantes. Será?
Olha só. Caso essa candidatura prospere (o que duvido) e, ainda mais, numa remota eventualidade de vitória da Rede, quem vai governar o Brasil?
Um partido novo, descompromissado com a história dos avanços democráticos e institucionais, requisito indispensável a um governo confiante. O Brasil já passou pelo trauma do impeachment em 1992 e é prudente não repetir o erro. E mais. Caso Marina ganhe a eleição, ela terá que fazer alianças para poder governar. E sabe com quem? Com o DEM do Arruda, com o PSDB do Cerra,ou seja, com a turma dos milhões embolsados.
A amostra fez os anti-PT de plantão saírem da toca. Vergonhosos em se assumir ”tucanos” diante do mar de lama que enlameou os principais líderes do PSDB, agora passaram a endeusar Marina.
Povo ingrato. Marina surge num vácuo frágil da política, com gente nas ruas protestando contra tudo e todos. A pseudo candidatura e o pseudo partido que nem partido é, o tal Rede, é um alento aos descrentes dos atuais governantes. Será?
Olha só. Caso essa candidatura prospere (o que duvido) e, ainda mais, numa remota eventualidade de vitória da Rede, quem vai governar o Brasil?
Um partido novo, descompromissado com a história dos avanços democráticos e institucionais, requisito indispensável a um governo confiante. O Brasil já passou pelo trauma do impeachment em 1992 e é prudente não repetir o erro. E mais. Caso Marina ganhe a eleição, ela terá que fazer alianças para poder governar. E sabe com quem? Com o DEM do Arruda, com o PSDB do Cerra,ou seja, com a turma dos milhões embolsados.
sábado, junho 22, 2013
Porque não fui às ruas
Eu estava na rua nos anos setenta com estudantes da federal - solitários e solidários – à situação de centenas de estudantes do Rio e São Paulo presos e torturados pelo regime militar. Vi estudantes escondidas na CEUC – Casa da Estudante Universitária, dentro de guarda-roupas para se esconder da repressão policial. Vi estudantes levados para o DOPS – Delegacia de Ordem Política e Social prestar contas dos panfletos distribuídos nos prédios do centro da Capital. Uns voltavam, outros não.
Eu estava na rua nos anos oitenta - na Boca Maldita - somada às 50 mil pessoas clamando por liberdade democrática. Milhares e milhares de punhos levantados e em coro uníssono bradavam bem alto palavras de ordem pelo fim da ditadura. Curitiba foi pioneira no movimento “Diretas já” tendo como um dos principais articuladores o prefeito Maurício Fruet, pai do Gustavo.
Eu estava na rua nos anos oitenta numa tarde chuvosa – na Boca Maldita – diante de um enorme palco ouvindo Taiguara cantarolar “É Lula lá... é Lula lá.. É Lula lá ao ritmo da música “Que as Crianças Cantem Livres. Milhares e milhares de pessoas acotoveladas para ver “O Cara”. Nenhum comerciante precisou fechar as portas.
Eu estava na rua no final dos anos oitenta no enfrentamento contra a subserviência dos sindicatos ao regime militar. Os trabalhadores queriam a retomada dos sindicatos para fazê-los expressar a voz do trabalhador. Testemunhei prisões e espancamentos de companheiros. Neste embate, a companheira e amiga Mirian Gonçalves, vice prefeita de Curitiba, exerceu papel fundamental na defesa do movimento. Cenas difíceis de esquecer.
Eu estava na rua nos anos noventa em luta ferrenha contra as sucessivas gestões fraudulentas do Banestado que culminaram com a entrega do patrimônio público à iniciativa privada a preço irrisório. Amigos bancários sofrem até hoje o trauma da perda do emprego, da insegurança e da violência moral imposta pelos banqueiros. A onda neoliberal foi imperativo máximo no governo FHC.
Eu estava na rua nos anos noventa com centenas de trabalhadores abraçando o prédio da Copel na Coronel Dulcídio, num gesto simbólico de defesa da empresa em mira da privatização. Por pouco a Copel não foi vendida.
Eu estava na rua e estarei sempre, para lutar pela liberdade, pela paz, pelo amor e respeito entre homens e mulheres.
Taiguara disse e eu assino embaixo:
“E que as crianças cantem livres sobre os muros
E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor
E que o passado abra os presentes pro futuro
Que não dormiu e preparou o amanhecer...”
Eu estava na rua nos anos oitenta - na Boca Maldita - somada às 50 mil pessoas clamando por liberdade democrática. Milhares e milhares de punhos levantados e em coro uníssono bradavam bem alto palavras de ordem pelo fim da ditadura. Curitiba foi pioneira no movimento “Diretas já” tendo como um dos principais articuladores o prefeito Maurício Fruet, pai do Gustavo.
Eu estava na rua nos anos oitenta numa tarde chuvosa – na Boca Maldita – diante de um enorme palco ouvindo Taiguara cantarolar “É Lula lá... é Lula lá.. É Lula lá ao ritmo da música “Que as Crianças Cantem Livres. Milhares e milhares de pessoas acotoveladas para ver “O Cara”. Nenhum comerciante precisou fechar as portas.
Eu estava na rua no final dos anos oitenta no enfrentamento contra a subserviência dos sindicatos ao regime militar. Os trabalhadores queriam a retomada dos sindicatos para fazê-los expressar a voz do trabalhador. Testemunhei prisões e espancamentos de companheiros. Neste embate, a companheira e amiga Mirian Gonçalves, vice prefeita de Curitiba, exerceu papel fundamental na defesa do movimento. Cenas difíceis de esquecer.
Eu estava na rua nos anos noventa em luta ferrenha contra as sucessivas gestões fraudulentas do Banestado que culminaram com a entrega do patrimônio público à iniciativa privada a preço irrisório. Amigos bancários sofrem até hoje o trauma da perda do emprego, da insegurança e da violência moral imposta pelos banqueiros. A onda neoliberal foi imperativo máximo no governo FHC.
Eu estava na rua nos anos noventa com centenas de trabalhadores abraçando o prédio da Copel na Coronel Dulcídio, num gesto simbólico de defesa da empresa em mira da privatização. Por pouco a Copel não foi vendida.
Eu estava na rua e estarei sempre, para lutar pela liberdade, pela paz, pelo amor e respeito entre homens e mulheres.
Taiguara disse e eu assino embaixo:
“E que as crianças cantem livres sobre os muros
E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor
E que o passado abra os presentes pro futuro
Que não dormiu e preparou o amanhecer...”
sábado, junho 15, 2013
I Conferência Estadual de Tecnologia da informação e comunicação & Ciência e Tecnologia
As diversas e crescentes formas de utilização das TICs, nas escolas, prefeituras, nas áreas da agricultura e saúde, empresas públicas, recomendaram a discussão de políticas adequadas ao setor, no sentido de nortear a atuação do partido no estado e construção do plano de governo das eleições de 2014.
terça-feira, junho 11, 2013
Carta à presidenta Dilma
Olá Presidenta! Tudo bem com a senhora? Aqui abaixo da linha
do Equador, vamos levando a vida como Deus manda, mas com algumas preocupações.
Uma delas, é com a condução do seu
governo. É complicado prá gente entender
essa dificuldade que a senhora tem prá aprovar os projetos, emendas... no Congresso. Afinal, a maioria dos congressistas não são aliados do Governo? Lembro destas questões depois da maratona da
MP dos Portos e também das manobras para garantir a conta da luz mais barata.
Tudo bem. Faltando pouco mais de um ano das eleições, novos
interesses se configuram e segurar um pouco aqui para barganhar logo mais ali é até natural, no bom sentido da democrática
disputa pelo poder.
No entanto Presidenta, a situação tem ido mais além do que
deveria. E alguma coisa deve ser feita.
Ah! Também esse pessoal da Globo que não pára de falar em inflação. Basta
ligar a TV e lá vem a cantilena. Dada a insistência, até parece que o governo
não faz nada, a não ser subir o preço da comida e da passagem nossa de cada dia.
A senhora ainda leva um pouco de sorte Presidenta, porque os
sindicatos e movimentos populares estão meio stand by, esperando ver o que
acontece prá poder sair às ruas. Sorte
porque esse pessoal gosta da senhora, respeita sua trajetória, mas se não forem
ouvidos a moçada a qualquer momento pode virar a mesa.
Então Presidenta, vamos lá. Primeiro tente criar um “corpus
spíritus” no governo. Ou seja, num final de semana qualquer, reúna os 39 ministros
numa sala grandona e bote cada um prá falar uns 10 a 15m dos principais feitos da
sua pasta. Já fiz as contas: dois dias são suficientes. No final do encontro,
um coquetelzinho de confraternização, por que ninguém é de ferro.
Por um bom tempo, a mídia vai noticiar – bem ou mal - que o ministro da Pesca fez isso e
aquilo, que a pasta das Cidades existe... Trégua ao trio Mantega, Belchior e
Hoffmann. Vale tentar.
E os rebeldes das casas vizinhas? Chorar as pitangas porque o PMDB é desunido,
infiel, etc... não leva a nada. Apressar
os caras na tramitação da papelada também não funciona. Olha só. Peça prá sua
secretária comprar um presentinho, pode ser simples –aqueles de coração- e faça-o
chegar às mãos da esposa do Henrique Alves.
Festa Junina era marca do presidente Lula e também
oportunidade de reciclar afetos. E surtia efeito. Que tal criar o Arraial da
Dilma? Ia ser muito legal!
Ah! De vez em quando peça pro Gilbertinho conversar com as
lideranças dos movimentos sociais organizados. Isso só acontece hoje quando o
circo está pegando fogo. Governo que age prá apagar incêndio desperdiça energia
e o resultado tem prazo de validade
curto.
Boa sorte presidenta Dilma. Continuo confiando na senhora e
torço pra que tudo dê certo no Governo.
Um abraço
segunda-feira, junho 03, 2013
Futebol black tie
Nunca fui chegada a futebol, muito menos sair de casa pra ir em estádio assistir jogo. Mas, das poucas vezes que me dei a esse desfrute, o que mais chamou a atenção foram as torcidas. É um verdadeiro espetáculo de espontaneidade. Lá no meio do povão, filho d... e tomar n... não é ofensa. É grito de guerra. É alegria. É uma catarse coletiva.
Ao ver aquele bando de loucos aos berros depois de um lance mal feito ou depois de um gol marcado, fico a imaginar aquele pai de família rígido, executivo de segunda a sexta, mudar o comportamento, virar moleque durante uma partida de futebol.
Jogo estes pensamentos fora, após ver na TV o Maracanã novinho em folha acolhendo a disputa entre Inglaterra e a seleção brasileira.
Gente sentada, comportada. Sem bandeiras, batuques e faixas. Torcida? Nem pensar. Cenário tão zen, que parecia uma numerosa plateia a assistir Carmen de Bizet.
Ao ver aquele bando de loucos aos berros depois de um lance mal feito ou depois de um gol marcado, fico a imaginar aquele pai de família rígido, executivo de segunda a sexta, mudar o comportamento, virar moleque durante uma partida de futebol.
Jogo estes pensamentos fora, após ver na TV o Maracanã novinho em folha acolhendo a disputa entre Inglaterra e a seleção brasileira.
Gente sentada, comportada. Sem bandeiras, batuques e faixas. Torcida? Nem pensar. Cenário tão zen, que parecia uma numerosa plateia a assistir Carmen de Bizet.
domingo, junho 02, 2013
Um cínico à sombra de uma lei capenga
O monólogo das inserções da propaganda política do PSDB na TV protagonizado pelo ator Aécio Neves, presidente do partido e pretenso ocupante ao cargo da Dilma em 2014, é campanha eleitoral descarada.
De acordo com a lei, fazer campanha antecipada é ilegal, mas os tucanos a desrespeitam.
A situação é ridícula. Mediante reclamação - geralmente feita pelos partidos opositores – a justiça se manifesta e aplica multa.
Num próximo programa supostamente destinado à propaganda da oposição, também haverá pedido de multa por prática de campanha antecipada. Ou seja, um partido usa a multa do outro para pagar sua própria multa.
De acordo com a lei, fazer campanha antecipada é ilegal, mas os tucanos a desrespeitam.
A situação é ridícula. Mediante reclamação - geralmente feita pelos partidos opositores – a justiça se manifesta e aplica multa.
Num próximo programa supostamente destinado à propaganda da oposição, também haverá pedido de multa por prática de campanha antecipada. Ou seja, um partido usa a multa do outro para pagar sua própria multa.
Um verdadeiro samba de crioulo doido, onde os juízes – que tem a aura de lidar com questões sérias – deveriam ser os primeiros a bater o martelo contra essa palhaçada.
As aparições dos políticos na mídia e disposição ao enfrentamento seriam perfeitamente normais se na Reforma Política eleitoral fossem revistos esses prazos que ninguém cumpre. Então porque mantê-los?
As aparições dos políticos na mídia e disposição ao enfrentamento seriam perfeitamente normais se na Reforma Política eleitoral fossem revistos esses prazos que ninguém cumpre. Então porque mantê-los?
O trio de vestais, os senadores do PSDB Aloysio Nunes Ferreira e Alvaro Dias e Agripino Maia do DEM, já estão de tocaia, prontos para pedir a aplicação de multa ao PT. É só a Dilma ou o Lula aparecerem na TV.
quarta-feira, maio 29, 2013
Causos do Banestado: FURQUIM O CAÇA MOSQUITO
Dizem que é depois que as portas fecham que o serviço pega fogo nos bancos. É preciso deixar a casa arrumada para começar o expediente do dia seguinte sem tropeços. Nesse clima de corre-corre, nosso amigo Cesar Furquim da agência Água Verde se superou.
Perto do Furquim ninguém se estressava. Coisas banais provocavam altas gargalhadas. Olha só uma das manias do danado: com a mão no ar, simulava capturar um mosquito voando. Após várias tentativas conseguia pegar o inseto, jogava-o dentro da boca, dava umas três mastigadas, fingia engolir e depois saia desfilando pela agência com pose de Super-Homem.
Mas o destino pregou uma peça em nosso amigo fanfarrão e nem tudo saiu como ele planejava. Durante mais um dia de intenso trabalho, ao repetir a cena do “caça-mosquito”, Furquim erra o alvo, ou melhor - acerta o alvo sem querer – e, sem perceber, pega o mosquito de verdade, joga-o dentro da boca, morde-o... e sai correndo feito louco dentro da agência, se cuspindo por inteiro.
Perto do Furquim ninguém se estressava. Coisas banais provocavam altas gargalhadas. Olha só uma das manias do danado: com a mão no ar, simulava capturar um mosquito voando. Após várias tentativas conseguia pegar o inseto, jogava-o dentro da boca, dava umas três mastigadas, fingia engolir e depois saia desfilando pela agência com pose de Super-Homem.
Mas o destino pregou uma peça em nosso amigo fanfarrão e nem tudo saiu como ele planejava. Durante mais um dia de intenso trabalho, ao repetir a cena do “caça-mosquito”, Furquim erra o alvo, ou melhor - acerta o alvo sem querer – e, sem perceber, pega o mosquito de verdade, joga-o dentro da boca, morde-o... e sai correndo feito louco dentro da agência, se cuspindo por inteiro.
terça-feira, maio 28, 2013
RevoluCão dos bichos
Este fato aconteceu numa comunidade chamada RevoluCão, local onde centenas de cães de todas as raças vivem na mais perfeita harmonia e nada lhes faltam. Para que todos tenham uma vida saudável, o confiável BigDog, líder da comunidade, administra um programa sócio-canino chamado VR-Vale Ração. No dia de receber o benefício, a alegria da cachorrada é tanta, que os latidos se confundem com uma afinada orquestra. Para merecê-lo, os cachorros pais devem manter os filhotes castrados, vacinados e longe das pulgas.
Até que...
De repente, um fato muito estranho rompeu a calma do imenso canil. Num abrir e piscar de olhos, a cachorrada invade o galpão do BigDog e saqueia o estoque do VR-Vale Ração.Um baita corre-corre, um salve-se quem puder.
O líder ficou boquiaberto. Custou a acreditar na desgraça. Só mais tarde, contaram-lhe que a cachorrada agiu assim por medo, medo de perder o benefício. Mais atônito ainda ficou BigDog, ao saber que uns cães anônimos emitiram latidos de alerta sobre o fim da distribuição do VR-Vale Ração. Latidos falsos, claro.
BigDog acalmou a situação, mas jurou vingança. Inconformado com o prejuízo causado, chamou os cachorros de faro mais apurado e ordenou-lhes ações no sentido de descobrir e punir os culpados.
A surpresa
Entre uma cheirada e outra, os cães de confiança do BigDog descobriram que o boato surgiu de um Pet da redondeza. Era sabido que o cão dono desse Pet não escondia de ninguém o desejo de ser ele o líder canino da RevoluCão. E mais. O cachorrão ardiloso também era controlador da fábrica de ração.
De repente, um fato muito estranho rompeu a calma do imenso canil. Num abrir e piscar de olhos, a cachorrada invade o galpão do BigDog e saqueia o estoque do VR-Vale Ração.Um baita corre-corre, um salve-se quem puder.
O líder ficou boquiaberto. Custou a acreditar na desgraça. Só mais tarde, contaram-lhe que a cachorrada agiu assim por medo, medo de perder o benefício. Mais atônito ainda ficou BigDog, ao saber que uns cães anônimos emitiram latidos de alerta sobre o fim da distribuição do VR-Vale Ração. Latidos falsos, claro.
BigDog acalmou a situação, mas jurou vingança. Inconformado com o prejuízo causado, chamou os cachorros de faro mais apurado e ordenou-lhes ações no sentido de descobrir e punir os culpados.
A surpresa
Entre uma cheirada e outra, os cães de confiança do BigDog descobriram que o boato surgiu de um Pet da redondeza. Era sabido que o cão dono desse Pet não escondia de ninguém o desejo de ser ele o líder canino da RevoluCão. E mais. O cachorrão ardiloso também era controlador da fábrica de ração.
domingo, maio 26, 2013
Esmaga Sapo faz festa na Sede Campestre da AB em Colombo
Nos encontros festivos que acontecem até hoje - treze anos após a privatização do Banestado – entre uma cerveja e outra os esmagasapenses botam prá fora algumas lembranças.
Gente dos mais diferentes setores do Banco, que gostava de um bate-bola, de praia, que curtia um bom churrasco ou então um passeio na Serra do Mar passou a se reunir com frequência e de lá prá cá não se largaram mais. Os familiares também participavam ativamente das atividades esportivas e das festas. No alambrado do campo de futebol suíço, era comum ver as esposas na maior torcida pelos maridos atletas.
Emociona ver a moçada hoje, os filhos dos bancários, uns casados outros na faculdade e ao mesmo tempo lembrar daquela criançada fazendo barulho na sede Campestre de Colombo, todos amiguinhos quando eram pequenos, e hoje donos da própria vida, como eram seus pais.
Na verdade, os integrantes do grêmio não estão preocupados com o dia em que tudo começou até porque, o que eles querem mesmo, é que o Esmaga tenha vida prá frente.
O que eles querem mesmo é se divertir.
O encontro especial de hoje, sábado 25, foi para se despedir da chácara.
A sede de Colombo acaba de ser desapropriada pela Prefeitura daquele município. Tudo indica que lá funcionará uma entidade ligada à educação, um Centro Tecnológico.
E a história da Associação Banestado se repete. Primeiro foi a desapropriação da Colônia de Caiobá e agora a da sede de Colombo, ambas para fins educacionais. Destino?
terça-feira, maio 14, 2013
100 dias de PT e PDT. Curitiba vai bem, obrigado.
Jonny Stica, Presidente Municipal do PT, convocou e os
filiados compareceram em peso para ouvir o que os representantes tinham a contar
das ações no executivo.
O prefeito Gustavo Fruet(PDT) foi muito aplaudido ao entrar no
auditório da APP. A relação amistosa e respeitosa por parte dos petistas seria
normal, se a aliança que culminou na vitória do pedetista não fosse eivada de
questionamentos. Sobravam desconfianças de todos os lados no futuro da coalisão
PT/PDT.
A vontade de ver Curitiba humanizada e bem cuidada para sua
gente falou mais alto.
O prefeito queria falar pouco, mas se empolgou no discurso.
Fruet disse
Assumir uma prefeitura do porte como a de Curitiba após anos
comandada por um mesmo grupo é um grande e constante desafio. Uma boa equipe de
trabalho é fundamental para ir em frente. Dos pequenos aos macros, os problemas
são diagnosticados com vistas a soluções viáveis e compatíveis com o orçamento,
que é apertado. Para o impasse dos custos do transporte coletivo, foi nomeada uma
comissão composta de técnicos da UFPR, sindicatos, objetivando analisar o
sistema e propor alternativas para acabar com o conflito existente no preço
real a ser cobrado dos passageiros.
Fruet garante a realização das obras necessárias para Curitiba
fazer bonito na Copa do Mundo, sem esquecer do polêmico Viaduto Estaiado, com
revisão responsável dos valores orçados pela administração anterior.
Tem blogs, cujo perfil deixa claro de que lado está, que
tenta desqualificar o esforço e trabalho do prefeito. Fruet ressalta que esta é
uma questão a ser resolvida por ele e orienta que a equipe deve manter uma
relação republicana junto aos governos federal e estadual.
Simpático e nominando as pessoas no decorrer, com o cuidado em
não cometer gafes do esquecimento, Fruet encerra o diálogo lembrando de um
evento em que participou, cuja plateia era formada majoritariamente de pré-adolescentes.
Na ocasião, uma das crianças que o antecedeu no discurso falou duas, três
palavras e foi aplaudidíssima. A fim de não correr o risco de ser vaiado, o
prefeito disse também ter sido lacônico na fala. Foi aplaudido lá e na APP
também.
E a vice Mirian Gonçalves(PT)?
Empolgação. Este é o termo apropriado ao descrever a vice prefeita.
Em dupla função, haja vista acumular o cargo eletivo e a Secretaria do Trabalho
e Emprego, Mirian não se faz de rogada ao contar que pela primeira vez uma
mulher vai assumir a prefeitura de Curitiba. “Meu nome pode não ser lembrado,
mas que foi uma mulher, isso ninguém vai esquecer”, disse. Mirian exercerá a
interinidade do cargo, entre os dias 17 de 26 de maio em virtude de viagem
oficial de Fruet ao Japão.
Assim como o prefeito, a vice dorme pouco e corre muito.
Nestes poucos meses de mandato, Mirian se diz incansável na busca de soluções na
desburocratização dos setores de atendimento ao cidadão. Um dos entraves, segundo
ela, é a dependência do ICI – Instituto Curitibano de Informática, estrutura fora
de sintonia com a demanda dos serviços. A
promoção de feiras de emprego e documentação, descentralização
do atendimento facilita a vida das pessoas; as valorizam e as fazem cidadãs. Miriam
e equipe estão executando estas tarefas na prefeitura.
Três secretarias
O PT ocupa três pastas na prefeitura: o médico Adriano
Massuda à frente da Secretaria da Saúde; Roseli Isidoro na Secretaria de Políticas para
Mulheres, pasta criada nesta gestão; e Marcos
Cordioli nomeado para a Secretaria da Cultura. Outra estrutura importante, a administração
regional do CIC (Cidade Industrial de Curitiba), também é ocupada por um
petista, o Ton Vargas.
sábado, maio 11, 2013
Mãe
Curti pouco minha mãe. Quis o destino que ela fosse morar no céu bem cedo com meu pai. No trajeto, várias mães cruzaram minha vida. Uma delas, minha vó que me criou desde pequenininha. Hoje tenho o amor dos meus dois filhos, nora, neto agregado.
Domingo a gente estará junto. Enquanto o mais novo assa a carne, faço a maionese - aquela de uma gema crua e duas cozidas - mais óleo e mexida circular no prato fundo até dar ponto. Lição da velha Mirandolina.
quarta-feira, maio 08, 2013
Na política, tombo a gente nunca esquece
Na reunião realizada ontem para organizar a Audiência Pública do Conselho Municipal da Mulher, a Rosani pautou e questionou a exigência de pertencimento a uma sociedade civil organizada para integrar o conselho. Ou seja, exclui-se os movimentos como a Marcha das Mulheres, Marcha das Vadias, Forum Popular de Mulheres, porque estas organizações não possuem CNPJ.
Estas considerações fizeram-me voltar o tempo, mais precisamente em 1996/97, época em que um grupo de sonhadores desvairados acreditava na democratização da comunicação via Canal Comunitário de TV cabo. Pura ousadia e uma experiência inesquecível.
O aprendizado maior do período, ironicamente deu-se no campo político. A formação de chapas para disputar o segundo mandato da coordenação do canal foi trágica. Senão vejamos.
Um lado defendia a programação composta de material produzido pelas entidades formadoras do Canal: Grupo Dignidade, Senge, Sindijus, Bancários, CUT, Acnap, APP, entre outras. Outro, insistia na produção de programas elaborado por terceiros, que “por coincidência” eram os mesmos que participavam das reuniões da executiva com direito a voz, mas não voto.
Após esgotadas as possiblidades de consenso, estas concepções influenciaram sobremaneira na formação das chapas.
Assembleia da eleição
Aí o bicho pegou. Dezenas de pessoas dizendo-se representantes de entidades civis - criadas a toque de caixa e portadoras do CGC provisório (atual CNPJ) – invadiram literalmente a plenária. Uma surpresa e tanto. Este público novato aplaudia e aprovava todas as propostas da corrente defensora da terceirização da programação da emissora. Ideias contrárias eram seguidas de vaia e conturbação.
Dada a interpretação dúbia e omissão de normas estatutárias, a executiva havia decidido pela filiação de novas entidades no mesmo dia da eleição, bem como o direito ao voto destas entidades na escolha da nova coordenação do Canal.
As normas do estatuto foram jogadas no lixo. Eles venceram. Gustavo Erwin(Red) da CUT, Luiz Henrique Herrman da APP e eu da CUT saímos do Senge antes da assembleia acabar e não mais voltamos ao canal. Até hoje.
Estas considerações fizeram-me voltar o tempo, mais precisamente em 1996/97, época em que um grupo de sonhadores desvairados acreditava na democratização da comunicação via Canal Comunitário de TV cabo. Pura ousadia e uma experiência inesquecível.
O aprendizado maior do período, ironicamente deu-se no campo político. A formação de chapas para disputar o segundo mandato da coordenação do canal foi trágica. Senão vejamos.
Um lado defendia a programação composta de material produzido pelas entidades formadoras do Canal: Grupo Dignidade, Senge, Sindijus, Bancários, CUT, Acnap, APP, entre outras. Outro, insistia na produção de programas elaborado por terceiros, que “por coincidência” eram os mesmos que participavam das reuniões da executiva com direito a voz, mas não voto.
Após esgotadas as possiblidades de consenso, estas concepções influenciaram sobremaneira na formação das chapas.
Assembleia da eleição
Aí o bicho pegou. Dezenas de pessoas dizendo-se representantes de entidades civis - criadas a toque de caixa e portadoras do CGC provisório (atual CNPJ) – invadiram literalmente a plenária. Uma surpresa e tanto. Este público novato aplaudia e aprovava todas as propostas da corrente defensora da terceirização da programação da emissora. Ideias contrárias eram seguidas de vaia e conturbação.
Dada a interpretação dúbia e omissão de normas estatutárias, a executiva havia decidido pela filiação de novas entidades no mesmo dia da eleição, bem como o direito ao voto destas entidades na escolha da nova coordenação do Canal.
As normas do estatuto foram jogadas no lixo. Eles venceram. Gustavo Erwin(Red) da CUT, Luiz Henrique Herrman da APP e eu da CUT saímos do Senge antes da assembleia acabar e não mais voltamos ao canal. Até hoje.
domingo, maio 05, 2013
Aécio assume candidatura e detona o PT. Será que a estratégia é segura?
Aécio Never diz na Isto É desta semana que vai explorar o viés autoritário do PT na campanha de 2014.
Quem é autoritário? Meia dúzia de caciques que decidem quem será candidato ou o partido que envolve seus filiados nas decisões da legenda?
Quem é autoritário? O partido em que meia dúzia de iluminados decidem o que é bom para o país ou o partido que realiza audiências públicas, conferências neste Brasil afora para ver e ouvir o que povo quer para si?
Quem é autoritário? O partido que coloca debaixo do tapete suas mazelas ou o partido que aprimora cada dia mais os mecanismos de transparência na gestão pública?
Quem é autoritário? Meia dúzia de caciques que decidem quem será candidato ou o partido que envolve seus filiados nas decisões da legenda?
Quem é autoritário? O partido em que meia dúzia de iluminados decidem o que é bom para o país ou o partido que realiza audiências públicas, conferências neste Brasil afora para ver e ouvir o que povo quer para si?
Quem é autoritário? O partido que coloca debaixo do tapete suas mazelas ou o partido que aprimora cada dia mais os mecanismos de transparência na gestão pública?
Aecinho caiu na arapuca.
terça-feira, abril 30, 2013
Ode à indignação
Ao invés de se indignar pela quantidade de impostos pagos, cobre do Estado melhoria nos serviços públicos.
Ao invés de se indignar com o menor infrator, cobre do Estado políticas de proteção.
Ao invés de se indignar com o preço abusivo do pedágio, lembre-se de quem o criou e nunca mais vote nele ou nos políticos indiferentes à questão.
Ao invés de se indignar com o bancário pela demora no atendimento, dirija sua indignação ao banqueiro explorador da mão-de-obra.
Ao invés de se indignar com a bolsa paga à família do presidiário, se revolte com a carência de crianças não merecedoras de castigo decorrente do descaminho dos pais.
Ao invés de se indignar com as mulheres libertas em busca de direitos, lembre-se de que elas, mesmo em luta constante, trabalham muito, ganham menos e sofrem todo tipo de discriminação.
Ao invés de se indignar com o menor infrator, cobre do Estado políticas de proteção.
Ao invés de se indignar com o preço abusivo do pedágio, lembre-se de quem o criou e nunca mais vote nele ou nos políticos indiferentes à questão.
Ao invés de se indignar com o bancário pela demora no atendimento, dirija sua indignação ao banqueiro explorador da mão-de-obra.
Ao invés de se indignar com a bolsa paga à família do presidiário, se revolte com a carência de crianças não merecedoras de castigo decorrente do descaminho dos pais.
Ao invés de se indignar com as mulheres libertas em busca de direitos, lembre-se de que elas, mesmo em luta constante, trabalham muito, ganham menos e sofrem todo tipo de discriminação.
Ao invés de simplesmente se indignar, saia do casulo e vá à luta por um mundo mais fraterno e igual.
terça-feira, abril 23, 2013
Se um vereador propor nome de rua ou título de cidadão honorário, dê um fora nele
O jornal do meio dia como sempre traz notícias de inúmeros problemas de mobilidade, segurança, agenda em obras públicas ... Sintomas típicos das cidades, principalmente as de grande porte.
Gente que invade a pista exclusiva dos ônibus com skates, bicicletas ou simplesmente a usam para caminhada. Gente que invade os ônibus sem pagar a passagem ... Exemplos claros de civilidade comprometida que acontecem na capital em plena luz do dia.
Enquanto isso, nossos vereadores que deveriam estar atentos a essas demandas, marcam sessão e gastam horas e horas para discutir nome de rua e concessão de títulos honorários.
Descarto qualquer tentativa de religiofobia, mas conceder a Silas Malafaia o título de cidadão honorário de Curitiba dá azia. O que esse cidadão fez de relevante para os curitibanos?
Mais azia ainda, é pensar que nobres vereadores recebem seu salário - que é pago por nós cidadãos – para discutir e propor medidas totalmente descoladas do interesse público.
Gente que invade a pista exclusiva dos ônibus com skates, bicicletas ou simplesmente a usam para caminhada. Gente que invade os ônibus sem pagar a passagem ... Exemplos claros de civilidade comprometida que acontecem na capital em plena luz do dia.
Enquanto isso, nossos vereadores que deveriam estar atentos a essas demandas, marcam sessão e gastam horas e horas para discutir nome de rua e concessão de títulos honorários.
Descarto qualquer tentativa de religiofobia, mas conceder a Silas Malafaia o título de cidadão honorário de Curitiba dá azia. O que esse cidadão fez de relevante para os curitibanos?
Mais azia ainda, é pensar que nobres vereadores recebem seu salário - que é pago por nós cidadãos – para discutir e propor medidas totalmente descoladas do interesse público.
sexta-feira, abril 19, 2013
Ex candidato José Serra se filia ao PSC do Feliciano
Sem alarde, o eterno derrotado candidato José Serra se filia ao PSC, partido do religioso Marcos Feliciano, o presidente da comissão mais barulhenta do Congresso Nacional.
O ato de filiação tem um objetivo definido: As eleiçõesde 2014.
De antemão, já estão em curso debates políticos que indicam a candidatura de Serra Presidente e Feliciano Vice. As negociações estão tão avançadas que até o slogan da campanha eles já escolheram: “Aborto? Nem morto.”
Ambos partilham a ideia em criar um ministério específico para recuperação de gays e lésbicas, em substituição ao atual ministério dos Direitos Humanos. O titular da pasta será o próprio Feliciano. As mulheres serão proibidas de ocupar cargos no governo.
Entre os acordos também se fortalece a proposta de investir em novas descobertas científicas para evitar a aparição do arco-iris, fenômeno natural cujas cores incitam transgressões sexuais.
O ato de filiação tem um objetivo definido: As eleiçõesde 2014.
De antemão, já estão em curso debates políticos que indicam a candidatura de Serra Presidente e Feliciano Vice. As negociações estão tão avançadas que até o slogan da campanha eles já escolheram: “Aborto? Nem morto.”
Ambos partilham a ideia em criar um ministério específico para recuperação de gays e lésbicas, em substituição ao atual ministério dos Direitos Humanos. O titular da pasta será o próprio Feliciano. As mulheres serão proibidas de ocupar cargos no governo.
Entre os acordos também se fortalece a proposta de investir em novas descobertas científicas para evitar a aparição do arco-iris, fenômeno natural cujas cores incitam transgressões sexuais.
segunda-feira, abril 15, 2013
quinta-feira, abril 11, 2013
Reforma política: financiamento público de campanhas
Você sabe por que muitos deputados não querem nem ouvir falar em financiamento público nas campanhas eleitorais? Simplesmente porque os “sem grana” teriam as mesmas condições dos endinheirados para fazer campanha. E os latifundiários, pastores, mega empresários... esses não querem perder o posto.
Outra questão. Esqueça essa balela de que quem paga campanha com financiamento público é o povo e no modelo como está hoje não.
É ingenuidade imaginar que o dinheiro gasto em campanhas, por meio de doações e recursos próprios, não voltaria para o bolso deles centavo por centavo depois das eleições. E quem paga? Você.
Eis a diferença:
Campanha com financiamento público: mais econômica e justa, uma vez que favorece a todos por igual.
Campanha com financiamento privado: Mais desperdício (campanhas milionárias) e discriminatória.
Outra questão. Esqueça essa balela de que quem paga campanha com financiamento público é o povo e no modelo como está hoje não.
É ingenuidade imaginar que o dinheiro gasto em campanhas, por meio de doações e recursos próprios, não voltaria para o bolso deles centavo por centavo depois das eleições. E quem paga? Você.
Eis a diferença:
Campanha com financiamento público: mais econômica e justa, uma vez que favorece a todos por igual.
Campanha com financiamento privado: Mais desperdício (campanhas milionárias) e discriminatória.
domingo, abril 07, 2013
Contradições sociais estão em toda parte
A Gazeta do Povo deste domingo noticia que quatro mil pessoas perambulam pelas ruas de Curitiba, dado preocupante para uma cidade considerada não tão sujeita a esse tipo de vulnerabilidade.
Essa realidade aponta uma tendência, quase que natural, em comparar a cidade, o estado, o mesmo o Brasil com as condições sócio-econômicas de outros países. É senso comum achar que o Brasil é sempre o pior, e que em outros países da Europa – mesmo em crise – ou nos Estados Unidos, não existe população de rua.
Mero engano.
Nova York é divina. Degustar um bom vinho durante um show de jazz no Carlyle Hotel, com nada mais nada menos que umas cinquenta pessoas curtindo Woody Allen e seu sax é the best. Na mesa ao fundo, está Soon Yi, filha adotiva da atriz Mia Farrow, com quem Woody mantem um relacionamento eivado de polêmicas.
Ou então, jantar no Soho vendo gente alternativa, estranhamente linda, em companhia de Gerald Thomas, homem do teatro profundo conhecedor da arte nova-yorkina.
Visitar o Moma, The Cloisters, Guggenheim, museus ricos em cultura e raridades. Como ninguém é de ferro, comprar umas coisinhas na Bloomingdales.
Essa é a cidade dos viajantes curiosos. Mas existe outra Nova York escondida. A NY de gente como a gente.
Andar de metrô em Manhattan é uma maravilha. Estações limpas, espaçosas e arejadas. Mas são poucas. Basta sair um pouco da rota endinheirada e o cenário muda da água para o vinho.
O cheiro de xixi é insuportável. Muita gente sem teto faz das estações sua moradia. São dezenas, centenas de pessoas amontoadas pelos cantos subterrâneos das estações. É dessa forma que eles fogem do frio nos longos períodos de inverno, peculiar naquelas bandas.
Criativos, vão à luta para saciar a fome. Com voz bonita e sorriso nos lábios, cantarolam Yesterday Once More dos Carpenters nos corredores do metrô durante as viagens. Para lá e para cá. Muita gente dá uns trocados, uns até generosos.
No Harlem, bairro de população predominantemente negra, os problemas sociais são acentuados. Mães com filhos no colo, sob uma temperatura abaixo de zero, esmolam enquanto as crianças maiores correm entre os carros num trânsito intenso a pedir dinheiro. Lá tem o Silvia’s, restaurante famoso e tradicional de NY.
Contraste e mais contraste, como aqui no Brasil. Portanto, cuidemos das nossas mazelas, mas sem autodesprezo pátrio.
Essa realidade aponta uma tendência, quase que natural, em comparar a cidade, o estado, o mesmo o Brasil com as condições sócio-econômicas de outros países. É senso comum achar que o Brasil é sempre o pior, e que em outros países da Europa – mesmo em crise – ou nos Estados Unidos, não existe população de rua.
Mero engano.
Nova York é divina. Degustar um bom vinho durante um show de jazz no Carlyle Hotel, com nada mais nada menos que umas cinquenta pessoas curtindo Woody Allen e seu sax é the best. Na mesa ao fundo, está Soon Yi, filha adotiva da atriz Mia Farrow, com quem Woody mantem um relacionamento eivado de polêmicas.
Ou então, jantar no Soho vendo gente alternativa, estranhamente linda, em companhia de Gerald Thomas, homem do teatro profundo conhecedor da arte nova-yorkina.
Visitar o Moma, The Cloisters, Guggenheim, museus ricos em cultura e raridades. Como ninguém é de ferro, comprar umas coisinhas na Bloomingdales.
Essa é a cidade dos viajantes curiosos. Mas existe outra Nova York escondida. A NY de gente como a gente.
Andar de metrô em Manhattan é uma maravilha. Estações limpas, espaçosas e arejadas. Mas são poucas. Basta sair um pouco da rota endinheirada e o cenário muda da água para o vinho.
O cheiro de xixi é insuportável. Muita gente sem teto faz das estações sua moradia. São dezenas, centenas de pessoas amontoadas pelos cantos subterrâneos das estações. É dessa forma que eles fogem do frio nos longos períodos de inverno, peculiar naquelas bandas.
Criativos, vão à luta para saciar a fome. Com voz bonita e sorriso nos lábios, cantarolam Yesterday Once More dos Carpenters nos corredores do metrô durante as viagens. Para lá e para cá. Muita gente dá uns trocados, uns até generosos.
No Harlem, bairro de população predominantemente negra, os problemas sociais são acentuados. Mães com filhos no colo, sob uma temperatura abaixo de zero, esmolam enquanto as crianças maiores correm entre os carros num trânsito intenso a pedir dinheiro. Lá tem o Silvia’s, restaurante famoso e tradicional de NY.
Contraste e mais contraste, como aqui no Brasil. Portanto, cuidemos das nossas mazelas, mas sem autodesprezo pátrio.
Mesmo stand by, Tudo Aqui requer cuidados
Dizem que a memória do povo é curta, mas nem tanto assim. Quem não lembra da péssima gestão do ex prefeito Cassio Taniguchi na prefeitura de Curitiba na virada do século? Ele terminou o mandato com inúmeras ações na justiça e só escapou de punição por crimes de corrupção devido a morosidade da justiça. As ações prescreveram.
Depois disso, Cassio foi prá Brasília e lá se juntou a José Roberto Arruda, o homem dos mil e um escândalos de corrupção no planalto.
E ele voltou para o Paraná. Sem grandes dificuldades para continuar no bem-bom, foi nomeado ao cargo de secretário do planejamento no governo Beto Richa.
Agora Cassio acaba de ensaiar um golpe terrível para o povo paranaense. Sem a mínima transparência ou debate com a sociedade, Cassio quis empurrar goela a abaixo um pacotão chamado Tudo Aqui, que previa a terceirização de serviços de atendimento a um custo de quase R$ 3 bilhões num contrato de 25 anos de vigência.
Esse trauma a população já experimenta com a contratação dos pedágios nas rodovias paranaenses. São contratos longínquos com cláusulas pétreas, firmados a preços abusivos e, claro, com desfalque direto do bolso do cidadão.
Graças a ação firme da oposição na Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado Tadeu Veneri(PT), o Tudo Aqui ficou stand by.
Mas o assunto não está encerrado. A qualquer momento eles poderão retomá-lo, de repente com novos argumentos. Se isso ocorrer, a gente conta TUDO AQUI.
Depois disso, Cassio foi prá Brasília e lá se juntou a José Roberto Arruda, o homem dos mil e um escândalos de corrupção no planalto.
E ele voltou para o Paraná. Sem grandes dificuldades para continuar no bem-bom, foi nomeado ao cargo de secretário do planejamento no governo Beto Richa.
Agora Cassio acaba de ensaiar um golpe terrível para o povo paranaense. Sem a mínima transparência ou debate com a sociedade, Cassio quis empurrar goela a abaixo um pacotão chamado Tudo Aqui, que previa a terceirização de serviços de atendimento a um custo de quase R$ 3 bilhões num contrato de 25 anos de vigência.
Esse trauma a população já experimenta com a contratação dos pedágios nas rodovias paranaenses. São contratos longínquos com cláusulas pétreas, firmados a preços abusivos e, claro, com desfalque direto do bolso do cidadão.
Graças a ação firme da oposição na Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado Tadeu Veneri(PT), o Tudo Aqui ficou stand by.
Mas o assunto não está encerrado. A qualquer momento eles poderão retomá-lo, de repente com novos argumentos. Se isso ocorrer, a gente conta TUDO AQUI.
segunda-feira, abril 01, 2013
Vavá no The Voice Brasil. Nós queremos!
Vavá Ribeiro é um artista de vanguarda. Músico por vocação. Conheci-o em Teresina em uma noite tropicalesca, cantando MPB numa casa de shows lotadésima. É uma mistura de Djavan, Lenine, Fagner, Chico César que deu certo no talento de Vavá. Além do mais, ele é brother do meu compadre e amigo Abel Ribeiro dos Santos.
terça-feira, março 19, 2013
Homofobia e cesta básica. Coisas do PT
A jornalista Danuza Leão faz crítica feroz ao PT numa matéria intitulada “Os preconceitos” em sua coluna on line do Estadão.
Em seus argumentos, Danuza questiona o fato de o PT defender os homossexuais, mas não acolher gays ou lésbicas assumidos no governo, nem tampouco na estrutura do partido. Segundo a jornalista, a questão se torna mais intrigante com o discurso da ministra da cultura Marta Suplicy, conhecida pela defesa do público arco-iris e frequentadora assídua das paradas da diversidade.
É elogiável a preocupação da colunista a respeito da inclusão das chamadas minorias na política (nem tão minoria assim), mas quem conhece o PT, sabe que a questão não é bem assim como ela descreve.
Vale lembrar que aqui em Curitiba, travestis, lésbicas e gays já foram candidatos. Inclusive em suas plataformas eleitorais, ficou evidente a defesa de políticas inclusivas para esse público. Nada, absolutamente nada a esconder ou dissimular. Transitam livremente nos fóruns internos do partido e são respeitados no direito de voz e voto.
Caráter e inteligência independe de orientação sexual. Nos governos, privilegia-se o mérito.
O texto de Danuza encerra com mais uma provocação. “d. Dilma escolheu para desovar mais uma de suas bondades: a desoneração da cesta básica. Cesta básica é coisa de cozinha, e quem fala em cozinha pensa em mulher; ato mais do que falho da presidente.”
A colunista tem razão. A presidenta Dilma pensa em mulher. Pensa na mulher mãe, mulher arrimo, mulher dona do seu destino, mulher trabalhadora, mulher da batalha.
É na cozinha que ela sacia a fome da filharada. Enquanto mexe as panelas, pensa no amanhã. Vai precisar de mais comida na prateleira. E, se comprar por um preço mais barato, melhor.
Ato mais que bonito da Presidenta.
É elogiável a preocupação da colunista a respeito da inclusão das chamadas minorias na política (nem tão minoria assim), mas quem conhece o PT, sabe que a questão não é bem assim como ela descreve.
Vale lembrar que aqui em Curitiba, travestis, lésbicas e gays já foram candidatos. Inclusive em suas plataformas eleitorais, ficou evidente a defesa de políticas inclusivas para esse público. Nada, absolutamente nada a esconder ou dissimular. Transitam livremente nos fóruns internos do partido e são respeitados no direito de voz e voto.
Caráter e inteligência independe de orientação sexual. Nos governos, privilegia-se o mérito.
O texto de Danuza encerra com mais uma provocação. “d. Dilma escolheu para desovar mais uma de suas bondades: a desoneração da cesta básica. Cesta básica é coisa de cozinha, e quem fala em cozinha pensa em mulher; ato mais do que falho da presidente.”
A colunista tem razão. A presidenta Dilma pensa em mulher. Pensa na mulher mãe, mulher arrimo, mulher dona do seu destino, mulher trabalhadora, mulher da batalha.
É na cozinha que ela sacia a fome da filharada. Enquanto mexe as panelas, pensa no amanhã. Vai precisar de mais comida na prateleira. E, se comprar por um preço mais barato, melhor.
Ato mais que bonito da Presidenta.
As três, por elas mesmas
Marilda Ribeiro, Rose Gomes e Antônia Passos de Araujo, a
Toninha.
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Então? Pelo semblante delas rolava um papo mais ou menos assim:
A Marilda, a mais jovem das três, comentava que se tivesse uma filha hoje, ela iria se chamar Rosa Luxemburgo. A menina seria uma revolucionária de esquerda. Uma crítica apaixonada e convincente de sistemas opressores e do capitalismo. Sem fazer concessões e com voz poderosa ela defenderia suas convicções e agiria sobre as pessoas como um trovão, sem, entretanto, recorrer a outros meios que não fosse seu talento. Ela seria capaz de conquistar todos que se aproximassem dela sem preconceitos de raça, cor e classe social.
Animada com a ideia de também poder parir, Rose disse que sua filha se chamaria Clara Zetkin. A menina seria jornalista e nos seus escritos diria que não se concebe um movimento de massas pela paz sem a participação das mulheres e que a paz estará assegurada somente quando uma esmagadora maioria das mulheres de todo o mundo aderirem à luta pela causa da paz, pela causa da liberdade e da felicidade da humanidade.
Clara trataria a questão da igualdade de direitos das mulheres, certa de que a mulher seria escrava do homem e ficaria nessa condição até que alcançasse sua independência econômica.
Toninha pensou duas vezes, coçou a cabeça, mordeu os lábios e ensaiou levantar-se. Mas as duas a colocaram contra a parede. “E você não vai dizer nada?” Perguntou Marilda. “Fugindo da raia Toninha? ” Cutucou Rose. “Se pudesse, você também não gostaria de ter uma filha hoje?”, complementou.
“Minha filha se chamaria Dilma, Dilma Rousseff. Ela teria as características das filhas de vocês, com o agravante de que seria ainda a primeira mulher e a melhor presidenta do Brasil.” Toninha matou a pau.
sábado, março 02, 2013
O diabo veste padre
Essa saraivada de notícias vindas do Vaticano, faz lembrar algumas passagens traumáticas da minha
infância/adolescência.São lembranças que a gente faz o
possível para esquecer, mas ficam martelando na cabeça. Parece praga.
A educação religiosa se sobrepunha a do lar e da
escola. As normas rígidas da igreja obrigavam as crianças a se confessarem pelo
menos uma vez por semana. Todos os pecados deveriam ser contados ao padre, caso
contrário um filete de sangue escorreria da boca no momento da comunhão, ou
seja, na hora de engolir a hóstia. Nenhuma criança deveria se sujeitar a
tamanho vexame. Os presentes iriam saber
que aquela criança era uma pecadora, impura para receber a benção na missa dominical,
indigna para pertencer ao reino dos céus.
Inferno de labaredas e capeta chifrudo com tridente nas mãos. Este
seria o destino pós morte dos pecadores. O catecismo, um pequeno livro usado nas aulas
de religião, explicavam os detalhes das consequências funestas de quem ousasse
descumprir as normas da igreja. Na capa,
uma ilustração assustadora do inferno e do seu chefe maior: o Diabo. Tenho medo até hoje.
E quais os pecados que uma criança de 10, 12 anos deveria
contar ao padre? Nas aulas de catecismo, geralmente ministradas pelas freiras,
se ensinava que “não lavar a louça, responder o pai e a mãe, dormir tarde,
brigar na escola” seriam pecados . Mas, existia uma transgressão bem maior. Brincar
com o corpo. Na hierarquia católica, um pecado capital.
O brincar com corpo seria o pai dos pecados. Nas aulas, este
assunto - tabu por natureza – assustava.
Afinal, o que seria esta brincadeira pecaminosa?
A resposta vinha da
penumbra do confessionário. Se a criança
evitasse em contar ao padre, por vergonha ou simplesmente por não haver “brincado”,
aos cochichos o padre perguntava: “Brincou com o corpo, minha filha? E se fosse dito: não, ele insistia. “Procure
lembrar, filha. Você por acaso não passou a mãozinha no meio das pernas. Não
passou as mãos nos peitinhos? Isso é pecado, filha.
Enquanto isso, a
criança ajoelhada assistia um homem se retorcendo em movimentos de vai-e-vem vertical com a mãos
atrás daquela cortina sebosa, sem entender nada.
Santo padre, santa hóstia. Santas histórias.
domingo, fevereiro 24, 2013
Passeio Público. Faz tempo que você foi lá?
Às vezes
almoço aos sábados no ex Pasquale e aproveito para andar um pouco e observar o
vai-e-vem de dos frequentadores do histórico Passeio Público de Curitiba. Mulheres e homens
maltratados andam para lá e para cá em passos lentos, quietos. Combinam os
encontros amorosos numa discrição não planejada, sentados nos bancos sob a sombra
das árvores frondosas. É um cenário meio nelsonrrodriguiano às avessas.
No parquinho,
a criançada se diverte e curte o velho Passeio da mesma forma que gente adulta pratica
exercícios físicos na academia ao ar livre. Muitos fazem caminhada no entorno.
Essas
pessoas são a cara do Passeio e são interessantes. Tudo na mais perfeita harmonia.
Decadente
mesmo está o local destinado aos poucos animais (répteis) ainda enjaulados. O olhinho das crianças brilha ao ver as cobras
se mexendo atrás do vidro, mas a impressão que dá é a que os bichos estão
desnutridos, sem vida. Alguns compartimentos vazios ajudam a deixar o ambiente mais
empobrecido.
Querem mexer
com o Passeio? Modernizá-lo? Que tal deixar as pessoas em paz e cuidar dos
bichos.
sábado, fevereiro 16, 2013
Marina Silva: partido novo, velhas práticas
Nasce um partido falacioso
e confuso. Faz-se esta referência à recente agremiação partidária chamada de
Rede Sustentabilidade encabeçada por Marina Silva, candidata que amealhou 20
milhões de votos na última eleição presidencial, na época filiada ao PV. O
começo da militância política foi no PT.
A relutância em acreditar na boa fé da Rede é eivada de
questionamentos.
Como acreditar num partido que diz nascer com o objetivo de
estabelecer novas formas de relações na política, mas que admite alianças da
forma tradicional vigente no sistema? Como
levar a sério um partido que diz que o
foco não é só eleição, mas que admite de cara lançar candidatura em 2014?
Não se coloca em dúvida a intenção do partido da Marina em debater
um mundo melhor para as pessoas. Mas, se legalmente criado, o objetivo é
participar de disputas eleitorais, sim. Se contrário, que se fortaleçam os movimentos organizados ou fóruns permanentes de luta por alguma causa,
Quem cria partido é porque busca o poder
ou sonha com ele. O resto é balela.
Cai também por terra o discurso da novidade, Ora, se já existe
sinal de candidatura à vista, se já há predisposição de diálogo para formação
de alianças, então tudo é igual, tal como está. O fato de o partido rejeitar rótulo de esquerda ou de direita é cópia
do discurso do PSD do Kassab. Quer postura mais tradicional?
Vamos à desmistificação. Até prova ao contrário, no ambiente político
funciona assim: o sujeito é ficha suja mas
pode amealhar votos. E nenhum candidato seria louco a ponto de desprezá-lo. E não se fala mais nisso.
quarta-feira, fevereiro 13, 2013
terça-feira, fevereiro 12, 2013
A arte da sétima arte
Quem diria! Campo Mourão tinha três cinemas na década de 60:
os Cines Mourão, Império e Plaza. O Mourão fechou cedo, o Império resistiu mais
um pouco e o Plaza foi mais longe.
Dá-lhe Mazzaroppi. Dá-lhe
far west. Enquanto o mocinho sofria, a plateia permanecia
no maior silêncio. Em compensação, nos momentos de glória, muito bate
pé-no-chão, assobio e gritaria. Os heróis
saiam da tela e invadiam o coração da
moçada da poltrona. Sim, era uma
verdadeira torcida. Alegria plena.
Na Semana Santa gente dos distritos vizinhos faziam filas na
porta do cinema. Qualquer sacrifício validava o esforço prá ver a Paixão de
Cristo, em preto&branco e cheio de chuviscos. A qualidade da fita menos importava.
Muito choro, tristeza de verdade, nas cenas da crucificação do Homem.
Brigitte Bardot, Annie Girardot, Alain Delon e outros franceses. Oh! Quanta devassidão. Os filmes desses feras passavam de terça a sexta. E por que? Porque continham cenas impróprias e
por isso eram dirigidos a um público menor. Jovens mourãoenses mentiam a idade no esforço de assistir uma
cena de beijo mais ousada ou mostra de sutil nudez.
Antes da sessão começar, os mocinhos desfilavam pelos
corredores – sempre de lá e para cá – a olhar as mocinhas comportadas sentadas
nas poltronas. Ciente de que seriam paqueradas, elas chegavam mais cedo e
escolhiam um bom lugar, geralmente próximas do corredor, para serem facilmente
vistas. O risco de ficar mal falada exigia muito disfarce e discrição. No apagar das luzes, o rapaz sentava ao lado
da moça e...
Olhar maroto, mão na mão, depois mão no ombro e até o final da
sessão, um beijo roubado. Assim começavam
muitos namoros. Depois evoluia para namoro firme. As salas do cinema testemunharam muitas dessas
paixões.
Saudades. Bons tempos. Boas lembranças.
domingo, fevereiro 10, 2013
Curitiba tem Carnaval? Tem, sim sinhô.
Relutei ao máximo em fazer comentário sobre as comemorações do Rei Momo em Curitiba, mas não resisti. E por que a resistência? Porque temo fazer injustiça aos organizadores e componentes das escolas.
A polêmica é: acabar com os desfiles? Se mantê-los, pensar num novo formato, mudar o local da apresentação, rediscutir os investimentos? Pois bem.
Temo que as opiniões advindas destes questionamentos sejam emitidas por gente que apenas conhece o carnaval de Curitiba pela televisão ou porque ouviu comentários desanimadores. Os burocratas de plantão também gostam de opinar sem conhecer a realidade.
Diálogo
A resposta das inquietações sobre o Carnaval de Curitiba deve ser dada pelos que pisam na avenida e revivem tradições de Mestre Sala, Porta Bandeira, Rainha de Bateria, símbolos estes não contemplados nos blocos comuns de diversão carnavalesca. Há quem diga que é muito gostoso desfilar na avenida.
Acreditar, profissionalizar e cobrar resultados. A prefeitura, via Secretaria da Cultura, deveria pensar neste trinômio.
Acreditar na viabilidade do carnaval em Curitiba, profissionalizar os idealizadores na busca de parceiros e parcerias e cobrar resultados do investimento público.
A polêmica é: acabar com os desfiles? Se mantê-los, pensar num novo formato, mudar o local da apresentação, rediscutir os investimentos? Pois bem.
Temo que as opiniões advindas destes questionamentos sejam emitidas por gente que apenas conhece o carnaval de Curitiba pela televisão ou porque ouviu comentários desanimadores. Os burocratas de plantão também gostam de opinar sem conhecer a realidade.
Diálogo
A resposta das inquietações sobre o Carnaval de Curitiba deve ser dada pelos que pisam na avenida e revivem tradições de Mestre Sala, Porta Bandeira, Rainha de Bateria, símbolos estes não contemplados nos blocos comuns de diversão carnavalesca. Há quem diga que é muito gostoso desfilar na avenida.
Acreditar, profissionalizar e cobrar resultados. A prefeitura, via Secretaria da Cultura, deveria pensar neste trinômio.
Acreditar na viabilidade do carnaval em Curitiba, profissionalizar os idealizadores na busca de parceiros e parcerias e cobrar resultados do investimento público.
sábado, fevereiro 02, 2013
Presidenta Dilma estará em Cascavel e Arapongas-PR na próxima 2ª
A presidenta Dilma Rousseff estará no Paraná na próxima
segunda-feira (4), ela irá visitar Cascavel e Arapongas. A agenda da presidenta
sofreu pequenas alterações, diferentemente do divulgado, ela estará em Cascavel
pela manhã e em Arapongas no período da tarde.
Dilma visita os municípios acompanhada da ministra-chefe da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e do
secretário nacional de Agricultura Familiar, Valter Bianchini.
A partir das 10h30, a presidenta participa do Show Rural
Coopeval, em Cascavel. Na ocasião, ela irá fazer a entrega de 29
retroescavadeiras, sendo 20 para municípios do oeste e nove para cidades do
sudoeste.
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Os bobões da Marechal
Seria cômico se um cidadão, em sã consciência, fosse a favor de aumento no custo de algum bem de consumo, principalmente o combustível, líquido este indispensável ao nosso carro de cada dia.
Mais cômico porém, é a ira provocada em meia dúzia de bobões fora de época. Eles estão chamando o povo para participar de um carnavalzinho na Mal. Deodoro no sábado para protestar contra a recente alta autorizada pelo governo nos preços dos combustíveis.
Ridículos. Onde estavam estes protestadores, quando dias atrás os postos de gasolina subiram os preços ao seu bel prazer, sem lógica ou disfarce para justificar o procedimento abusivo? Talvez estivessem atrás do balcão de um desses estabelecimentos contabilizando os lucros e agora são contra porque a medida é governamental.
Sem dó nem piedade, Beto Richa anuncia aumento na conta de água. Será que a medida também será alvo de protestos na Marechal? É claro que não.
O que eles querem, de verdade, é provocar desgaste no governo da Dilma. Mas eles não vão conseguir. Os argumentos são frágeis e as intenções arraigadas de hipocrisia.
Mais cômico porém, é a ira provocada em meia dúzia de bobões fora de época. Eles estão chamando o povo para participar de um carnavalzinho na Mal. Deodoro no sábado para protestar contra a recente alta autorizada pelo governo nos preços dos combustíveis.
Ridículos. Onde estavam estes protestadores, quando dias atrás os postos de gasolina subiram os preços ao seu bel prazer, sem lógica ou disfarce para justificar o procedimento abusivo? Talvez estivessem atrás do balcão de um desses estabelecimentos contabilizando os lucros e agora são contra porque a medida é governamental.
Sem dó nem piedade, Beto Richa anuncia aumento na conta de água. Será que a medida também será alvo de protestos na Marechal? É claro que não.
O que eles querem, de verdade, é provocar desgaste no governo da Dilma. Mas eles não vão conseguir. Os argumentos são frágeis e as intenções arraigadas de hipocrisia.
domingo, janeiro 20, 2013
A Curitiba vivida, curtida e não esquecida
Um domingo de janeiro curitibano, meio frio por excelência, sugere algumas
reminiscências. A viagem acontece lá pela segunda metade da década de 70,
começo dos anos 80. Curitiba suja, louca
e desvairada. Frio, muito frio sempre. A poesia aquecia o coração os boêmios
irreverentes. A fumaça dos bares denunciava a quantidade de Carlton, Minister devorados
naquelas madrugadas compridas.
A via sacra começava na Velha Adega, local pequeno de dois
ambientes, na Cruz Machado. A garçonete
histórica – pena não lembrar o nome – sempre com um indefectível avental , magra e de rosto pálido, séria.
Atendia os loucos com a cara amarrada e todos a respeitavam, gostavam dela. Pub lotado. Vez ou outra o violão saía do
canto da parede e um dedilhado tentava acompanhar o som dezenas de vozes inspiradas em
Zé Ramalho ou Elis.
Perto da meia-noite, próxima parada: o Si Bemol na Alameda
Cabral. A escada de madeira estreita de acesso ao piso superior sofria para dar
conta do movimento. Ver e ouvir o Lápis cantar tinha seus encantos e compensava
qualquer sacrifício, inclusive o de esperar mais de hora para conseguir um cuba-libre.
Um tal de Paulo Leminski também dava o ar da
graça por lá. Um guardanapo amarrotado e
uma caneta eram suficientes para aquecer a mão fria do poeta. E os versos se
misturavam aos copos e bitucas de cigarros naquele ambiente de luz fraca. Lembro
dos irmãos Péricles e Grego, assíduos frequentadores das noites geladas de
Curitiba.
La Cueva, na Visconde de Nácar. Esse boteco também fazia
parte do circuito dos loucos. O ambiente acolhedor e a boa localização incentivava uma passadela no final da noite. O
som gostoso do Bob Dylan numa altura
mediana deixava a cabeça insana e ao mesmo tempo mais leve do que se previa. La
Cueva teve vida curta. Depois de fechar as portas, o espaço abrigou uma boate
de strip tease.
Quase 5 da matina. Garçons cansados e cadeiras em cima das
mesas. Vontade de comer antes que a dia
amanheça. Bora pro Bar e Restaurante do Luiz na José Loureiro, especialista em
servir sopa na madrugada aos desvairados. Prostitutas, taxistas, um ou outro
travesti, convergidos num mesmo ambiente e unidos por apenas um objetivo: saciar
a fome. É a fome humana, sem preconceito ou distinção de classe.
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