domingo, dezembro 11, 2016

Tá tudo errado

Ontem
Nas décadas de 80/90, a declaração do Imposto de Renda  era  uma tarefa  que exigia mais criatividade que prestação real de contas com o Leão.
Aproveitando brechas de controle e fiscalização, o contribuinte forjava informação de valores nas deduções.  Tudo  para não pagar imposto e também para reembolsar o que estava retido na fonte.
Atire a primeira pedra  quem nunca  superfaturou recibo médico, dentista; que não incluiu dependentes que de dependente só tinha o nome na declaração. A prática era recorrente no governo FHC.
Sem alarde, no governo Lula a Receita tomou um banho de informatização  e as formas de acompanhamento e controle sofreram profundas mudanças.  O cidadão passou a temer a malha fina.  Pesadas  multas viriam a não compensar os costumeiros  chunchos.  
A sonegação reduziu drasticamente.  
Hoje
Caso as  medidas corretivas  do sistema  tomassem o rumo do habituè atual,  os sonegadores seriam objeto de midiáticas investigações  policiais.
 As operações teriam um nome para cada Estado. No Paraná, se chamaria Operação SonegaPar;  em Sampa, SonegaPaulo;  no Rio de Janeiro, SonegaRio, .. Os sonegadores de grande monta e em conluio com fiscais da receita,  receberiam  codinomes vulgares, risíveis.
As notícias pautariam a imprensa dia após dia.  Nas ruas e praças o assunto seria sempre o mesmo: quem será o próximo a cair nas mãos da Receita.
Amanhã
Tal vulto, tal abrangência. Faltariam gases e esparadrapos  para estancar o pus, tamanho o rombo da ferida aberta.
E a sonegação  continuaria.