quarta-feira, março 12, 2014

PSDB monetário x PT humanitário

O homem envelheceu, viuvou, rejuvenesceu, casou de novo e no limiar de 2014 descobriu que o ostracismo político realmente não é seu lugar. Ou melhor, descobriram.

A mídia deu o recado. Jornalões disseram que, principalmente os mais jovens, estão esquecendo do Plano Real, pacotão cantado em prosa e verso pelos tucanos. Detalhe. Essa própria mídia omite que tal plano foi implantado no governo de Itamar Franco.

Voltando ao presente. Acendeu luz de alerta no ninho tucano. Candidato à presidência, Aécio Neves, por si, é uma lástima. Quer o cargo, mas falta-lhe conteúdo, firmeza e clareza nos ideais. Não decola. Minha vó diria que é igual uma mula manca.

Sobrou então para o ex presidente. Desenvolto, FHC transita para lá e para cá. Onde tem gente bacana reunida, lá está o sociólogo jurando de pés juntos que o Plano Real é a grande obra desde que o Brasil foi descoberto. Age como uma espécie de eminência parda ambulante do Aécio.

A estratégia dará certo? Ofuscará o PT?

Não. A mídia tradicional esconde. Mas o povo brasileiro sabe que desde sua fundação o PT mostra a sociedade que negro não é moreninho nem preto; mostra que a miséria mata quem tem fome; mostra que mulher pode ser titular de casa própria; mostra que pobre é capaz de entender a linguagem das academias; mostra que a juventude tem direito ao aprendizado e lazer.

Os governos Lula e Dilma mostram que governar é muito mais que administrar planos econômicos. É dedicar cada momento da governança em obras e projetos ajustados ao bem, à paz coletiva e à felicidade das pessoas.

segunda-feira, março 10, 2014

É Dilma sim, mulherada!

Foram anos e anos de teimosia para conseguir eleger a primeira mulher ao cargo mais alto da República: a Presidência do Brasil.

Não foi fácil. Companheiras participantes das lutas em defesa da mulher nos espaços de poder são testemunhas das dificuldades impostas no percurso para convencer uma sociedade culturalmente machista, de que era, é e será bom para o povo brasileiro ter Dilma Rousseff no comando.

E não é só pelo fato de ser mulher. No exercício do cargo, Dilma mostra todo dia, tanto aqui como lá fora, que homens e mulheres podem ser iguais nos direitos e oportunidades.

Mas nem tudo são flores para o lado da presidenta. Os homens - maioria presente no congresso, judiciário e no próprio executivo – dificultam caminhos. Eles ainda convivem com o drama da aceitação de uma mulher legitimada nas urnas para presidir o país.

O machismo infelizmente faz parte dos costumes e a luta contra ele continua.
O que não faz parte – e é inadmissível – são mulheres saírem às ruas no dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher para questionar o mandato e entoar gritinhos “Fora Dilma”.

O que querem estas mulheres, que por mostra de comportamento, se igualam aos oportunistas que só praticam política em época eleitoral? Que ideologia cega é essa que nega o feminismo em nome de causas incompreensíveis?

Feministas que creem na emancipação política e aplaudem mulheres corajosas, em respeito a compromissos e lutas históricas devem apoiar e se orgulhar de ter Dilma no lugar que foi de FHC, Sarney, Itamar, Collor ...
Críticas ao governo? É claro que podem ser feitas e são bem vindas. A democracia permite. Não permissível é usar dessa mesma democracia - conseguida a muito custo - para falar coisas em hora e local errados.

O céu é o limite. A rua não.

sexta-feira, março 07, 2014

8 de março, Dia Internacional da Mulher

O mundo seria mais justo às mulheres, se elas pudessem andar sozinhas numa noite de verão, sem se preocupar com o perigo, só por ser mulher.

O mundo seria melhor às mulheres, se elas pudessem se vestir do jeito que gostam, sem serem vítimas dos olhares da maldade.

O mundo seria mais receptivo às mulheres, se elas não fossem expostas nas telas da TV como mercadorias prontas ao consumo barato.

O mundo seria mais humano às mulheres, se a elas não fosse imposto o medo da fúria de companheiros possessivos por natureza.

O mundo teria mais equilíbrio, se ofertado às mulheres condições de trabalho e salários menos desiguais.

O mundo seria mais democrático, se às mulheres fosse ensinado o caminho do poder e cidadania.

O mundo seria mais mundo às mulheres, se rompidas as amarras do desrespeito, das mágoas e do desamor.

quinta-feira, março 06, 2014

Toda greve é política

É inútil discutir se a greve dos garis no Rio é ou não política. Toda greve é política.

Quem acompanha os fatos, sabe que os movimentos paredistas se acentuam em ano eleitoral.

Bom senso e necessidades é o que menos importa nesta época. Fala mais alto o jogo de braço na disputa pelo poder. Quanto mais conturbadas as mobilizações, maior o desgaste da situação.

As lideranças apostam nesta lógica.

Este ano promete. Além das eleições de outubro, tem Copa.

Haja paciência.
Greve oportunista é ruim para o povo que sofre com a carência dos serviços, sôfrega ao trabalhador que põe a cara para bater e lucrativa aos demais.

O sumiço dos três cachorrinhos

Desde 21 de fevereiro, acompanho com muita expectativa o desfecho da história do sumiço dos três cachorrinhos durante um assalto no bairro Boa Vista. Desejo de coração que os bichinhos voltem para casa o quanto antes, tão bonitos e bem tratados quando foram.

As circunstâncias de violência e o afastamento traumático dos cachorrinhos levou a dona a procurar ajuda da vizinhança, a fazer apelo constante nas redes sociais e também junto ao poder público.

Este último com uma certa frustração. Diga-se, injusta.

Ao se exigir da prefeitura exceções e medidas específicas para o caso, contraria-se uma das máximas da política que é o de agir em prol do bem coletivo e não do individual. Isto se chama clientelismo, palavrão nocivo na prática do bom governante.

Tem gente que em casos de perda, canaliza a energia para ajudar outras pessoas. Em situação análoga, criam associações de apoio e proteção, sugerem propostas e procuram o legislativo para realização de Audiência Pública.

Conheço inclusive pessoas que decidiram cuidar dos animais de rua após sofrer com a morte dos seus bichinhos de estimação. Cuidam, dão amor e depois colocam para adoção.

Isso é amor. Isso é altruísmo.