segunda-feira, abril 24, 2017

Moro recua. Depoimento do Lula é adiado

A Folha diz que o depoimento da Lava Jato que iria acontecer no dia 3 foi remarcado para 10 de maio. Ainda, segundo o jornalão, Moro precisa de mais tempo para organizar a segurança; que o feriado de 1º de maio dificultaria ainda mais os preparativos do cadafalso.
Desculpa esfarrapada. Segurança não é problema na República de Curitiba. A Lava jato dispõe do Exército, das policias, do escambau para dar-lhe guarida a qualquer momento, em qualquer circunstância.
O recuo estratégico do Moro diz respeito a outra questão. 

 Até o dia 3 teria a operação provas, consistência jurídica e ambiente político para prender o Lula? Haveria tempo hábil para organizar, compilar o conteúdo das delações vomitado pelos empreiteiros? Estaria Moro “convicto” dos crimes do ex presidente?
Que ninguém se engane. Os preparativos aos quais Moro se refere é dar um final apoteótico à operação simbolizada no Lula atrás das grades.
Só as ruas salvam.

sexta-feira, abril 21, 2017

Saúde à beira do caos

Especial Curitiba
 
Atendimento precário, tempo de espera bate recordes, falta de remédios nos postos.

Este é o suplício dos curitibanos usuários dos servicos da saúde na capital paranaense.

Recursos mal geridos e prioridades invertidas, em tese, deveriam merecer atenção do prefeito Greca, o homem que disse vomitar com cheiro de pobre na campanha.
Mas não é bem assim.

Pergunta-se: quanto a prefeitura gasta com comissionados e afins? Quanto a prefeitura gasta em frota pra levar bacana pra baixo e pra cima? Quantos sinecuras teve que abrigar na prefeitura em troca do apoio do Beto Richa?

O preco da passagem do ônibus Greca já elevou às  alturas - de R$ 3,70 para R$ 4,25.
Agora sinaliza  com aumento de impostos e retirada de direitos do funcionalismo pra aumentar o caixa.

Bem ou mal, o prefeito anterior dava conta da demanda.

E o povo?  Bem, este é apenas um detalhe.

quinta-feira, abril 13, 2017

O povo é tão hipócrita quanto aos políticos

A recente divulgação da lista suja do ministro Facchin suscitou desejos incontidos de apedrejamento na classe politica.

Os 83 nomes listados no esquema  deslegitimou  partidos e jogou os políticos indistintamente na vala comum.

O pensar foi substituído pelo julgamento seletivo raivoso imediatista.
Toda essa turbulência deveria servir às pessoas, principalmente aos críticos de plantão, estímulo à reflexão sobre costumes da praxis política.

É uma farra surreal. Dinheiro limpo dado ao presidente da Associação de Moradores, à “liderança do bairro", a generosidade do ônibus pra levar gente em velório, o acerto da conta de luz atrasada... alguns  exemplos  do cotidiano das campanhas eleitorais.
Ainda tem a gráfica que produz panfletos superfaturados pra lavagem de dinheiro. Papéis inúteis, cujo destino é a imundície feita nas ruas próximas aos locais de votação.

O povo é cumplice da origem obscura do dinheirão gasto em campanhas eleitorais.  Não pergunta de onde vem a grana. Mas se aproxima como ave de rapina junto ao político para usufruir da mamata. Promessa de grana, voto garantido.   
Outro equívoco costumeiro é o do Data Povo.

Os eleitores avaliam a densidade eleitoral do candidato pela magnitude da campanha. Campanhas ricas, com material farto e estruturas de pompa, merecem maior credibilidade. Significa chance maior de vitória nas urnas.
Então, a corrupção na classe política é uma via de mão dupla.