domingo, setembro 16, 2012

Apedrejam o Zé como se ele fosse um nazista exterminador de judeus


A Isto É desta semana traz na capa a manchete "Chegou a vez de Zé Dirceu". Ufa! Até que enfim!

Militantes petistas conscientes sabem que o Zé foi fundamental no processo que levou Lula à Presidência. É sabido que - se não fosse o Zé – o Brasil possivelmente estaria nas mãos do que há de mais podre na política brasileira. Se não fosse o Zé, os brasileiros ainda estariam dizendo amém para a direitona  dissimulada, representante do atraso e da miséria que durante décadas foi praga para o sofrido povo.
Reconhecer os avanços sociais e atribui-los aos movimentos de esquerda não significa passar a mão na cabeça de desonestos. É apenas fazer justiça com a história e respeitar os fatos.
Qual o crime que o Zé cometeu? Aquele que o desvairado, o justiceiro Roberto Jefferson, do alto da sua eloquência verbal, alardeou aos quatro ventos? Que prerrogativa tem este senhor para atirar tanta pedra com a conivência velada do PIG?
Cá entre nós, essa troca de favores incriminatória entre legislativo e executivo  atribuída ao Zé, é estapafúrdia. Nos oito anos de FHC, o toma-lá-da-cá fazia parte das relações e tudo era normal. Tão normal que da noite para o dia o congresso aprovou o instituto da reeleição a fim de garantir mais um mandato para o homem. Sem diálogo e sem debate.    
A atenção da sociedade, da imprensa agora se volta para o julgamento do quase réu Zé.  A hora do Zé é a mais esperada. É uma espécie de catarse. Tem gente tão feliz com a suposta condenação que dá risada sozinha. “Vamos exterminar, acabar, massacrar o Zé”!
Olha só. Eu também tô nessa. Quero acabar com o Zé, mas desde que alguém me diga e mostre provas dos crimes que ele cometeu.    


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