Ontem
Nas décadas de 80/90, a declaração do Imposto de Renda era uma
tarefa que exigia mais criatividade que
prestação real de contas com o Leão.
Aproveitando brechas de controle e fiscalização, o
contribuinte forjava informação de valores nas deduções. Tudo para
não pagar imposto e também para reembolsar o que estava retido na fonte.
Atire a primeira pedra quem nunca superfaturou recibo médico, dentista; que não
incluiu dependentes que de dependente só tinha o nome na declaração. A prática
era recorrente no governo FHC.
Sem alarde, no governo Lula a Receita tomou um banho de
informatização e as formas de
acompanhamento e controle sofreram profundas mudanças. O cidadão passou a temer a malha fina. Pesadas multas viriam a não compensar os costumeiros chunchos.
A sonegação reduziu drasticamente.
Hoje
Caso as medidas corretivas
do sistema tomassem o rumo do habituè atual, os sonegadores seriam objeto de midiáticas investigações
policiais.
As operações teriam um
nome para cada Estado. No Paraná, se chamaria Operação SonegaPar; em Sampa, SonegaPaulo; no Rio de Janeiro, SonegaRio, .. Os sonegadores
de grande monta e em conluio com fiscais da receita, receberiam codinomes vulgares, risíveis.
As notícias pautariam a imprensa dia após dia. Nas ruas e praças o assunto seria sempre o
mesmo: quem será o próximo a cair nas mãos da Receita.
Amanhã
Tal vulto, tal abrangência. Faltariam gases e esparadrapos para estancar o pus, tamanho o rombo da ferida
aberta.
E a sonegação continuaria.