segunda-feira, novembro 24, 2014

Operação Lava Jato: papagaio come milho, piriquito quer levar fama

Walter Maierovitch, entrevistado da Band
 para falar sobre a Operação Lava Jato
Assisti ontem à noite o Canal Livre da Band e, como não poderia deixar de ser, o assunto foi a Operação Lava Jato. Para falar do assunto, o jurista e professor Walter Maierovitch.

Permito-me, com a humildade de quem jamais ousaria competir com o conhecimento jurídico de Maierovitch, refletir sobre duas questões abordadas.

A primeira, sobre as alternativas para acabar com a corrupção. 
O jurista atribui exclusivamente à morosidade da justiça os motivos da recorrente roubalheira em voga no Brasil.
Há de se concordar, mas não em caráter de exclusividade. Então a agilidade processual intimidaria os espertos? Diminuiria a corrupção? Até que ponto?

Em escritos e ditos, predominam teses da cultura da Lei de Gerson e a existência de leis anacrônicas a facilitar o mau uso do dinheiro público. 
 
Urge então, em ambos os casos, novas formas de combate. A esperteza se corrige com bons exemplos praticados pelas elites. Entenda-se elite, gente da política, igrejas, empresas, sindicatos. A Lei de Gerson se desmistifica na escola e na família.

Quanto ao anacronismo das leis em vigor, sem dúvida, é facilitador mais que óbvio para a prática de atos ilícitos. Basta ver a gastança desmedida em campanhas eleitorais. Os candidatos fingem prestar conta e os TREs fingem conferir a quantidade de zeros. Ou alguém ainda acredita que as despesas são declaradas como manda o figurino?

Outra questão a refletir sobre as intervenções do professor na Band, é a sua incredibilidade em relação ao mérito de Dilma Rousseff frente as investigações da Operação Lava Jato. Segundo Maierovitch, é bravata da presidenta afirmar que as investigações acontecem porque assim ela ordenou. 

Perdoe a ousadia, professor, mas é assim que funciona. Se o mandadário da nação abre as portas, apoia as ações da Polícia Federal, incentiva o aprofundamento das investigações a coisa anda.
Senão... Ficaria como sempre foi. Sujeira bem guardada debaixo do tapete.

 


 

sexta-feira, novembro 21, 2014

Apertem os cintos. O Aécio sumiu.

Aécio Neves saiu da disputa eleitoral espumando de raiva.

Se comportou tal como aquele adolescente que, ao perder a namorada, promete dar uns sopapos no rival como prova de macheza. Só que pensa um pouco, recua, e vê que é melhor arrumar outra no lugar.

Pois é desse jeito que o tucano vem se comportando nos últimos dias.

Tamanho o trauma da derrota, Aécio chegou até a “trabalhar” já nos dias subsequentes às eleições.

Na tribuna do Senado, esbravejou, esperneou, praguejou, jurou vingança e oposição eterna ao PT.

Importante observar. A assiduidade no parlamento não é lá sua praia.

Pois é. Tal como apareceu , Aécio desapareceu. Não deu mais sinal de vida no Congresso.

O candidato derrotado deve estar em algum lugar a refletir sobre seus ímpetos oposicionistas. Recuou ao perceber que democracia é coisa séria. Decidiu lapidar o discurso para não ser confundido com mais um dinossauro da direita raivosa.

quinta-feira, novembro 20, 2014

Cuidado com as cartas. Você pode ser a próxima vítima.

Lembro do tempo em que a gente suava frio ao ver o carteiro se aproximar do portão. Naquele monte de correspondências poderia estar as mal traçadas linhas escritas como prova de afeição de um bem qualquer.

Hoje ninguém mais escreve carta de amor. A caixa do correio tradicional foi substituída pelas facilidades da comunicação virtual.

Resta então ao carteiro, entregar multas de trânsito, extrato bancário e contas pra pagar.

Mas nem só de normalidade vive o mundo das correspondências. O destino prega surpresas, algumas desagradáveis por excelência.

Eu fui uma vítima das circunstâncias. Fui ofendida no mais profundo do meu ser, além de levar um baita susto ao abrir um envelope entregue pelo carteiro.

Eis o que vejo.

Uma mala direta da Veja personalizada com meu nome, contendo altos elogios à minha pessoa para tentar me convencer a assinar a revista.

Vem aí novo aumento do pedágio

O custo do pedágio impacta direta e indiretamente na vida de milhões de paranaenses. Os aumentos são recorrentes e não há Cristo que consiga impedir os valores abusivos praticados pelas concessionárias.

Entra governo, sai governo e tudo continua do mesmo jeito. Os contratos são prorrogados com cláusulas ratificadas sempre em franco favorecimento às empresas.

E até quando?

Parece haver uma espécie de resignação do povo paranaense em relação às decisões e acordos do governo junto às administradoras dos pedágios.

O mesmo não se vê, no entanto, quando do aumento no preço das passagens do transporte coletivo. Aí o povo não fica passivo. Xinga o prefeito, exige explicações, parte prá briga.

Há de se perguntar, o porquê de o povo não se rebelar também com o aumento do pedágio.

Afinal, ter carro não significa poder aquisitivo alto.

Se pagar passagem todo dia mexe no bolso, viajar a trabalho ou lazer,  mais ainda.

quarta-feira, novembro 19, 2014

Impeachment à Dilma? Fala sério!


Um grupelho de recalcados fala em “impeachment” à Dilma Rousseff como se fosse fácil depor uma presidenta legitimamente escolhida pelo povo.

Tudo bem que a saída intempestiva do Collor da presidência ainda esteja viva na memória de alguns, e que o fato possa estimular ímpetos golpistas.

Mas não esqueçam os desavisados, que o cenário político do começo dos anos 90 era bem diferente dos dias atuais.

O alagoano Collor pertencia ao nanico PRN; teve apoio escancarado da Globo ancorado em discurso frágil e populista; fez o maior confisco da história deixando cada brasileiro com apenas cinquentinha na mão; e ainda, a acrescentar, a denúncia do irmão Pedro Collor dos esquemas fraudulentos de PC Farias, o tenebroso tesoureiro da campanha do valente Caçador de Marajás.

Os anti-patriotas que se cuidem. Qualquer tentativa de golpe esbarra no PT - partido sólido e respeitado - de milhões de filiados e simpatizantes presentes em cada canto do país.

A imprensa tradicional esconde, mas esses “bolivarianos” espalhados por aí não se cansam de contar aos brasileiros que a Dilma está passando o Brasil a limpo e que a democracia é sagrada.

E não estão dispostos a levar desaforo prá casa.

domingo, novembro 16, 2014

Passagem sobe. Trabalhador sofre. Empresário enriquece.


O preço do ônibus do transporte coletivo de Curitiba subiu R$ 15 centavos. Passou  de R$ 2,70 para R$ 2,85.
Mais surpresas.  O prefeito sinaliza com novo aumento já nos primeiros meses de 2015.
Como não poderia deixar de ser, o povo não gostou nem um pouco da medida.
Mas o porquê da gritaria se não existe decreto para tarifa congelada?
É simples.
Durante a campanha para a prefeitura, foi muito forte o debate sobre os critérios adotados para reajustar o valor das passagens. O povo, organizado ou não, cobrou do novo prefeito  uma postura séria, não só no trato da tarifa, como também de melhorias no transporte público. Muito se falou em formação de cartel, falta de transparência para se chegar a um preço justo da passagem,  e relações incestuosas entre empresários, sindicatos  e  administração pública.
Gustavo Fruet ouviu os reclamos. Tão logo assumiu a prefeitura ordenou auditoria ao setor. Análises dos extensos relatórios resultaram em encaminhamento da papelada ao  Ministério Público.
Em verificação de planilhas e cálculo de subsídios, constatação estranha de Imposto de Renda dos empresários e repasse de verbas ao sindicato inclusos no custo na tarifa paga pelos usuários do transporte coletivo.  Exemplo de prática lesiva ao bolso do cidadão.
De lá para cá pouca coisa mudou.
As empresas continuam as mesmas. Os empresários continuam os mesmos.
Só o preço da passagem que mudou.

terça-feira, novembro 11, 2014

Reunião ampliada do PT-Curitiba

Reunião realizada do Centro Cultural dos Bancários. No microfone, Elias Hennemann, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba.  

Verificar acertos e erros da caminhada. O que está certo, orientação aos passos futuros. O que está errado, correção do percurso.

Assim é a militância petista: sempre disposta ao diálogo e unida quando a causa convence.

Num futuro bem próximo, duas bandeiras prioritárias: Reforma Política e democratização da mídia.

Orgulho da estrela no peito, sem medo ou pudor.

Deputados  Estaduais Professor Lemos e Tadeu Veneri; Deputado Federal e presidente do PT Estadual Enio Verri

segunda-feira, novembro 10, 2014

Diálogo impertinente

- E aí, Si. Tudo bem? Amigas, né. – Disse sorridente.

Fazia mais de um mês que não via a pessoa.

- Amiga???? - Respondi com ar de surpresa. Amiga não compartilha mentiras, ofensas. Amiga não desrespeita outra mulher só porque é candidata em campo oposto ao seu. Isso é falta de caráter e eu quero ter amigas de bom caráter. – Complementei.

- Ah!!! Deixa disso. Eu só compartilhei. – Falou, na tentativa de atenuar inclusive os “concordo” complementado por ela nos memes mal criados vindo dos ADias, Caiado, Francischini...

- Quem curte e compartilha deliberadamente mensagens mentirosas - pode ser na política, no trabalho, na vida - não merece respeito. – Retruquei.

- Então você não é mais minha amiga no face. – Falou em tom esnobe.

- Não se preocupe. Já a excluí há algum tempo.

O professor avisa que a aula do alongamento vai começar. Uma das participantes inesperadamente me dá um abraço e diz: “Sirlei, eu te amo."

domingo, novembro 02, 2014

Cala-te FHC.

“É bom retomar logo a ofensiva na agenda e nos debates políticos. Para começar, não se pode aceitar passivamente que a “desconstrução” do adversário, a propaganda negativa à custa de calúnias e deturpações de fatos, seja instrumento da luta democrática.”

Faço minhas as palavras de FHC.

O PT e seus principais expoentes ao longo dos últimos anos foram vítimas das mais sórdidas mentiras espalhadas à exaustão em todos os cantos do país.

Lembro algumas do Lula.

. Se eleito, mandaria os sem-teto invadir apartamento de gente rica.

. Se presidente, a cor da bandeira do Brasil iria mudar para vermelho.

. Lula é detentor de patrimônio valiosíssimo guardado em bancos suíços.

. Filho do Lula é dono de castelo, da Friboi...

Da Dilma, crueldade pura. Senão vejamos.

. Dilma apoia o aborto.

. Mulher assassina. Matou milhares em guerrilhas.

Em campanhas, armadilhas de todos os lados.

. O PT sequestrou o empresário Abílio Diniz.

. Serra simula ferimento na testa feito com bolinha de papel.

. A abjeta Revista Veja incrimina Lula e Dilma sem lógica nem provas na véspera da eleição. Terrorismo.

. Não satisfeitos, no dia da eleição viralizam notícia da morte do Yousseff, com suspeitas ao PT.

E as mentiras continuam a todo vapor.

. Brasil paga pensão milionária à viúva de Che Guevara.

Pois é FHC. Teu entorno é mestre em deturpar fatos, mentir e caluniar.

Mídia golpista a serviço da despolitização

A revista Época estampa na capa uma série de aspirações do povo  pós eleições: escola para o filho, vaga na creche, colocação no mercado de trabalho... complementa  afirmando que o que o povo quer nada tem a ver com reforma política.
A revista está correta.
A reforma política deles  se resume em acabar com a reeleição e implantar o voto distrital misto. Realmente, é complicado ao povo entender estas propostas como benefício social.
Mas isso não é reforma. É remendo oportunista das normas em vigor.  
A direita se propõe mexer nas leis da política apenas para atender interesses circunstanciais.
Prova disso, eles próprios aprovaram o instituto da reeleição para propiciar mais um mandato ao FHC. Expectativa de eternização no poder.  O plano besta  saiu pela culatra e agora na maior desfaçatez querem voltar ao sistema anterior.  
Voto distrital, distrital misto ou do jeito que está é importante debater, mas não é o cerne da questão.
Para dar conta do que o povo espera da Dilma e dos próximos governos, é preciso uma reforma política e eleitoral decente, completa e atemporal.
Para sobrar mais recursos  às políticas públicas é preciso acabar com a farra de dinheiro gasto em campanhas eleitorais.   É necessário dar fim ao troca-troca de partidos levado por interesses escusos. É preciso romper com a  cultura do  “quanto mais rica a campanha mais forte é o candidato”.  

Aos bravos escrevedores da Época, um brinde  ao golpismo midiático mais uma vez manifestado nas capas de revista.