terça-feira, janeiro 30, 2018

Sobre opinião da ministra Carmen Lucia sobre decisão STF4

Apequenar o STF ministra Carmen Lucia, é o testemunho presencial desse poder na farsa do impeachment que culminou no afastamento da presidenta Dilma do cargo lhe conferido pelas urnas. A não ser que a senhora acredite na fantasiosa história da pedalada fiscal.
Apequenar o STF ministra Carmen Lucia, é o silêncio sepulcral desse poder frente um helicóptero carregado de 450 kilogramas de pasta base de cocaína aterrisado em terras de notáveis políticos mineiros. A não ser que a senhora acredite na força do narcotráfico na  alavancagem da economia.  

Apequenar o STF ministra Carmen Lucia, é a omissão diante de um país comandado por receptores de malas e depósitos de dinheiro armazenado em apartamentos de quinta. A não ser que a senhora acredite na legalidade da origem do dinheiro.

segunda-feira, janeiro 29, 2018

Democracia estraçalhada

Quisera a juventude, gente de tempo e energia, tivesse a dimensão das trapaças que ocorrem hoje no Brasil.
Três poderes unidos na podridão do sistema.  
O judiciário, a casta elegante e da moradia privilegiada, dá cada vez mais mostras de desinteresse à parcialidade da justiça, requisito essencial ao sagrado  exercício da magistratura.
O legislativo, um caso à parte. Uma casa cujo funcionamento é proporcional à quantia de dinheiro a molhar a mão dos deputados. Não há pudor, nem disfarce. Valores são negociados à luz do dia para aprovar esta ou aquela matéria.
Paralelo às chantagens, emana da casa das leis retrocessos absurdos nos costumes e pautas culturais. Nada a estranhar se dia desses o  estupro for legalizado em nome de Jesus.
As palavras social  e solidariedade foram substituídas pelo vai e vem da Bolsa de Valores, pelo lucro dos gigantes, pela ganância dos donos da soja,  pela frieza dos banqueiros.
O executivo se supera. Nunca d’antes na história deste país, vê-se um governo composto por uma corja de ministros envolvidos em falcatruas, denúncias de recebimento de milhões em propina, mostradas ao vivo e a cores em mala e apartamento recheados de dinheiro.   
Cenários inegavelmente estarrecedores.
Mas, mais estarrecedora que a prática maléfica em voga nos poderes, é o silêncio sepulcral do cidadão brasileiro.  
Há de se perguntar o que falta para cair a ficha do povo e fazê-lo sair às ruas a exemplo dos milhões de manifestantes em 2013.
A gasolina, o gás e a luz dia sim dia não sobem  de preço. O emprego está escasso.  
De um lado, estão as  esquerdas sempre prontas nas ruas em denúncia aos desmandos. Porém, admite-se, sempre representada pelos seus expoentes costumeiros. A massa continua distante, inerte.
Parcela da população insiste na tese do “nenhum político presta,” o que soa quase como um mea culpa à panelada na janela.  
E as dificuldades de mobilização vão mais além. Os mais velhos que seguram o rojão, um dia cansam.
Os mais novos... na telinha a acompanhar as oscilações dos bitcoins.  


domingo, janeiro 07, 2018

FHC diz que pobre não sabe votar

Em artigo dominical no PIG, mais uma vez FHC se supera.
No espectro da sua inequívoca sapiência sociológica, o tucano insiste na tese de que pobre não sabe votar; que o programa bolsa família é eleitoreiro...
Pois bem.
Além da observação eminentemente preconceituosa e elitista oriunda, talvez, de crises de amnésia intencional,  FHC esquece da massa cheirosa no estádio a gritar "Dilma, VTNC". Eles sabem votar?
FHC esquece da classe média verde-amarela a  saracotear em volta de um pato da mesma cor  pedindo intervenção militar? Eles sabem votar?
FHC esquece do apoio maciço do rico empresariado da FIESP, da mídia clientelista ao "venha Temer". Eles sabem votar?
Pois bem mais uma vez.
É esta fatia de brasileiros que empurrou o Brasil nas mais sórdidas atitudes de hipocrisia na politica, de corrupção, de entreguismo, de despudor vistos no Planalto.

E o culpado é o pobre.

Volta pra França, FHC.