Quisera a
juventude, gente de tempo e energia, tivesse a dimensão das trapaças que
ocorrem hoje no Brasil.
Três poderes
unidos na podridão do sistema.
O judiciário,
a casta elegante e da moradia privilegiada, dá cada vez mais mostras de desinteresse
à parcialidade da justiça, requisito essencial ao sagrado exercício da magistratura.
O
legislativo, um caso à parte. Uma casa cujo funcionamento é proporcional à
quantia de dinheiro a molhar a mão dos deputados. Não há pudor, nem disfarce. Valores
são negociados à luz do dia para aprovar esta ou aquela matéria.
Paralelo às
chantagens, emana da casa das leis retrocessos absurdos nos costumes e pautas
culturais. Nada a estranhar se dia desses o estupro for legalizado em nome de Jesus.
As palavras social
e solidariedade foram substituídas pelo vai
e vem da Bolsa de Valores, pelo lucro dos gigantes, pela ganância dos donos da
soja, pela frieza dos banqueiros.
O executivo
se supera. Nunca d’antes na história deste país, vê-se um governo composto por
uma corja de ministros envolvidos em falcatruas, denúncias de recebimento de
milhões em propina, mostradas ao vivo e a cores em mala e apartamento recheados
de dinheiro.
Cenários inegavelmente
estarrecedores.
Mas, mais
estarrecedora que a prática maléfica em voga nos poderes, é o silêncio
sepulcral do cidadão brasileiro.
Há de se
perguntar o que falta para cair a ficha do povo e fazê-lo sair às ruas a
exemplo dos milhões de manifestantes em 2013.
A gasolina,
o gás e a luz dia sim dia não sobem de
preço. O emprego está escasso.
De um lado,
estão as esquerdas sempre prontas nas
ruas em denúncia aos desmandos. Porém, admite-se, sempre representada pelos
seus expoentes costumeiros. A massa continua distante, inerte.
Parcela da
população insiste na tese do “nenhum político presta,” o que soa quase como um mea culpa à panelada na janela.
E as
dificuldades de mobilização vão mais além. Os mais velhos que seguram o rojão,
um dia cansam.
Os mais
novos... na telinha a acompanhar as oscilações dos bitcoins.
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