terça-feira, dezembro 01, 2015

O outdoor, o deficiente e a hipocrisia

Não faltou gente para ficar irada com o outdoor contra as vagas especiais para os deficientes no Pilarzinho. Do cidadão comum aos parlamentos, os discursos foram unânimes contra a atitude dos criadores da maldita campanha.
Há de se perguntar de onde vem essas ideias preconceituosas, moralmente assassinas por natureza.
A partir do momento em que se naturaliza o preconceito, a sociedade passa a achar normal a prática do desrespeito entre as pessoas.
Exemplo disso, a camiseta usada pelo senador Ronaldo Caiado(DEM) na última eleição com estampa jocosa da mão do Lula faltando um dedo. Uma clara demonstração de filhadaputice vinda de uma figura pública que obrigatoriamente deveria gostar ou odiar seus pares independente de defeito físico.
Não houve defesa nem repugnância dos parlamentares da mensagem estampada na camiseta do Caiado.
E o que passa pela cabeça do cidadão comum? Se um senador da República pode se exibir explorando preconceito, eu também posso. É assim que funciona.
Taí o resultado.

terça-feira, agosto 25, 2015

Corrupção e cinismo Nada leva a lugar nenuhm

Aumentei de R$ 100 para R$ 120 a diária da Mírian, a diarista. Ela me perguntou de onde tirei o dinheiro para pagá-la. Certo? Errado.
Depositei R$ 1 mil em minha conta corrente. O gerente pediu comprovação da origem do dinheiro. Certo? Errado.
Mas lá na frente, a declaração do IR dirá de onde e de quem veio o dinheiro.
O candidato xix recebeu doação de R$ 50 mil na campanha eleitoral. O candidato perguntou ao doador de onde veio o dinheiro. Certo? Errado.
Aí a situação é bem mais complicada.
O dinheiro não é declarado aos TREs; se declarado, não raro em valores incorretos. A origem do dinheiro? Apenas um detalhe.
Até que um juiz afoito e muito bem remunerado decide vasculhar o passado tumular dos políticos e seus comparsas.
E não se salva ninguém. Certo? Errado.
Salvam-se os mais espertos, os que conseguiram formar teias auto protetivas em décadas de dominação e poder.
Por ironia, sofre os rigores da lei justamente a frente política facilitadora das investigações.
Enquanto isso, novos alunos ingressam à luz do dia na escola da corrupção.
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quarta-feira, julho 01, 2015

Publicar foto-montagem pornográfica da Presidenta Dilma é crime

Quando do atentado na sede do tablóide francês Charlie Hebdo, fui uma das poucas – eu sei - a não customizar foto com a expressão JE SUIS CHARLIE. Ou melhor, fiz o contrário: JE NE SUI PAS CHARLIE.
Na ocasião, entendi que liberdade de imprensa e de expressão não deve ser confundida com ofensas e menosprezo à pessoas, instituições ou crenças.
Se o limite do bom senso é tênue, o “tudo pode” ilimitado pode machucar o coração das pessoas. Desrespeito não combina com democracia. Provocação instiga revanche e daí à vingança é um passo pequeno.
Fiz este preâmbulo para falar sobre as fotos-montagens de caráter indiscutivelmente ofensivo à presidenta da República espalhadas na internet.
É difícil entender o que passa pela cabeça da pessoa capaz de produzir e publicar esse tipo de mensagem. É um jovem? Homem? Tem estudo, emprego? É rico? É órfão? Tem parentesco político?
Será que o autor gostaria de ver ou encararia com naturalidade uma montagem feita da sua mãe com as pernas abertas nas pages do facebook?
“Ah! Mas minha mãe não é uma figura pública”.
Então é normal expor pessoas públicas ao ridículo por ter vida pública?
De onde vem o exemplo da falta de civilidade?
Será de um coro de bem nascidos empoleirados num estádio de futebol a gritar “Dilma VTNC”? Ou do senador Ronaldo Caiado(DEM) que estampa na camiseta uma mão com 9 dedos em menoscabo ao passado de operário do Lula? Ou da inconsequência maldosa do deputado estadual Plauto Miró(DEM/PR) que tuitou no dia das eleições que o PT havia matado o doleiro Yousseff?
LÓGICA PERVERSA. Se eles ofendem e ficam impunes, então qualquer um pode fazer o mesmo.
Liberdade não pode ser confundida com libertinagem.
Uma coisa eu digo. Este nosso Brasil já foi melhor.

quarta-feira, junho 24, 2015

ÀS VEZES CANSA. DOI.

CANSA ver o cinismo dos políticos paranaenses no trato com a educação no Estado. Deputados cupinchas do governo fazem poses sorridentes em fotos com os servidores da Alep agraciados com vultuoso aumento salarial.

Ao mesmo tempo, os educadores engolem reposição salarial a conta gotas e a longo prazo. Após longa greve e em respeito aos alunos, os professores retornam à sala de aula ainda feridos no corpo e na alma pelas bombas, gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

CANSA ver os argumentos dos apoiadores da maioridade penal. Na visão dos justiceiros, a maldita delimitação da idade de pretos e pobres passa a ser fator essencial para higienizar praças e ruas. Branco e rico tem como se safar.

Como um passe de mágica, se de 18 para 16, o judiciário atuará e a criminalidade diminuirá. E o cárcere? Explodirá.

CANSA ver notícia de prisão de bacana por conta de desvio de dinheiro público. Enquanto holofote: perfeito; enquanto eficácia: nula.

De nada adianta entulhar celas de colarinho branco se a corrupção continua a correr solta. A reforma política - que teria a função de avançar em medidas para brecar a farra de dinheiro em campanhas eleitorais - caiu nas mãos de deputados inescrupulosos, sem compromisso com a democracia. Perdem tempo em arremedos de reforma e os poucos itens alterados até então foram apenas ajustados a auto vantagens.

CANSA ver o esforço da grande mídia e da tucanada podre para decretar a morte política do Lula. Eles mentem todo dia, distorcem os fatos e agridem o ex presidente. O prestígio universal e carisma nato do metalúrgico atrapalham os objetivos da turma do ódio pátrio.

É doído acreditar que, em nome do poder, prevaleça a tentativa de destruir a história de um líder cuja biografia se confunde com justiça social e amor às pessoas de todas as cores, crenças e rincões.

CANSA. Um cansaço que pode um dia fazer o povo endurecer e perder a ternura.

terça-feira, junho 16, 2015

Brasil vive o surto da intolerância


Existe uma questão muito séria que dia a dia cresce, se prolifera de forma rápida no Brasil.

Trata-se da intolerância religiosa.

E a mídia nem a sociedade estão a dar a devida atenção.

A história mostra que radicalismos religiosos não deram certo em nenhum lugar do mundo. Não raro fere a paz, mata inocentes e provoca traumas doídos.

O desrespeito acirrado à liberdade religiosa vem desde as últimas eleições. Até então, sob o aspecto de convivência entre diferentes crenças, o brasileiro vivia em aparente calmaria.

Jogaram a Constituição Federal no lixo. O Estado é laico. Está escrito.

Artigo 19, I: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”

Mas que laicidade é essa que demoniza crenças de matriz africana?

Que tipo de laicidade é essa que obriga ensino religioso nas escolas?

Que laicidade é essa onde se reza o Pai Nosso no parlamento para disseminar preconceito?

Que laicidade é essa que oprime as mulheres ao impor-lhes comportamento típico da idade média?

Que interesse público se justifica nesse afã de querer transformar o Brasil num imenso canteiro bíblico?

É verdade que o Brasil apaga um incêndio por dia, principalmente na área econômica. Mas de nada adianta contas equilibradas, se o povo ficar à mercê de falsos líderes a ditar-lhe regras de cunho religioso.

De volta urgente, o Brasil do bom dia, boa tarde e do sorriso no rosto, independente da religião ou não das pessoas.

terça-feira, junho 09, 2015

Saldo da greve dos professores

Um governo totalmente desmoralizado, sem rumo nem pudor.
Um legislativo perdido a se equilibrar entre o diálogo com o povo ou continuar submisso ao toma-lá-da-cá do governo.
Quase 1 milhão de alunos perdidos ante a perspectiva de novo calendário das aulas.
Professores da capital e interior a correr contra o tempo para repor as aulas.
Pais aliviados e ao mesmo tempo preocupados com o “daqui prá frente”.
A revelação cristalina de um Estado governado por um tucano ditador, teimoso e desonesto.

terça-feira, maio 19, 2015

Hipocrisia social

Hoje chamaram um negro de macaco.
... Mas não me importo. Minha raça é branca.
Hoje xingaram uma mulher de puta.
... Mas não me importo. Não é alguém da minha família.
Hoje vi um idoso em pé no ônibus.
... Mas não me importo. Não mandei ele sair de casa.
Hoje maltrataram um animal.
... Mas não me importo. Não tenho bicho de estimação.
Hoje vi um pobre a pedir esmola.
...Mas não me importo. Graças a Deus, posso ter o que preciso.
Hoje uma jovem vestida de vermelho foi agredida.
... Mas não me importo. Eu nem gosto dessa cor.


Hoje vi uma pessoa descrente.
Ah.. sim! Eu me importo. Vou levá-la à igreja orar comigo.

segunda-feira, maio 18, 2015

AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA

Você que chega em casa cansadaço, liga a TV, senta no sofá, passa a mão na cabeça e reclama que não aguenta mais - esbraveja que o gás subiu, que o preço do remédio está nas alturas, que não consegue encher mais o tanque do carro – saiba de uma vez por todas: o culpado da tua penúria é o Beto Richa. É o Beto que numa só pancada aprovou um pacote de medidas que elevou o custo de vida dos paranaenses a níveis insuportáveis. Tudo com o “amém” abnegado dos deputados governistas.

E por que o filho do Zé cometeu estas infâmias? Para tapar um rombo gigantesco nas contas do Estado provocado por má gestão e desvios de toda ordem. Basta ver os noticiários, para saber dos milhões desviados do erário por pessoas notadamente de extrema confiança dos Richa.

E por que digo isso?

Para lembrar que amanhã tem uma grande mobilização na cidade organizada pelo Forum Estadual da Educação. Servidores sairão às ruas para alertar o governador e as demais excelências coniventes com as injustiças, que o povo paranaense não aguenta mais tanto desmando, safadeza, escândalo, cinismo, cara-de-pau, desfaçatez, machismo, hipocrisia, podridão...

Parece exagero, mas é este o sentimento.

É hora da população juntar-se na caminhada. Faça seu cartaz, expresse tua indignação.

Caso não possa estar presente, manifeste apoio e solidariedade à causa.

A partir das 9h, no Centro Cívico-Curitiba-PR.

sábado, maio 16, 2015

DO 29 de ABRIL


Durava mais que semanas a greve

E o acordo não apareceu

Então governo no assomo dos loucos

Iniciou uma guerra violenta.

Ao ver professores caídos ao chão

Se afastou e pensou assim:

Que atirem neles, não em mim.



Estouro, fumaça e bombas

surgiam de cima e de frente

E a polícia obediente a jogar mais e mais.

Até que uma ideia chegou ao front

O carro de som recolher.

Tiraram então professores a força

De cima e de baixo, rês ao chão

E o mandante disse:

Tá bom pro serviço? Ainda tem muito pra dar!


Tem gás, spray de pimenta, lacrimogêneo do bom

Pit bull treinado prá atacar

Saíram dali levando o fotógrafo

Com jorros de sangue a estancar


O ceu já apodrecia

De fumaça fétida e densa.


E uma mãe corria assustada.

Chorava em seus braços uma criança


E como o cheiro ardia as entranhas

Um jovem ia em frente, com vinagre na mão

Passando nos olhos o líquido da salvação

Para encobrir o horror.


Palavras de ordem abafadas

em meio a confusão.

E as bombas fazendo bum bum trá trá

Para que professores fugissem

das ordens do patrão

Dois professores erguiam o ferido

Para mantê-lo em pé

Pois se ele caísse no chão

Virava um monte de lixo!



Atrás do palácio um homem de terno

Usando gravata engomada

Mau cidadão sem prudência de ser

Um algoz da Pátria Amada!



Do opressor, a oprimidos aos tantos

O cerco então quis completar

Em palco de sangue, traumas de guerra

De memória militar.



Inspirado da Balada do soldado Morto, de Bertolt Brecht



quarta-feira, maio 13, 2015

FACHIN DEU UMA AULA DE CIDADANIA NA SABATINA


É salutar à democracia uma oposição atuante. A busca do poder é legítima e quem milita na política – não importa o lado – tem por obrigação usar desta aspiração em benefício do bem comum.

Mas não é o que acontece no Brasil.

O que se vê por aqui é uma oposição movida a insanidades.

A postura dos senadores oposicionistas Magno Malta(PR) e Ronaldo Caiado(DEM) na sabatina do jurista Luiz Edson Fachin foi lastimável.

Malta sem meias palavras quis obrigar Fachin a opinar sobre assuntos espinhosos - aborto, homossexualidade - à luz de prévias teorias fundamentadas na sua crença religiosa. Absurdo.

Caiado – com o peculiar esgar arrogante – justificou a necessidade de se aprofundar a sabatina, sob pena de um presidente da República encaminhar “qualquer um” ao cargo de ministro.

Pois bem.

O professor e jurista Fachin não é qualquer um. Tem uma história de vida e currículo irretocável para bem exercer o cargo de Ministro do Supremo.

E mais.

Mostrou serenidade e respeito durante as 12 hs de arguição, até com as perguntas e considerações sórdidas notadamente formuladas por politiqueiros de plantão.

Parabéns presidenta Dilma. Indicação melhor não precisa.

segunda-feira, maio 11, 2015

VICE GOVERNADORA CIDA BORGHETTI(PP) PEDE ”UNIÃO PELO PARANÁ”

No momento o Paraná não está precisando de união, até porque nenhum cidadão deseja o contrário.
O paranaense já é um povo unido por natureza.
O que tira o sono do povo de verdade - e que deveria estar na pauta dos políticos das Araucárias - é o alto custo de vida imposto à população.
A situação está de amargar neste 2015.
Na base do tratoraço, Beto Richa conseguiu aprovar aumento no ICMS em mais de 90 mil produtos. A alta da alíquota variou de 12% a 25%;
impôs aos proprietários de veículos aumento de 40% no IPVA;
conseguiu transformar a tarifa do pedágio das rodovias estaduais na mais cara do país;
não satisfeito, Beto Richa transformou o Centro Cívico em campo de batalha para forçar o confisco do previdência dos servidores.
Então que a união se fortaleça, mas para lutar contra a carestia e os desmandos do Governo.

domingo, maio 10, 2015

“Não tem ninguém mais ferido que eu,” disse Beto Richa.

É verdade governador. O senhor realmente tem muitos motivos para se sentir ferido. Também pudera!
No Centro Cívico, gritam Fora Beto Richa!
No Couto Pereira, gritam Fora Beto Richa!
Na Baixada, gritam Fora Beto Richa!
Na Expoingá, os maringaenses gritam Fora Beto Richa!
Na Reitoria, mais de mil pessoas gritam Fora Beto Richa e viram as costas a representante seu.
E mais.
Viu o amigo Márcio de Albuquerque Lima de Londrina - o companheiro de corridas e alegrias - ser preso acusado de extorsão.
Viu o primo Abi Antoun, homem forte e influente do seu governo, envolvido em altos desvios de dinheiro via super faturamento.
Viu seu ex assessor e fotógrafo Marcelo "Tchello" Caramori – o da tatuagem “100% Beto Richa” no braço - preso acusado de pedofilia.
É governador. O senhor realmente tem motivos de sobra para se sentir a pior das criaturas.

domingo, abril 26, 2015

50 TONS DE GOLPE



A Globo se esmerou bastante na qualidade do programa exibido sábado à noite em comemoração aos seus 50 anos.

Num flash back de fazer inveja, mostrou e comentou programas exibidos desde 65. Fez uma viagem pelas novelas, minisséries, eventos esportivos e, claro, dos fatos históricos testemunhados e registrados pela emissora ao longo das cinco décadas de jornalismo.

Um programa técnica e emocionalmente perfeito.

Afinal, quem nunca ouviu um plim-plim na vida que atire a primeira pedra.

A Rede Globo presta inegável colaboração à indústria do entretenimento. As novelas produzidas pela emissora são reverenciadas no mundo todo. Lucélia Santos foi recebida na China com honrarias de estado pela sua interpretação na novela Escrava Isaura transmitida naquele país. Cuba mudou seu conceito no ramo gastronômico ao popularizar o Paladar, rede de restaurantes inspirada no papel de Regina Duarte na novela Vale Tudo. A ilha literalmente parou para assistir o último capítulo da novela.

Até ai, tudo bem. Mas tem um porém.

Para conseguir se projetar de tal forma aqui e lá fora, a Globo vestiu a camisa do diabo. Apoiou a ditadura; seus donos acumularam riquezas estratosféricas em detrimento a imensa pobreza reinante no país. E mais. Em seu próprio interesse, omitiu, alterou e manipulou fatos.

Dos atos em prol das Diretas Já, o Jornal Nacional preferiu a banalização. Das eleições livres logo após o Brasil se livrar da ditadura, preferiu a manipulação. O trauma da edição tendenciosa do debate Lula x Collor na véspera das eleições em 89 ainda machuca.

Ou seja. O jornalismo da emissora pecou. Pior. Continua a pecar.

É cinismo pedir redenção dos atos falhos, se o jornalismo da casa continua polêmico.

Até os mais reticentes ao petismo, admitem que governo Dilma dá mostras de brio e coragem ao investir fundo nas investigações de desvios de dinheiro ao erário.

É como mexer num vespeiro. Quanto mais mexe, mais sujeira aparece. Roubalheira de décadas não só na Petrobrás, mas também em evasão bilionárias de divisas e sonegação de toda ordem.

Se não bastasse, estados, municípios, casas legislativas, judiciário e outras estruturas agem sem o mínimo pudor para colocar a mão no bolso do contribuinte.

E como a Globo abre o Jornal Nacional?

“Operação Lava Jato prende mais um petista.”

“Petistas envolvidos em mais um escândalo da Lava Jato.”

O jornal ocupa mais da metade do tempo num requentar de notícias fragmentadas, com aprofundamento duvidoso sob o aspecto da universalidade dos fatos.

Os índices de audiência do Jornal Nacional despencam dia a dia. E não é para menos.

Parabéns aos 50 anos de entretenimento.

Quanto ao jornalismo da Globo, esse não dá para tirar o chapéu.

sexta-feira, abril 24, 2015

Nunca é tarde


Este diploma tem um significado muito especial. Mais que um título, é a realização de um sonho interrompido nos anos 70.

Em 1972 comecei estudar Comunicação Social na UFPR. Cursei o primeiro ano, mas não consegui renovar a matrícula para o período seguinte.

Engraçado. Eles não diziam não. De um guichê a outro, solicitavam documentos, mais e mais certidões, Ao entregá-los, alegavam prazo de validade vencida, irregularidades.

Anos mais tarde entendi que o motivo em dificultar ao máximo a rematrícula dizia respeito às “más companhias”. A convivência com jovens subversivos era mal vista pelos donos do poder infiltrados na academia na época Auge dos anos de chumbo.

Vida que segue. Novos projetos. Outra graduação, filhos, maturidade, mas a esperança de um dia voltar à Comunicação Social prosseguiu no silêncio das frustrações.

- E AÍ GURIA? QUE ANDA FAZENDO DE BOM? Perguntou Wilson Ramos Filho (Xixo) numa das muitas reuniões político-sindicais as quais acostumamos a participar. E a nos encontrar.

- POR ORA, CURTO O SOSSEGO BEM MERECIDO DA APOSENTADORIA. – Disse eu, feliz em poder trocar umas palavrinhas com uma pessoa muito querida.

- NÃO QUER VOLTAR A ESTUDAR? AINDA TEM VAGA NO CURSO DE JORNALISMO DA UNIBRASIL. PRÁ VOCÊ QUE JÁ TEM UMA FACULDADE É MAIS FÁCIL. NÃO PRECISA FAZER VESTIBULAR.

Fui.

Em 2005 o sonho se concretizou.

quarta-feira, março 25, 2015

Dá dó do Paraná. Coitado.

Fui uma das corajosas a sair às ruas com a bandeira do PT e material de campanha da então candidata ao governo do Paraná Gleisi Hoffmann(PT) nas últimas eleições.

Corajosa porque aqui em Curitiba – falo da minha realidade – durante anos e anos a população aprendeu a cultivar ódio ao vermelho das lutas.

Não foram poucos os motoristas, a abrir a janela dos seus carrões de vidro escuro para xingar e fazer gestos obscenos à militância em mobilizações.

Eu e os demais companheiros acreditávamos no projeto que defendíamos.
Em paralelo, sabíamos também do caos em que o Paraná se encontrava. Falência moral e econômica na mesma intensidade. Um verdadeiro bacanal político nos corredores palacianos.

Embriagado pelo discurso engessado e campanha milionária, o povo deu vitória fácil ao Beto Richa(PSDB).

Democracias à parte, o paranaense se revelou cúmplice do maior escândalo financeiro na história republicana das araucárias.

O dedo médio em riste e o eco do VTNC estão bem vivos na memória.

terça-feira, março 24, 2015

O diabo veste apartidarismo

O empresário Rogerio Chequer, que se auto intitula porta voz do movimento Vem Pra Rua, é o mentor pelos protestos do último dia 15. 
Trata-se de uma pessoa sagaz, eloquente e assustadoramente persuasiva. Usa o critério do apartidarismo para justificar as ambiguidades de posicionamento na política. 
Muito embora reconheça falha em todos os políticos, centra a ira na Dilma e ao PT. Diz não haver respaldo político nem jurídico para impeachment, mas não descarta a possibilidade de a qualquer momento o assunto possa ganhar força.
Ao se reportar ao Lula, os lábios tremem, o olhar estala. Demonstra uma raiva incontida do ex presidente. Atribui ao o petista a polarização rico x pobre. Segundo Chequer, nociva ao país.
Tem resposta na ponta da língua para justificar o voto dele e do seu grupo ao Aécio. Diz não recomendar voto em branco e a única alternativa então seria votar no tucano.
Faz de conta não entender direito o que significa democratização da mídia, mas alega, no entanto, não haver motivos para mexer no nicho.
É a favor da diminuição do Estado; redução do número de ministérios, mas não quer ser taxado de defensor do estado mínimo.
Seguro de si, prepara para o dia 12 de abril uma nova rodada de manifestações com o mote “Eles não entenderam nada”. E vai mais além. Pretende interiorizar o movimento.
Confesso. Tenho medo do Rogerio Chequer. O diabo é carismático, justiceiro e arrogante.
Ontem, no Roda Viva.

domingo, março 08, 2015

Povo hipócrita semeia hipocrisia

Um recado a você que não se conforma, joga praga, xinga a mãe dos políticos julgados pela Globo na operação Lava Jato.

Aquele deputado simpático que aparece na tua casa a pedir votos se apresentando como primo da sogra da tua sobrinha neta, no maior orgulho de pertencer à família, gasta uma grana sem tamanho em santinhos, viagens, propaganda na TV e cabos eleitorais. De onde vem o dinheiro?

O candidato a governador cheio de boas intenções, com jeitão de sabido e competente, finge que presta conta do dinheiro gasto nas campanhas e os órgãos de controle fingem que fiscalizam na maior desfaçatez. Passa ano, entra ano e tudo é a mesma coisa.

Aquele vereador conhecido teu com cara de amigão de longa data, distribui um monte de dinheiro que ninguém sabe de onde veio às ditas lideranças comunitárias do bairro.

Todos os políticos - eu disse todos – gastam dinheiro nas campanhas, eleitos ou não. Uns até lucram.

Agora pense comigo. De onde vem os recursos? Quem financia? Quem doa? Por que da ajuda?

Faço toda esta ladainha para dizer o seguinte.

Da forma como o sistema político hoje é configurado não existe político inocente nem inocência nas intenções.

Então tudo deve continuar como está?

Não. Alguma coisa deve ser feita, a começar por mudanças na legislação e nos costumes. Enquanto existir brechas na lei, gente a querer ganhar dinheiro fácil em campanhas eleitorais e 54 políticos entre aos milhares do mesmo naipe a dar audiência à Globo, a farra vai continuar.

sexta-feira, março 06, 2015

O Brasil tem jeito. É só querer

Vivemos um momento impar na história. Pela primeira vez um governo teve a coragem de investigar a roubalheira da Petrobrás. Chantagens, mordomias, caixa-dois, faturamento exagerado, fizeram rotina na estatal desde sua criação. No entanto, só agora a sujeirada veio à tona.

Corrupção não se faz sozinha nem tampouco por animais. É a cabeça humana a grande responsável dos atos mal feitos.

Só que esse humano prejudicado com o andamento do processo se revoltou. Decidiu guilhotinar a presidenta da República.

O Congresso Nacional do Eduardo Cunha (PMDB)l atolado nas próprias mazelas, não se dá conta da real situação política e econômica do País. Ao invés do bom debate e busca de consenso, age na prepotência ; se apoia na bancada BBB (bíblia-boi-bala)* para difundir bravatas; inverte prioridades; boicota o sonho de milhões de brasileiros ávidos de equilíbrio e paz no País.

A câmara alta na batuta de Renan Calheiros (PMDB) tenta sem êxito se equilibrar no bom senso exigido dos pares. Esbravejam, patinam; não evoluem em medidas para tirar o Brasil da insegurança política e econômica que se avizinha.

Inúmeras reuniões temáticas já foram feitas para discutir a Reforma Política. Nas contribuições, cada senador impondo sua própria maneira de ver e pensar o mundo político. É difícil, muito difícil prosperar mudanças numa casa de tantos egos inflados e interesses pessoais sobrepostos.

Mas o Brasil tem jeito.

Dilma ganhou as eleições e ponto final. Democracia não se discute.

Mesmo contrariando interesses de gente da pesada, o governo federal desnudou a Petrobrás e hoje os brasileiros podem cobrar transparência e eficiência na gestão da empresa. Se antes assim não procediam, era porque não sabiam da existência de corrupção na estatal.

Os brasileiros podem e devem cobrar mudanças na política.

Exige-se uma reforma decente que democratize o acesso do pobre, da mulher ao poder; uma reforma que priorize ideias ao invés da maquiagem da TV e dos altos custos das campanhas; uma reforma que limpe o Brasil da vergonha de ver engravatado passando a mão no jarro.

O povo na rua dia 13 de março saberá dar o recado. Com certeza.

*Não lembro quem criou a sigla.

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Como fritar um banqueiro em tempo recorde


Esta é a história de um homem muito rico. 

Para lá e para cá de avião próprio, o homem viajava pelo imenso país, sempre a esbanjar simpatia e boa vida, mesmo nas viagens a negócio.

Aliás, negócios sobravam-lhe às pampas. A riqueza se estendia a jornais, terras, bois, cavalos de raça e plantação.

Mas o chamego principal do grande homem se chamava banco. Um grande banco de sua propriedade.

Não satisfeito com poder conferido pelo dinheiro, o homem se enveredou no mundo da política. Se candidatou a senador.

Na campanha da TV, um chapéu lançado no ar pairando sobre vastas plantações provocava arrepios. A propaganda bem feita – dizem que foi tecnologia importada dos EUA – caiu no agrado do povo. O homem do chapeu se elegeu senador sem sufoco.

E as relações de poder do homem não paravam de crescer. Chegou até a ser ministro do governo que ele ajudou a eleger à base de generosas doações de campanha.

Mas ele queria mais. E mais. Almejava o cargo de presidente da República.

Aí o bicho pegou.

O governo que o banqueiro senador deu dinheiro para se eleger não gostou da pretensão ousada. Sentiu cheiro de ameaça ao poder.

A reação veio à galope.

Decretaram a falência do banco. Acabar com a instituição significava minar as possibilidades de avanço do homem do chapéu à presidência.

Não satisfeitos, facilitaram a venda dos ativos do banco a preço de banana a um grupo inglês.

Colocaram o homem prá escanteio, sem banco, com prestígio abalado e carreira política abreviada.


domingo, fevereiro 15, 2015

Beto Richa escolheu um caminho sem volta


A chantagem branca da bancada governista instalada no legislativo custa muito caro aos cofres do governo. As boas relações entre os poderes é proporcional ao tanto de dinheiro destinado às emendas dos deputados.

Por aquelas bandas, nada se faz por amor ao próximo.

A relação incestuosa entre os poderes vem de longa data. O governo só funciona se tem dinheiro. Óbvio.

Ocorre que para ter dinheiro para saúde e educação conforme manda a lei é preciso economizar noutras áreas.

Beto Richa age ao contrário. Prioriza o uso da grana pública em supérfluos.

Para garantir vitória nas eleições, o tucano não se fez de rogado.

Além do quadro inchado de comissionados, na reta final do mandato nomeou mais gente com polpudos salários.

Em cada canto do estado, em destaque o puxa-saco profissional nomeado só para falar bem do governo; Richa tratou os deputados a pão- de- ló para garantir apoio as suas estripulias e a vitória deles também, claro; aprovou benesses exorbitantes ao judiciário e por aí vai.

A oposição só faltava chorar na TV. Convencer os paranaenses da bancarrota do Paraná e que o povo estava sendo enganado foi a tentativa do debate que não houve.

Poucos minutos de realidade e em seguida a longa propaganda tucana - com aquele fundo azul esperança na tela - mostrava um Paraná próspero e futurista. Um governador jovem, seguro, com experiência para governar por mais 4 anos.

O povo preferiu o engodo. A máquina cuidadosamente preparada para blindar Richa comprovou-se mais eficiente.

Deu no que deu.

Um governo acuado, desmoralizado perante o funcionalismo público e atolado nas insolvências.

Pior. Um governo refém de um legislativo do toma-lá-da-cá cada vez mais acintoso. Uma bancada representada por parlamentares eleitos a reboque, fruto de um sistema político anacrônico carente de reformas estruturais.

Duas vezes pior. Já subiu a conta da água, luz, IPVA, pedágio e, mesmo com todos esses aumentos, não se vislumbra equilíbrio no caixa.

E agora, governador!

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

O Paraná falido e servidores pagam o pato


É falacioso o argumento do governo de que as medidas de contenção de despesas via pacotaço de maldades resolva o problema de caixa do Estado.
Beto Richa escolheu o caminho errado. O pior caminho.

Para o governo, é mais fácil emplacar demissões e redução de direitos do funcionalismo público; desmontar as estruturas das escolas, atrasar salários, que mexer com as áreas que realmente oneram os cofres públicos.

A crise se arrasta há anos. No entanto, para garantir vitória nas eleições, Richa escondeu a barbárie a sete chaves.

O judiciário é agraciado com auxílio aluguel de R$ 4 mil mensais; secretários e comissionados não se intimidam com a auto concessão de polpudos salários; a quantia das verbas destinadas aos deputados é proporcional à subserviência e ao puxassaquismo ao governo. Esta é a realidade.

E o povo não representado dignamente pelo executivo, ainda tem um legislativo mercantilista; pobre de formação política.

Para onerar ainda mais os cofres, tem o repasse ininterrupto de grana graúda a jornalões e jornalecos do Paraná inteiro; gente da imprensa chapa-branca que sobrevive à custa de publicação alvissareira ao governo.

Aonde o Paraná vai chegar?

Com certeza, o pacote de maldades em curso só faz piorar a situação.

Nada para pior para um governo quando ele deixa de ser amado pelo seu povo.

Richa pode se surpreender. E se arrepender.

sexta-feira, janeiro 16, 2015

Je ne suis pas Charlie

Defender a liberdade de imprensa é politicamente correto, chique. É discurso fácil aqui e em Marrakesh.

Mas o que é liberdade? O que é imprensa? O que é liberdade de imprensa?

Sartre já dizia que a liberdade é a condição de vida do ser humano. O princípio do homem é ser livre, de não depender de ninguém. O homem é livre para fazer o que tiver vontade

“desde que não prejudique outra pessoa.”

Imprensa é o conjunto dos meios de difusão de notícias, fatos, informações. De onde venha, esse conjunto exerce grande influência na opinião pública.

Bem. Se liberdade pressupõe respeitar o outro e se a imprensa faz a cabeça das pessoas,

então a imprensa erra ao não impor limites éticos e de bom senso em suas publicações em nome do “sou livre para fazer o que der na telha”?

Boa pergunta.

Somos livres para agir de acordo com a nossa vontade. No entanto, se não soubermos respeitar os outros - seu espaço e sua liberdade - também não teremos direito a ser livres.

À primeira vista, a liberdade não pode ser encarada como algo que não tem limite e da qual podemos usufruir sem qualquer tipo de respeito e, diria até, maturidade.

Paga-se o preço. Às vezes salgado demais.

terça-feira, janeiro 13, 2015

Um petista verdadeiro

Admiro petista que - mesmo insatisfeito com os rumos que a política forçou-lhe a dar na vida - reconhece as instâncias e respeita decisões do partido.

Um petista perspicaz sabe delimitar os espaços da polêmica. Se contrário, estará a pautar a imprensa tradicionalmente algoz das esquerdas.

Um petista fraterno não se contamina pela aridez própria das relações empoderadas. Na busca do poder e realização, priorizará argumentos convincentes.

Um petista de verdade saberá ser petista na alegria e na tristeza, até que a morte o separe do ideal.

Textículos

Ontem
Às vezes não sei o que faço
Nas folhas do meu caderno
Mas cada linha que traço
São traços do meu interno.

Hoje
Às vezes não sei o que traço
Nas redes da internet
Mas cada clique que faço
Alguém de longe se mete.

terça-feira, janeiro 06, 2015

Kit primeiros socorros, extintor, airbag e outras falácias

Funciona assim. Um super amigo de um super deputado apresenta um super projeto de sumo” interesse público”.

À sorrelfa - sem alarde nem debate - o projeto é aprovado, sancionado e cumpra-se a lei.

Exemplo fatídico

Todo motorista deveria portar um kit de primeiros socorros no porta luvas do carro. Se pego na fiscalização sem portar o aparato, multa da grossa no coitado. Não precisa saber ler, escrever nem ser inteligente para entender que pedacinhos de gases e band aid nada resolvem em casos de acidentes automobilísticos.

Resultado. Tal como veio a lei foi embora, sem antes fabricantes ganharem rios de dinheiro com a correria nas lojas para aquisição do kit. Ganha também o autor do projeto, ganha o deputado, ganha o atravessador, menos o infeliz do consumidor.

Agora é só comparar o caso do kit com a exigência do novo extintor.

Logo, logo seremos surpreendidos com a exigência de airbag no carro. Você duvida?

segunda-feira, janeiro 05, 2015

Samek é um bom companheiro. Ninguém pode negar.

Um dos requisitos para tornar uma pessoa bacana é a simplicidade, independente de cargo ou poder aquisitivo.

Digo isso para ilustrar meu encontro com o petista Jorge Samek, diretor-presidente da Itaipu Binacional , no embarque do voo Brasilia Curitiba em 2 de janeiro. 

Com visu de militante pós ato político - shorts jeans e camiseta customizada da CUT - cumprimentei-o encabulada ao mesmo tempo em que falei que meu traje não combinava com o impecável terno e gravata do ilustre passageiro.

“Não vejo a hora de tirá-lo. Daqui a pouco estarei igual a você”, disse Samek, dirigindo-se às poltronas côncavas da TAM na classe econômica.

Remédio prá boi dormir

A denúncia da máfia das próteses coloca em questionamento também a indicação dos remédios alopáticos.

Você está na sala de espera a aguardar pacientemente a vez do atendimento e eis que um homem portando uma maleta pesada entra na sala do médico antes de qualquer outro paciente.

É o representante de laboratórios.

Enfiam-lhe goela abaixo remédios e mais remédios, da moda, do custo alto, do ganho atravessado e dos interesses meramente mercadológicos.

sábado, janeiro 03, 2015

Posse da Dilma. O que a midiazona não mostrou

Calor de quase 40 graus. Nem meio dia, gente e mais gente rumo à Praça dos Três Poderes. Centenas, milhares. No caminho, bandas locais se revezam num grande palco. A luta contra a violência das mulheres é constantemente lembrada nos microfones.

O vermelho das bandeiras contrastam com o verde do gramadão. As camisetas vermelhas, com o azul do ceu.

Os coqueiros próximos do Palácio do Planalto fornecem a sombra precisa do momento. Milhares sentam no chão, cansados de longas viagens. Arriscaram até uma soneca para aguardar a chegada da presidenta reeleita.

O descanso dura pouco. A fim de conseguir um lugar de boa visibilidade, os “romeiros” se postam no gargarejo do Palácio do Planalto ou nos alambrados. Dali não arredam o pé, mesmo sob o sol escaldante.



Gente de toda parte. O rapaz ao meu lado, conversa insistentemente no celular. Fala com o pai, lá em Minas Gerais. O velho assiste a posse pela TV e tenta informar os passos da Dilma para que o filho possa vê-la em um ângulo privilegiado na saída do Congresso. Aliás, quem estava próximo, mesmo do lado de fora, pode ouvir a fala da Presidenta. Nos 40 minutos do discurso, aplausos e comentários de aprovação ao conteúdo.

Ao ver Dilma Rousseff passar a revista nas tropas das Forças Armadas, elegantemente vestida, altiva, dá um arrepio no coração. É como se daqui a uns cem anos alguém dissesse: “o Brasil já teve uma Mulher Presidenta. Só que faz tanto tempo!” 

 

Dilma e filha. Uma a dar força a outra. Estiveram juntas em todos os momentos da posse.

O telão ajudou os mais distantes da rampa, mas não muito. Assistir ao vivo Dilma colocar a faixa presidencial, vê-la no parlatório a dar seu recado aos brasileiros, mesmo de longe, rendeu muitos, muitos selfies e muitos, muito gritos de “Dilma, eu te amo”. 

 

As urnas mostraram que 54.501.118 de brasileiros apostaram no Partido dos Trabalhadores para fazer as mudanças que o Brasil precisa. Dilma sabe da responsabilidade e tem coragem, saúde e honradez para dar conta do recado.

Boa sorte Presidenta.