quinta-feira, abril 13, 2017

O povo é tão hipócrita quanto aos políticos

A recente divulgação da lista suja do ministro Facchin suscitou desejos incontidos de apedrejamento na classe politica.

Os 83 nomes listados no esquema  deslegitimou  partidos e jogou os políticos indistintamente na vala comum.

O pensar foi substituído pelo julgamento seletivo raivoso imediatista.
Toda essa turbulência deveria servir às pessoas, principalmente aos críticos de plantão, estímulo à reflexão sobre costumes da praxis política.

É uma farra surreal. Dinheiro limpo dado ao presidente da Associação de Moradores, à “liderança do bairro", a generosidade do ônibus pra levar gente em velório, o acerto da conta de luz atrasada... alguns  exemplos  do cotidiano das campanhas eleitorais.
Ainda tem a gráfica que produz panfletos superfaturados pra lavagem de dinheiro. Papéis inúteis, cujo destino é a imundície feita nas ruas próximas aos locais de votação.

O povo é cumplice da origem obscura do dinheirão gasto em campanhas eleitorais.  Não pergunta de onde vem a grana. Mas se aproxima como ave de rapina junto ao político para usufruir da mamata. Promessa de grana, voto garantido.   
Outro equívoco costumeiro é o do Data Povo.

Os eleitores avaliam a densidade eleitoral do candidato pela magnitude da campanha. Campanhas ricas, com material farto e estruturas de pompa, merecem maior credibilidade. Significa chance maior de vitória nas urnas.
Então, a corrupção na classe política é uma via de mão dupla.

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