sexta-feira, agosto 19, 2016

2016, o ano que não terminou


Contudo a Guerra do Vietnã tenha resultado em mais de um milhão de mortos, a imagem que mais chocou o mundo foi a foto em que uma menina nua chora e corre após um ataque de bomba de napalm.
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Gente em massa nas ruas. Caminhões de som, bandeiras e cartazes mudaram a paisagem das grandes e pequenas cidades brasileiras. Em Brasília, um muro separou a Esplanada. A esquerda de um lado, a direita do outro. Nunca se viu tanta civilidade e organização em manifestação politica. Era o show do golpe a nortear as ações da plateia pró e contra.

A dominação perversa continua. Sem recuos e protegidos na mídia, os cinicos tomam as rédeas do poder. Num estalar de dedos destroem conquistas sociais e trabalhistas conseguidas em árduas lutas do povo.

Voltamos ao pais do valor aos ricos e bem nascidos. Do amém ao imperialismo e da voz grossa ao latino.

Final de agosto vislumbra um novo show. Desta vez, prevê-se, com manifestação encolhida da direita. Já fizeram sua parte.

Aos defensores da democracia, a raiva incontida em imaginar onde chegamos e pra onde iremos.

Brasília promete manifestantes aos milhares na tacada final do afastamento da presidenta Dilma.

Para a história, apenas mais uma manifestação entre as tantas já ocorridas no Planalto Central.

A não ser que uma menina nua cruze a Esplanada, entre no Congresso e diga não ao golpe.