domingo, fevereiro 24, 2013

Passeio Público. Faz tempo que você foi lá?


Às vezes almoço aos sábados no ex Pasquale e aproveito para andar um pouco e observar o vai-e-vem de dos frequentadores do histórico Passeio Público de Curitiba. Mulheres e homens maltratados andam para lá e para cá em passos lentos, quietos. Combinam os encontros amorosos numa discrição não planejada, sentados nos bancos sob a sombra das árvores frondosas. É um cenário meio nelsonrrodriguiano  às  avessas.
No parquinho, a criançada se diverte e curte o velho Passeio da mesma forma que gente adulta pratica exercícios físicos na academia ao ar livre. Muitos fazem caminhada no entorno.
Essas pessoas são a cara do Passeio e são interessantes. Tudo na mais perfeita harmonia.
Decadente mesmo está o local destinado aos poucos animais (répteis) ainda enjaulados. O  olhinho das crianças brilha ao ver as cobras se mexendo atrás do vidro, mas a impressão que dá é a que os bichos estão desnutridos, sem vida. Alguns compartimentos vazios ajudam a deixar o ambiente mais empobrecido.
Querem mexer com o Passeio? Modernizá-lo? Que tal deixar as pessoas em paz e cuidar dos bichos. 

sábado, fevereiro 16, 2013

Marina Silva: partido novo, velhas práticas


Nasce um partido falacioso  e confuso.  Faz-se esta referência  à recente agremiação partidária chamada de Rede Sustentabilidade encabeçada por Marina Silva, candidata que amealhou 20 milhões de votos na última eleição presidencial, na época filiada ao PV. O começo da militância política foi no PT.
A relutância em acreditar na boa fé da Rede é eivada de questionamentos.
Como acreditar num partido que diz nascer com o objetivo de estabelecer novas formas de relações na política, mas que admite alianças da forma tradicional vigente no sistema?  Como levar a sério um partido que  diz que o foco não é só eleição, mas que admite de cara  lançar candidatura em 2014?
Não se coloca em dúvida a intenção do partido da Marina em debater um mundo melhor  para as pessoas.  Mas, se legalmente criado, o objetivo é participar de disputas eleitorais, sim. Se contrário, que se fortaleçam os  movimentos  organizados  ou fóruns permanentes de luta por alguma causa,  Quem cria partido é porque busca o poder ou sonha com ele. O resto é balela.
Cai também por terra o discurso da novidade, Ora, se já existe sinal de candidatura à vista, se já há predisposição de diálogo para formação de alianças, então tudo é igual, tal como está. O fato de o partido  rejeitar rótulo de esquerda ou de direita é cópia do discurso do  PSD do Kassab.  Quer postura mais tradicional?
Vamos à desmistificação.  Até prova ao contrário, no ambiente político funciona assim: o sujeito é ficha suja  mas pode amealhar votos. E nenhum candidato seria louco a ponto de desprezá-lo.  E não se fala mais nisso.

terça-feira, fevereiro 12, 2013

A arte da sétima arte


Quem diria! Campo Mourão tinha três cinemas na década de 60: os Cines Mourão, Império e Plaza. O Mourão fechou cedo, o Império resistiu mais um pouco e o Plaza foi mais longe.
Dá-lhe Mazzaroppi.  Dá-lhe far west.  Enquanto o mocinho sofria, a plateia permanecia no maior silêncio. Em compensação, nos momentos de glória, muito bate pé-no-chão,  assobio e gritaria. Os heróis saiam da tela e  invadiam o coração da moçada da  poltrona. Sim, era uma verdadeira torcida. Alegria plena.
Na Semana Santa gente dos distritos vizinhos faziam filas na porta do cinema. Qualquer sacrifício validava o esforço prá ver a Paixão de Cristo, em preto&branco e cheio de chuviscos. A qualidade da fita menos importava. Muito choro, tristeza de verdade, nas cenas da crucificação do Homem.     
Brigitte Bardot, Annie Girardot, Alain Delon  e outros franceses. Oh! Quanta devassidão.  Os filmes  desses feras passavam de terça a sexta. E  por que? Porque continham cenas impróprias e por isso eram dirigidos a um público menor. Jovens mourãoenses  mentiam a idade no esforço de assistir uma cena de beijo mais ousada ou mostra de sutil nudez.
Antes da  sessão  começar, os mocinhos desfilavam pelos corredores – sempre de lá e para cá – a olhar as mocinhas comportadas sentadas nas poltronas. Ciente de que seriam paqueradas, elas chegavam mais cedo e escolhiam um bom lugar, geralmente próximas do corredor, para serem facilmente vistas. O risco de ficar mal falada exigia muito disfarce e discrição.  No apagar das luzes, o rapaz sentava ao lado da moça e...
Olhar maroto,  mão na  mão, depois mão no ombro e até o final da sessão, um  beijo roubado. Assim começavam muitos namoros. Depois evoluia para namoro firme.  As salas do cinema testemunharam muitas dessas paixões.
Saudades. Bons tempos. Boas lembranças.

domingo, fevereiro 10, 2013

Curitiba tem Carnaval? Tem, sim sinhô.

Relutei ao máximo em fazer comentário sobre as comemorações do Rei Momo em Curitiba, mas não resisti. E por que a resistência? Porque temo fazer injustiça aos organizadores e componentes das escolas. 
A polêmica é: acabar com os desfiles? Se mantê-los, pensar num novo formato, mudar o local da apresentação, rediscutir os investimentos? Pois bem.
Temo que as opiniões advindas destes questionamentos sejam emitidas por gente que apenas conhece o carnaval de Curitiba pela televisão ou porque ouviu comentários desanimadores. Os burocratas de plantão também gostam de opinar sem conhecer a realidade.
Diálogo
A resposta das inquietações sobre o Carnaval de Curitiba deve ser dada pelos que pisam na avenida e revivem tradições de Mestre Sala, Porta Bandeira, Rainha de Bateria, símbolos estes não contemplados nos blocos comuns de diversão carnavalesca. Há quem diga que é muito gostoso desfilar na avenida.
Acreditar, profissionalizar e cobrar resultados. A prefeitura, via Secretaria da Cultura, deveria pensar neste trinômio.
Acreditar na viabilidade do carnaval em Curitiba, profissionalizar os idealizadores na busca de parceiros e parcerias e cobrar resultados do investimento público.

sábado, fevereiro 02, 2013

Presidenta Dilma estará em Cascavel e Arapongas-PR na próxima 2ª


A presidenta Dilma Rousseff estará no Paraná na próxima segunda-feira (4), ela irá visitar Cascavel e Arapongas. A agenda da presidenta sofreu pequenas alterações, diferentemente do divulgado, ela estará em Cascavel pela manhã e em Arapongas no período da tarde.
Dilma visita os municípios  acompanhada da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e do secretário nacional de Agricultura Familiar, Valter Bianchini.
A partir das 10h30, a presidenta participa do Show Rural Coopeval, em Cascavel. Na ocasião, ela irá fazer a entrega de 29 retroescavadeiras, sendo 20 para municípios do oeste e nove para cidades do sudoeste.