quinta-feira, setembro 20, 2012

Mulheres são sabatinadas na ACP

À esquerda, de óculos, prof.ª Josete

Candidatas vereadoras de Curitiba de todos os partidos participaram ontem de uma rodada de conversa na ACP Associação Comercial do Paraná, evento promovido pelo Conselho da Mulher Executiva (CME) da entidade.

Cada uma das 35 mulheres teve a oportunidade de apresentar suas propostas e de falar um pouco sobre o papel da mulher na política.

É geral o sentimento de que há recusa da sociedade em acreditar no potencial das mulheres no ambiente político. Cada uma com seu jeito e crença, expressou o desejo de romper os modelos que levam o afastamento da mulher das áreas ditas masculinas.
Parabéns a todas e, em especial, as candidatas Elza Campos (PCdoB) e Profª.Josete(PT), ambas guerreiras por natureza e de uma lucidez ímpar  quando a luta envolve a defesa da mulher nos espaços de poder.
Em destaque, Elza Campos (PCdoB)
A coordenadora do CME, Jandira Scussel, e o coordenador do Conselho Político, Gláucio Geara, apresentaram às candidatas os documentos “Mais Curitiba” e “O Brasil que queremos”, elaborados com o apoio da ACP. 

domingo, setembro 16, 2012

Apedrejam o Zé como se ele fosse um nazista exterminador de judeus


A Isto É desta semana traz na capa a manchete "Chegou a vez de Zé Dirceu". Ufa! Até que enfim!

Militantes petistas conscientes sabem que o Zé foi fundamental no processo que levou Lula à Presidência. É sabido que - se não fosse o Zé – o Brasil possivelmente estaria nas mãos do que há de mais podre na política brasileira. Se não fosse o Zé, os brasileiros ainda estariam dizendo amém para a direitona  dissimulada, representante do atraso e da miséria que durante décadas foi praga para o sofrido povo.
Reconhecer os avanços sociais e atribui-los aos movimentos de esquerda não significa passar a mão na cabeça de desonestos. É apenas fazer justiça com a história e respeitar os fatos.
Qual o crime que o Zé cometeu? Aquele que o desvairado, o justiceiro Roberto Jefferson, do alto da sua eloquência verbal, alardeou aos quatro ventos? Que prerrogativa tem este senhor para atirar tanta pedra com a conivência velada do PIG?
Cá entre nós, essa troca de favores incriminatória entre legislativo e executivo  atribuída ao Zé, é estapafúrdia. Nos oito anos de FHC, o toma-lá-da-cá fazia parte das relações e tudo era normal. Tão normal que da noite para o dia o congresso aprovou o instituto da reeleição a fim de garantir mais um mandato para o homem. Sem diálogo e sem debate.    
A atenção da sociedade, da imprensa agora se volta para o julgamento do quase réu Zé.  A hora do Zé é a mais esperada. É uma espécie de catarse. Tem gente tão feliz com a suposta condenação que dá risada sozinha. “Vamos exterminar, acabar, massacrar o Zé”!
Olha só. Eu também tô nessa. Quero acabar com o Zé, mas desde que alguém me diga e mostre provas dos crimes que ele cometeu.    


quarta-feira, setembro 12, 2012

Dicas para escolher um vereador


O que mais se houve na propaganda dos vereadores, tanto no rádio como na TV, é:

Pela ética na política, vote em fulano de tal...
Contra a corrupção, vote...
Não se deixe enganar, vote...
Mais saúde, mais educação, mais isso, mais aquilo, vote..
Pela renovação, vote.... (estreante ou jovem filho de político conhecido na praça)
.
Jesus, quanta besteira ouvida e digerida em época de eleição. Caro leitor: Qual a contribuição destas mensagens na escolha do voto? Nada. Absolutamente nada.

Primeiro é preciso que estes candidatos saibam o sentido destes slogans  e como eles poderiam se  transformar em ações no dia-a-dia parlamentar.

O que é ser honesto? O que é “não ser corrupto”? O que é renovação? Renovar significa avanço nas relações democráticas?

Vamos lá. Vereador eleito que se junta ao bloco dos que dizem “amém” para os projetos encaminhados pelo  prefeito à câmara é um desonesto de carteirinha. E eu vou dizer o porquê.

Uma das funções do nobre edil é  fiscalizar o erário, é saber onde as verbas serão aplicadas e como serão geridas. É pensar coletivo os problemas da cidade e priorizar projetos de interesse  real da comunidade. Só que não é isso que acontece. Para não se indispor, muitos vereadores validam o orçamento do jeito que o executivo manda. Isso gera desperdício para o município. E se o vereador é conivente com o prejuízo, ele então é desonesto.

Vereador não é despachante. Ouço pessoas dizerem que vão votar neste ou naquele candidato porque ele colocou luz no poste, tirou mato da praça ou asfaltou a rua.
Desde quando vereador faz alguma coisa, cara pálida? O máximo que ele faz, é pedir para que a assessoria encaminhe um ofício à prefeitura com a solicitação devida. Eles ganham muito para que o mandato se reduza a essas querelas. Faça você mesmo a reclamação à prefeitura. Ligue 156.

Candidato jovem é sinônimo de virtude? Nem sempre. Esse candidato costuma associar  a juventude à ausência de vícios no ofício da política. Mas não é bem assim. Um candidato tem que ser sensível aos problemas da população e entendê-los no melhor dos sentidos para propor soluções. Filhinhos de papai, jovens enveredados na política para eternizar sobrenome de velhas raposas é ruim prá democracia. É ruim prá todos.

Mais uma incompetência do Ducci


O Terminal do Cabral, reformado recentemente com o objetivo de facilitar a vida dos milhares de passageiros que passam por ali todos os dias, ficou pior do que era antes. 
Os corredores subterrâneos que dão acesso às conexões ficaram sem acabamento nas escadas, paredes e chão, parecendo entrada de covil de ladrões; nas escadas que dão acesso às plataformas não existe uma placa de indicação das linhas. A confusão aumentou e o aperto piorou. Quer mais?

Fruet 12 e os sindicalistas: apoio total


Por Marisa Stedile

O Encontro de sindicalistas que apóiam Fruet e Mirian realizado nesta terça-feira no Bar Acadêmicos do Salgueiro empolgou a militância sindical de Curitiba. Foram 21 entidades entre federações e sindicatos ligados a Central Única dos Trabalhadores e dois sindicatos independentes. A direção da CUT prestigiou o evento prestando apoio à Coligação Curitiba quer mais!
Mirian Gonçalves se emocionou ao encontrar sindicalistas históricos, lembrando sua ,trajetória dentro do PT. Ela fez questão de ressaltar o orgulho que sente deste partido, cuja capacidade transformadora foi provada durante os dois mandatos do Presidente Lula e agora com a Presidenta Dilma.
O Prefeito Gustavo Fruet 12 recebeu calorosos aplausos ao afirmar que sua coligação não é com mensaleiros mas sim com Partidos sérios, comprometidos com a sociedade brasileira, e que em sua vida nunca aceitou cargos ou favores políticos. Ele também destacou que não se intimida com ataques rasteiros de seus opositores, principalmente do atual prefeito, que vem usando a imagem da presidenta Dilma em seus programas eleitorais ao mesmo tempo que acusa de incoerente a coligação feita entre o PDT e o PT. Para os sindicalistas presentes ao encontro ficou o compromisso com a candidatura e principalmente com as mudanças que nossa cidade precisa. O tom do encontro foi de mobilização rumo à vitoria.

domingo, setembro 09, 2012

Gente da cidade grande invariavelmente sofre com:


Ônibus atrasado e lotado, sempre.
Com a falta de estacionamento,
Com engarrafamentos,
Com demora no atendimento médico, principalmente de especialistas,
Com falta de vagas nas creches,
Com falta de lugar para encaminhamento e tratamento de drogaditos,
Com medo de roubos e assaltos...

Nestas eleições, o DUCCI  diz que apontar estas carências é falar mal de Curitiba.  É a tucanada empurrando a poeira prá debaixo do tapete na marra.

sexta-feira, setembro 07, 2012

Pedalando no feriadão



Olha só que legal! Seis jovens resolveram descer a serra de bicicleta neste feriado. A ideia é chegar em Guaraqueçaba amanhã à tarde (8 de setembro). Esta pacata cidade do litoral norte paranaense  está localizada a 180 km de Curitiba.
Antonina – metade  do percurso – será o ponto de parada para o pernoite.
Vamos lá, turma da Sandra!  A vizinhança da Carlos de Campos está torcendo por vocês. 

quinta-feira, setembro 06, 2012

Juventude no semblante, um canal de TV nas mãos e um partido nanico

Há pouco mais de vinte anos, o Brasil elegeu um presidente da República que deu o que falar. O bonitão, dono da TV Gazeta de Alagoas, afiliada da Rede Globo, Fernando Collor de Melo. O extinto PRN, partido criado para dar-lhe sustentação nas eleições, dilui-se no tempo sabe-se lá o porquê.

O curitibano gostou da novidade, tanto que Lula perdeu para Collor nos dois turnos em Curitiba.

O pai é um dos apresentadores mais conhecidos da TV e esbanja popularidade com seu jeitão simples e irreverente. Nos programas do horário político, orgulha-se dos seus 31 anos, como se esse predicado fosse imprescindível no currículo do candidato. O partido? O PSC, legenda com apenas sete deputados federais e um senador no Congresso Nacional.

Qualquer semelhança é mera coincidência (ou não) com os rumos das eleições para a prefeitura da capital paranaense.

Mas nem tudo são flores para o jovem candidato. Uma senhora bem apessoada pertencente à tradicional família curitibana - essas do gênero “Cansei” - lamentava: “Ele é tão bonitinho, capacitado, mas Curitiba não merece um prefeito com o nome de Ratinho.”

Calma minha senhora. Depois eles mudam de nome. O João do Suco não virou João Luiz Cordeiro? Ratinho vira Carlos Massa num piscar de olhos.

Agora É torcer para que curitiba NÃO SEJA VITIMA DO 1º  IMPeaCHMENT NA HISTORIA DA POLITICA PARANAENSE.
Aí seria coincidência demais

segunda-feira, setembro 03, 2012

De Arequipa para o Vale Del Colca


O ponto de partida para o Vale del Colca é Arequipa, segunda maior cidade do Peru, com quase um milhão de habitantes. A cidade é ladeada de vulcões e o principal é o El Misti.  Fica num deserto montanhoso no oeste dos Andes, a uma altitude de três mil metros acima do nível do mar. Espessas camadas de lava vulcânica cobrem grandes áreas de sua geografia.
Paisagem comum nos Andes. No fundo, um vulcão.
A cidade surpreende pelo comércio e o grande número de restaurantes e pubs de bom gosto. Sob o aspecto cultural, transformado em museu, o Convento de Santa Catelina reúne peças preciosas de costumes religiosos e arte sacra dos séculos XVIII e XIX.
Um charmoso bar no centro de Arequipa
   
Vale del Colca
O Vale del Colca está a poucas horas ao norte de Arequipa, onde se encontra o Rio Colca e o Canyon del Colca.
O percurso deste lugar se constitui de interessantes paisagens naturais e de animais andinos como os condores, lhamas, alpacas e vicunhas.
Alpacas nos Andes peruanos. Animais muito mansos.
Para chegar a este vale é necessário subir a aproximadamente 3400 m sobre o nível do mar. Mais acima, a quase 5 mil m de altura, estão os picos nevados. Uma paisagem deslumbrante se descortina entre gelo, pedras, lavas vulcânicas e uma vegetação rasteira de cor meio amarelada, marcando o período das secas nos Andes.
Chapeu e mangas compridas para se proteger do sol forte. Marca do visual das artesãs andinas
Três pedras - uma em cima da outra - segundo a crença andina, é uma forma de fazer oferenda aos deuses. Os turistas seguem à risca a tradição. Cada um que passa pelo topo da cordilheira faz questão de empilhar pedrinhas e a paisagem ao longe fica parecida com uma cratera lunar.
De Arequipa ao Vale do Colca, o primeiro povo que se encontra é o Chivay.  Neste local, de um mirante natural se pode ver o voo dos condores em seu ambiente natural e vulcões ao redor.
Durce e Eliana em ensaio fotográfico no Vale del Colca
Reconhecido como um dos maiores canyons naturais do planeta, o Vale del Colca oferece um dos mais bonitos cenários naturais em um aglomerado de montanhas nos andes peruanos.
No fundo do canyon a vegetação é verde. Um rio de águas límpidas sugere uma parada para relaxantes banhos nas piscinas térmicas, permitida a todos visitantes a um custo de U$ 10.
No coração dos Andes, piscina de águas termais


Puno: porta de entrada do Lago Titicaca


Puno é uma cidade localizada no extremo sul do Peru às margens do lago Titicaca e se situa a 3.827 acima do nível do mar. Puno tem um clima seco e a temperatura chega facilmente abaixo de zero nos meses de julho e agosto. Boa parte de sua população é descendente de dois grupos étnicos andinos: Quéchua e Aymara.
O Lago Titicaca é a grande atração de Puno, com uma área de 8.560 km2. É o maior e mais alto lago navegável do mundo e divide o Peru da Bolívia. A temperatura de suas águas varia de -3ºC à 13ºC. Ali nasce o Rio Amazonas.
O artesanato é uma importante fonte econômica na região

Como as demais cidades do Peru, as feiras livres e mercados de artesanato tomam conta das ruas. Tanto o movimento de pessoas como a extensão da feira são muito grandes. Chama atenção a grande variedade de batatas (papas) e de milho (maiz). Os artesanatos: bolsas, gorros, xales, mantas, ponchos, meias – todos com muitas cores – dão vida à árida paisagem andina no período das secas.  

Outro dia
Conhecer o Titicaca significa madrugar para concentrar o passeio em duas atrações: Ilhas Uros e Taquille, cada uma com sua beleza e particularidade.

Ilhas Uros: flutuante
As ilhas Uros, que ficam a 30m de barco de Puno, na verdade não são ilhas comuns e sim uma justaposição de várias camadas de totora sobreposta em cubos parecidos com xaxim.
Totora é um tipo de junco abundante do lago, o que faz com que as ilhas flutuem.  Para que não se movam lago adentro, são ancoradas no fundo com cordas. Sobre elas os Uros constroem suas casas e tudo o que precisam também com a própria totora, incluindo seus barcos que eles mesmos comparam com uma gôndola.
Casas e chão da ilha são feitos de totora
No arquipélago móvel vivem 32 famílias, aproximadamente 500 nativos. Tem escola até o 1º grau e posto de saúde. Vivem da pesca, venda do artesanato e do turismo. O passeio de 15m da gôndola – o barco de totora - custa 15 soles por pessoa.  De qualquer forma, impressiona e adaptação a essa estranha forma de viver. Eles falam os idiomas Quéchua e Aymara.
Os turistas são recepcionados pelo líder da ilha, que juntamente com o guia, explica como a ilha é construída e mantida, através da montagem de uma maquete. Após a orientação cada grupo é convidado à visitar a oca de uma família e conhecer seu artesanato.
Líder simula a construção da ilha através de maquete
Embora os uros tenham vivido sempre nas ilhas, percebe-se mudança na hábitos, a exemplo de um aparelho de televisão ligado na oca do líder da comunidade. “Graças ao Fujimori”, disse o líder, satisfeito por ter uma TV em duas cores de 14 polegadas pendurada no teto da pequena oca.

Ilhas Taquille
Na sequência do passeio, mais 2h lago adentro e lá está a ilha Taquille. Ao contrário de Uros, é uma ilha propriamente dita – uma porção de terra cercada de água por todos os lados-  mas o grande diferencial é sua população.
Pedras e muita subida em Taquille
A ilha foi habitada originalmente pela cultura Pukara que desenvolveu as primeiras terras para o plantio. Foi então dominada pela cultura Tihuanaco que falava Aymara e no século XIII foi então dominada pelos Incas que trouxeram o Quéchua. Em 1580 a ilha foi comprada pelo espanhol Pedro Gonzalez de Taquille que influenciou no costume e na vestimenta de seus habitantes.
O almoço servido aos visitantes tem visual do Lago Titicaca
Devido a topografia em aclive, em Taquille não tem carro, bicicleta ou qualquer outro facilitador do trabalho humano. Todos vivem em comunidade e se ajudam mutuamente nos trabalhos de plantio e colheita. As vestimentas são muito peculiares. As mulheres sempre usam saia e um tecido negro na cabeça, semelhante às muçulmanas. Os homens com camisas brancas de manga comprida e um colete preto. A cor do gorro na cabeça identifica se ele é casado ou solteiro e se usar um chapéu negro sobre o gorro indica que é uma autoridade na comunidade. Um costume somente entre os homens casados é usar uma pequena bolsa para o transporte de folhas de coca que é trocada entre eles em roda de amigos. Realmente é incrível ver como uma comunidade pode manter suas tradições por tanto tempo sem sofrer a influência do mundo moderno.

Como agrado aos visitantes, os nativos fazem a apresentação da Dança do Matrimônio, embalada em ritmo andino, com vestimentas típicas da ilha.
Dança do matrimônio: Eliana (blusa amarela) foi convidada a entrar na roda.