quarta-feira, outubro 11, 2023

Sobre eleições do Conselho Tutelar

Passou. A campanha ganhou corpo nas redes e monopolizou durante dias a atenção dos uatzapeiros de plantão.

Ficou por aí. 

Reuniões presenciais esparsas foram realizadas para conversas entre convertidos. Gente reunida sem púlpito, cuja preocupação maior foi expor o que não poderia fazer na campanha. As recomendações foram tantas a ponto de se colocar em dúvida se fazer campanha é normal e se pedir votos fazia parte do processo. 

Enquanto isso.

Enquanto isso, candidatos e candidatas considerados de outra vertente política nadavam de braçada a pedir votos, quer antes, quer no próprio dia da eleição. 

A pergunta que emerge desse cenário é: cadê nossa capacidade de ousar?

Cadê nossa capacidade de diálogo fora da casinha, fora da telinha, fora da salinha? Por onde anda a esquerda carimbada de militante, auto denominada aguerrida desde o século passado?

Há de se lembrar, sempre, que se hoje a esquerda está no poder é graças única e exclusivamente a uma pessoa chamada LILS. Um detalhe: Lula não é onipresente nem eterno.

No ritmo em que as coisas andam, onde o debate dos "ismos" parecem  consumir o tempo e as energias, (exceto fundamentalismo) cuja adjetivacao é estrategicamente vinculada à direita, estaremos fadados a ver derrotas sequenciais, vergonhosas nas eleições do próximo ano.