quinta-feira, outubro 25, 2018

Aos amigos, amigas, familiares que votam no outro candidato

Carta aberta

Aos amigos, amigas, familiares que votam no outro candidato
 
Vocês são muitos, tal como os muitos anos de convívio nas escolas, no trabalho, nas viagens e lares.
Aprendi na caminhada a sorrir, brincar e chorar  com vocês, sem medo de se jogar. Sem receio de ser feliz.
Hoje vejo que não é bem assim. Está difícil encontrar conforto na companhia de vocês.
Pode ser que o assunto pareça chato, mas peço: se esforcem e continuem a ler.
Vou falar da eleição no próximo domingo.
Política para mim é coisa séria. E mais. Não é só na época das eleições que lembro dela.
E é essa seriedade e a compreensão  da importância da política na vida das pessoas que me faz estar aqui a escrever.
Bisbilhotando o perfil de vocês, vi várias vezes escrito Luladrão, corrupto, cachaceiro, e por aí vai. Claro, em referência às justificativas da ojeriza ao PT e à razão do voto no outro candidato.

Vi também compartilhamento de noticias mentirosas, as fake news, mesmo a não veracidade já haver sido atestada.

Vamos ao Lula corrupto e ladrão.
Foi esse criminoso menosprezado que me levou a conhecer Noam Chomski, intelectual estadunidense ímpar da contemporaneidade;  tive também o privilégio de apertar a mão de Silvio Tendler, o cineasta colecionador de prêmios pela brilhante carreira na produção de filmes e documentários; conheci Afonso Perez Esquivel, o atual Nobel da Paz; ouvi música de primeira intepretada por Chico César ao redor da PF; vi de perto, ouvi, políticos e lideranças sindicais da Itália, Espanha, Marrocos França, México...mulheres de sari e de burca a dizer Boa Noite presidente Lula no seu idioma de origem. Vi religiosos falar de resiliência e juristas falar de injustiça.
Meu Deus. É muita lembrança gratificante.
Agora pasmem.
Todos eles vieram visitar o Luladrão na cadeia.  E todos no entendimento de que o homem que está lá dentro preso há 

quarta-feira, setembro 05, 2018

O Grito do Ipiranga



“Muitas vezes, o silêncio é um crime”.
(Dr. Martin Luther King Jr.)
            Passados 196 anos do grito de Independência ou morte por Dom Pedro I, às margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo, mais do que nunca é preciso mergulhar profundamente na História do Brasil para compreender a nossa difícil e frágil democracia, nossa Independência e quais são os interesses que estão em jogo no Brasil de hoje. “A memória histórica existe para a libertação e não para a servidão” (Jacques Le Goff).
            É preciso lembrar que o Brasil nasceu para ser branco e capitalista, sendo mercantilista, escravista, machista, racista, preconceituoso e excludente com a chegada dos portugueses se apropriando da Terra de Pindorama em 1500, habitado por cinco milhões de indígenas. De cara tais posseiros não respeitaram a cultura dos povos originários, como também não respeitaram e continuam não respeitando a cultura africana e afro-brasileira.
            É preciso lembrar também dos chamados “homens bons” do período colonial, que ainda estão “soltos” por aqui, que exploravam o trabalho alheio e que decidiam tudo num pacto das elites da aristocracia agrária (Independência de 1822, Proclamação da República em 1889, Abolição da Escravidão em 1888, etc.).
            O Grito do Ipiranga não se deu de forma conflituosa como em outros países, o que não quer dizer que foi de forma pacífica. O sentido de nação independente seria necessário derrubar a monarquia absolutista de D. Pedro I e as rebeliões populares (1837-1840) (Cabanagem, Sabinada, Balaiada e a Farroupilha) já previam um Golpe de Estado com apoio da imprensa que já “bestializava” o povo. Eis alguns exemplos para compreender como os tempos se parecem... Companheiras e companheiros.
            Marx já previa a luta de classes do século XXI, mas a farsa está sendo pior do que a tragédia, e a História do Brasil é uma história de resistências, lutas e conquistas, até com greve de fome, um gesto simbólico pela nossa democracia demolida. No ano 2000 todo o território nacional foi comemorado “Brasil 500 anos de resistência negra, indígena e popular”.
            Chegamos neste 7 de setembro com vários tipos de golpes, porque a ofensiva das forças conservadoras oligárquicas nacionais e o imperialismo estadunidense não é novidade na América Latina. É tudo que interessa as petroleiras, aos EUA, aos banqueiros, empresários, Rede Golpe e do Deus dinheiro.
            Por isso que o mercado dos golpes e da Casa Grande está de pé, com o latifúndio, trabalho escravo, repressão, extermínio da população negra e indígena, os palácios, as cortes, mídia colonizada, tribunal da Inquisição e muitas outras barbáries medievais.
            Estamos vivendo os desdobramentos do golpe de 17 de abril de 2016 (dia da infâmia), dois mil e “dezesselva”, na democracia e povo brasileiro, orquestrado, espetacularizado, desta vez pelos três poderes da República sem nenhum pudor e financiado pelas elites avarentas irracionais e de um judiciário do “esqueça o que estudei, falei e escrevi”, como fez FHC, o pai deste golpe pseudolegal, vergonhoso.
            Neste 7 de setembro, que não somos mais nação independente, há de se perguntar quais as forças poderosas que impedem o STF de assumir suas atribuições de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal de 1988? Por que Barroso, a serviço do golpe refundou a República submissa aos EUA. Sabemos que foi mais um pacto das elites entreguistas e traidoras da pátria, criminosos de lesa pátria, serão julgados pelo povo e pela História.
            Vivemos o pior momento de nossa História e muitas coisas para dizer sobre este novo filme de terror nas trevas com vampiros monstros detonando aceleradamente as árduas conquistas do povo brasileiro, assim como nossas riquezas. Um Brasil fora da lei, ditatorial, à deriva, isolado do mundo, cujo último vexame foi negar a afirmação histórica dos Direitos Humanos da ONU de igual natureza para todas as pessoas.
            Isso porque as elites do atraso não conseguem esconder mais seus danos morais, sociais, ecológicos e do veneno, do ódio fascista e do cinismo. Não gostam do Brasil e do povo brasileiro, mas de Miami.
            Por isso incomodaram com os 13 anos dos governos democráticos e populares do PT com Lula e Dilma, porque nunca antes viram o pobre participando de conferências, trabalhar, comprar, comer, morar, consultar, estudar e viajar de avião. O mundo civilizado sabe que Lula é um preso político, é um símbolo internacional, candidato preferido do povo brasileiro e que Lula e o PT são os únicos capazes de tirar o Brasil deste atoleiro. Por isso também é que “a maior virtude da alma brasileira é a esperança” e “haverá um dia em que veremos nesta terra reinar a liberdade” (Leonardo Boff), e Beto Guedes completa: “Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos trazendo o sol da primavera”. Assim este 7 de setembro será mais um dia de luta de toda militância socialista, que se liga na TV 247 e na TVT, resistindo sempre com a solidariedade nacional e internacional. Lutar e vencer com muita arte e cultura ao som do professor trompetista. Em tempo quero dizer que a melhor resistência é na Escola sem Mordaça, para sermos cronistas da História com um pensamento épico. Somos todas e todos e nosso grito é internacional, por democracia, independência e soberania, e por  Lula Livre, Brasil Livre, Lula inocente, Lula/Haddad Presidente 13, por um “Brasil Feliz de Novo”.
Viva Lula, Viva o PT, o Brasil e o povo brasileiro!
Joana Darc Faria de Souza Lula da Silva
Prof.ª de História, especialista em Ensino de Cultura, Artes e História Africana, Afro-Brasileira e Indígena (Unioeste – Cascavel/PR). Diretório Municipal do PT de Toledo/PR.
Toledo, setembro de 2018.

sexta-feira, maio 25, 2018

Caminhoneiros,imprensa e podres poderes



Pobre imprensa no regime do caos. Comentaristas dito iluminados de repente se anulam em análises frente a greve dos caminhoneiros.  
Na tevê, só se assiste notícias da falta de combustível nos postos, de alimentos nos mercados, de remédios nas farmácias, de oxigênio nos hospitais, do gás de cozinha nos lares.
Nos grandes portais, jornalistas apenas acompanham os fatos e o ritmo das negociações para resolver o impasse do fim do movimento paredista.
Existem sim pontos de partida para entender a confusão que ora avassala o Brasil. 
Os sucessivos acontecimentos nefastos na política vivenciados nos últimos quatro anos, com mais afinco nos últimos dois, tem muito a ver com a situação atual.
A visível desobediência civil dos caminhoneiros diz respeito à credibilidade. Não é preciso ser esperto para perceber que ao abrir a boca o governo não inspira confiança. Que a atual equipe que circula no Planalto aparece diariamente nos jornais, não por feitos benéficos à população, mas sim por prática de ilícitos de toda ordem.  
Então como respeitar, acatar as ordens lá de cima.
Quando Dilma ganhou as eleições em 2014, Aécio Neves jurou de pés juntos que ela não chegaria ao final do mandato. Boicotaram-na. Sob o pretexto leviano de crime de responsabilidade fiscal, deputados e senadores golpistas com o aval explícito do Judiciário depuseram a legitima presidenta escolhida pelo povo.  Ainda viva a presença do ministro Ricardo Levandowski no plenário do Senado Federal a testemunhar impassível a grande farsa contida naquele julgamento de araque. 
Num piscar de olhos, acreditava-se, os problemas econômicos iriam ser superados e o Brasil começaria a crescer. 
O que se vê desde então, é um país presidido por uma figura tíbia,  cujo mandato meramente serviu e serve para o acobertamento de crimes de propinas transportadas em malas representadas em cifras de causar inveja a qualquer mega investidor.
A promessa de dedicação de políticas benéficas ao país, foi substituída pela rotina diária de acordos desavergonhados no Congresso visando  garantir o mandato do golpista chefe. Muito dinheiro e toma-lá-da-cá protagonizados por deputados clientelistas alheios à ética parlamentar.
Nesse meio, se criou e proliferou no povão o mote “Político nenhum presta”. Na psicologia, um mecanismo de defesa para justificar o passo errado em apoiar o afastamento de Dilma, hoje reconhecida como uma presidenta injustiçada e honesta.
Não satisfeitos, judiciário e os silenciosos da direita autoritária, trancafiaram o ex presidente Lula, o brasileiro preferido do povo,  numa cela. Crime? Provas? Apenas um detalhe. O que importa é que preso, Lula não concorre, não ofusca os planos de continuidade do desmonte do patrimônio brasileiro. Sim. É a entrega do Brasil e suas riquezas energéticas, minerais e ambientais que estão em jogo.
Os golpistas ludibriaram. Brincaram com a fé do povo.
O resultado está aí. A insubordinação veio a cavalo. É só o começo. 
Ao bom observador, a constatação. 
Embora a longevidade da greve provoque transtornos coletivos, a população é solidária ao movimento. As pessoas entendem os motivos da  paralisação e torcem pela vitória dos caminhoneiros.
Vè-se também nos depoimentos dos grevistas, evasivas em politizar a greve. Parece que a desconfiança é tanta, que simplesmente falar em política macularia um movimento oriundo de legítimas reivindicações. Aí é que mora o perigo.
E o Governo? Quer os caminhoneiros queiram ou não, é dele que emanam as decisões favoráveis ou não à categoria, o uso da força para coibir o movimento.
Enquanto isso os jornalões robustecem suas pautas na precursão da lei da e da ordem.

quinta-feira, abril 12, 2018

Frases mais ouvidas no acampamento



☆ Nossa! Nunca vi tanta solidariedade!
☆ Acho que eles deram um tiro no próprio pé.
☆ Tá pra nascer outro líder como o Lula.
☆ Eu tô cansada. Mas não arredo o pé daqui.
☆ Se transferirem o Lula daqui da PF, eu vou atrás dele.
☆ E aí cara... veio com a família hoje?
☆ Filha, venha cá. Vem escrever uma carta p'ro Lula.
☆ Aonde eu encontro bonezinho vermelho?

Reescrevendo Brecht O Analfabeto Político

“O pior analfabeto é o analfabeto político virtual. Ele não interpreta, não lê, mas curte e compartilha acontecimentos políticos tal como o mais sabio dos internautas. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político virtual é tão burro que se orgulha e estufa o peito ao ver postagena de ódio à política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

Carta aberta ao ex presidente Lula

Querido presidente,

Escrevo estas linhas a uns 200 metros de distância do lugar onde o senhor nunca deveria estar. Estou aqui com centenas de companheiros acampados em frente a sede da PF em solidariedade total ao senhor. Queremos vê-lo livre. Queremos abraçá-lo de novo.
Lembro quando o senhor nos recebeu em fevereiro do ano passado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Eram  as mulheres do Paraná em vigília pela recuperação de dona Marisa.
Os anjos  a levaram.
No dia seguinte fomos para São Bernardo. Lá enfrentamos uma fila quilométrica para  conseguirmos novamente abraçá-lo. Lembro. Eu estava chorando. O senhor me confortou. “Vocês ainda estão por aqui?, disse. Mesmo com o coração em prantos,  ainda restava-lhe energia para lembrar que no dia anterior estivemos  juntos.
É isso. É essa a diferença.  O senhor não vê o humano como estatística.  O vê como amigo, irmão, como um companheiro que sente e chora.
Estamos juntos presidente. Eu, o senhor e mais uns milhões de brasileirinhos.
Até daqui a pouco.
Sirlei

quinta-feira, abril 05, 2018

Meninas e meninos: Eu vi.

Vi procurador imberbe jejuar em nome da lei e da ordem.
Vi juizes ricos bem nascidos  defenderem auxílio moradia embora tendo casa e casas pra morar.
Vi governador caloteiro envolto em desvios milionários do erário beneficiado em arquivamento instantâneo das denúncias.
Vi foice e martelo deixarem marcas de bala em onibus suspeito de cidadania.
Vi a quadrilha legitimada no poder federal, cínica por natureza, zombar do povo enquanto meia dúzia berra na praça que o vermelho vai manchar a Pátria. 
Vi deputados sem caráter nem brio a se curvarem em chantagens em troca do vil metal.
Vi o sangue de mulher politica, negra, lésbica, assassinada  porque era humana demais.
Vi empresários ricos emprestarem empregados às ruas para  dizer "abaixo o comunismo".
Ah... vi também um cara de barba grisalha e voz rouca vítima de uma perseguição sem trégua motivada pela sagrada teimosia da luta pela igualdade e justiça para pobres, pretos e putas.

quarta-feira, fevereiro 21, 2018

Globo, jornalismo e dramaturgia. Nada a ver.

É sabido. A Rede Globo, notadamente na área do jornalismo, carece de credibilidade. A emissora apoia, mantém e derruba governantes a depender do lado que o vento sopra.
De um lado, o questionamento constante do malefício decorrente da parcialidade jornalística;  de outro,  o poder do alcance das notícias, em se tratando de um grupo que detém o monopólio da informação.
Fiz este preâmbulo para abordar outra questão: a da dramaturgia.
Refiro-me especificamente ao capítulo de ontem, terça, da novela "O outro lado do paraiso."
É sobre o espetáculo da interpretação nas cenas do julgamento. Na ficção, abusador, abusada sexual e mãe omissa conseguiram transformar a sala do júri em emoção real. A expressão dos atores e atrizes ali presentes ora acompanhava o script, ora por si se entregava ao drama vivido pelos personagens.
Do sofá, impossível não se emocionar pela intensidade do enredo ou então pelo frágil limite do real no exercicio da teatralidade ficcional.
E é na Globo que tudo acontece.
Nas salas onde Willian Bonner define pauta e Marieta Severo decora textos. No mesmo  espaço em que Walcir Carrasco traz pra telinha o tema doído da pedofilia e onde os Marinhos conspiram para se manter donos absolutos da mídia.

Pois é.

sábado, fevereiro 17, 2018

Pense Comigo

Em 2013, ano dos mega protestos contra a falácia dos 20 centavos, surgiram os tais black blocs. Do nada, quebradeiras, pichações se multiplicavam nas mãos de mascarados nos grandes centros urbanos. O povo ficou em sobressalto.
Como passe de mágica, a pauta dos 20 centavos sumiu, dos black blocs ninguém mais ouviu falar.
A calmaria voltou. Voltou? Não.
Os protestos foram um ensaio meticuloso e bem planejado para tirar a Dilma do poder. Desgastes, boicote parlamentar, tibieza do judiciário... Dilma perde o cargo.
Assume Temer. O homem predestinado a fazer  o que a petista deposta não queria fazer:  endireitar o pais à custa apenas do sacrificio do povo sofrido e trabalhador.
Chegamos em 2018.
Temer patina em miseros 6% de aprovação. Do baú satânico previsto, congelou recursos da saúde e da educação pelos próximos 20 anos, reduziu os direitos e acabou com a dignidade  dos trabalhadores e agora tenta empurrar a forceps mudanças significativas nas leis da Previdência.
Tudo para atender exigências do grande capital, invisivel por natureza e voraz na esperteza.
Temer está encurralado. Dia a dia surgem notícias cabeludas de corrupção, cooptação na PF, conluios, mordomias palacianas.
A quadrilha previsa sobreviver. A aprovação da RefPrevidência é ponto de honra para o Temer et caterva justificarem a razão de suas existências ao mercado.
Ufa... Chegou o Carnaval.
Dá-lhe Rio. Rio do morro, favela e confronto. Rio centenário, do momo, do bloco, do brilho.
O Homem dos braços abertos lá em cima acolhe gente de todas as cores, raças e procedências no Carnaval. 
Praias e ruas lotadas.
Gritos. Correria. Agonia. Arrastões tomam conta das praias da Zona Sul, um cartão postal agora diferenciado.
Não foi na favela.
Os black blocs invadem Ipanema. O mundo surtou. Governador assume a pusilaminidade. Prefeito em rolê abençoado na Europa.
E de repente, não mais que de repente, fiéis soldados da Pátria amada que querem a paz com fervor,  são convocados para frear a indocil negritude perdida.
Parabéns Temer. O golpe foi de mestre. De  dissimulado corrupto e destruidor de direitos, agora um presidente corajoso, preocupado com a segurança do povo.
E a Previdência? Nada que um parangolé negociado na podridão dos corredores  palacianos não faça deputado mudar de ideia.

E por que o povo que saiu às ruas em 2013 não se rebela?
Porque não lê, não pensa com a cabeça. Porque precisa de um pato pra chamar de seu.

terça-feira, fevereiro 06, 2018

O TEMERoso golpista
Insiste na nomeação
Da Cristiane muito doida
Em barco com saradão.
•••
E de tudo ainda resta
Ti ti ti com traficante
Esse é o perfil da ministra
Que Temer quer levar adiante.
Sou do tempo que briga
 Se resolvia no abraço
 Hoje é porrada, parceiro...
 E treisoitão no pedaço.

terça-feira, janeiro 30, 2018

Sobre opinião da ministra Carmen Lucia sobre decisão STF4

Apequenar o STF ministra Carmen Lucia, é o testemunho presencial desse poder na farsa do impeachment que culminou no afastamento da presidenta Dilma do cargo lhe conferido pelas urnas. A não ser que a senhora acredite na fantasiosa história da pedalada fiscal.
Apequenar o STF ministra Carmen Lucia, é o silêncio sepulcral desse poder frente um helicóptero carregado de 450 kilogramas de pasta base de cocaína aterrisado em terras de notáveis políticos mineiros. A não ser que a senhora acredite na força do narcotráfico na  alavancagem da economia.  

Apequenar o STF ministra Carmen Lucia, é a omissão diante de um país comandado por receptores de malas e depósitos de dinheiro armazenado em apartamentos de quinta. A não ser que a senhora acredite na legalidade da origem do dinheiro.

segunda-feira, janeiro 29, 2018

Democracia estraçalhada

Quisera a juventude, gente de tempo e energia, tivesse a dimensão das trapaças que ocorrem hoje no Brasil.
Três poderes unidos na podridão do sistema.  
O judiciário, a casta elegante e da moradia privilegiada, dá cada vez mais mostras de desinteresse à parcialidade da justiça, requisito essencial ao sagrado  exercício da magistratura.
O legislativo, um caso à parte. Uma casa cujo funcionamento é proporcional à quantia de dinheiro a molhar a mão dos deputados. Não há pudor, nem disfarce. Valores são negociados à luz do dia para aprovar esta ou aquela matéria.
Paralelo às chantagens, emana da casa das leis retrocessos absurdos nos costumes e pautas culturais. Nada a estranhar se dia desses o  estupro for legalizado em nome de Jesus.
As palavras social  e solidariedade foram substituídas pelo vai e vem da Bolsa de Valores, pelo lucro dos gigantes, pela ganância dos donos da soja,  pela frieza dos banqueiros.
O executivo se supera. Nunca d’antes na história deste país, vê-se um governo composto por uma corja de ministros envolvidos em falcatruas, denúncias de recebimento de milhões em propina, mostradas ao vivo e a cores em mala e apartamento recheados de dinheiro.   
Cenários inegavelmente estarrecedores.
Mas, mais estarrecedora que a prática maléfica em voga nos poderes, é o silêncio sepulcral do cidadão brasileiro.  
Há de se perguntar o que falta para cair a ficha do povo e fazê-lo sair às ruas a exemplo dos milhões de manifestantes em 2013.
A gasolina, o gás e a luz dia sim dia não sobem  de preço. O emprego está escasso.  
De um lado, estão as  esquerdas sempre prontas nas ruas em denúncia aos desmandos. Porém, admite-se, sempre representada pelos seus expoentes costumeiros. A massa continua distante, inerte.
Parcela da população insiste na tese do “nenhum político presta,” o que soa quase como um mea culpa à panelada na janela.  
E as dificuldades de mobilização vão mais além. Os mais velhos que seguram o rojão, um dia cansam.
Os mais novos... na telinha a acompanhar as oscilações dos bitcoins.  


domingo, janeiro 07, 2018

FHC diz que pobre não sabe votar

Em artigo dominical no PIG, mais uma vez FHC se supera.
No espectro da sua inequívoca sapiência sociológica, o tucano insiste na tese de que pobre não sabe votar; que o programa bolsa família é eleitoreiro...
Pois bem.
Além da observação eminentemente preconceituosa e elitista oriunda, talvez, de crises de amnésia intencional,  FHC esquece da massa cheirosa no estádio a gritar "Dilma, VTNC". Eles sabem votar?
FHC esquece da classe média verde-amarela a  saracotear em volta de um pato da mesma cor  pedindo intervenção militar? Eles sabem votar?
FHC esquece do apoio maciço do rico empresariado da FIESP, da mídia clientelista ao "venha Temer". Eles sabem votar?
Pois bem mais uma vez.
É esta fatia de brasileiros que empurrou o Brasil nas mais sórdidas atitudes de hipocrisia na politica, de corrupção, de entreguismo, de despudor vistos no Planalto.

E o culpado é o pobre.

Volta pra França, FHC.