quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Mais Médicos e a Revolução Cubana

A operação organizada pela oligarquia do DEM corrompendo a doutora cubana Ramona Rodriguez, que desertou do Mais Médicos para servir a corporação médica empresarial e a direita brasileira, é um fato completamente previsível dentro da luta de classes. Apenas comprova o acerto do governo Dilma em promover o “Mais Médicos”. Também permite que as forças populares difundam junto à sociedade brasileira uma maior informação sobre o significado da Revolução Cubana e de sua imensa solidariedade internacionalista.

As primeiras brigadas médicas cubanas foram enviadas à África e lá estiveram sob comando de Che Guevara. Lutavam contra o colonialismo europeu. Há episódios em que africanos eram operados numa maca de bambu, ao ar livre, com o Che segurando uma lanterna para que cirurgiões cubanos pudessem salvar vidas. Muitos ficavam meses, anos, sem uma notícia de casa. A comida era escassa, chupavam ossos de animais, compartilhando-os com os africanos. O Apartheid e o colonialismo sofreram grande derrota onde estiveram os médicos e as tropas cubanas. Aqui, os defensores do estado mínimo estão sofrendo importante derrota com a parceria Brasil e Cuba. É urgente que esta cooperação bilateral se estenda aos campos da educação.

É indispensável divulgar o heroísmo destes médicos. Recentemente, estiveram junto aos afetados pelas enchentes no Espírito Santo e Minas, ombro a ombro. É essencial, politicamente, que as forças populares divulguem as conquistas da Revolução Cubana e também defendam as parcerias entre Brasil e Cuba, como na construção do Porto de Mariel. Esse porto dinamiza as forças produtivas da Revolução Cubana, e, junto com o Mais Médicos, injeta recursos na agredida economia ilhéu, permitindo que as ações de cooperação de Cuba com outros povos, nas áreas de saúde, educação ou esportes, sejam ampliadas, consolidando uma integração que está em construção. Esse é o desespero do DEM, que defende a bandeira de Menos Médicos para o povo!

E vê que o Che já não mais precisa segurar uma lanterna para iluminar uma cirurgia.

*Beto Almeida



Membro do Diretório da Telesur

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Relações perigosas: Sindimoc, empresários do transporte coletivo e prefeitura

O Sindimoc – como a própria sigla indica - é o sindicato dos motoristas e cobradores do transporte público, criado para defender os trabalhadores. Como capital e trabalho nem sempre andam juntos, pressupõe-se a independência do patrão nas reivindicações e negociações coletivas.

Simples. Mas não é bem assim que acontece no Sindimoc.

É difícil entender a relação existente entre o sindicato, empresários do transporte coletivo e a prefeitura de Curitiba.

Os trabalhadores do setor tem plano de saúde. Frise-se, nada contra ao benefício. Mas porque é a prefeitura a responsável pelas despesas do plano? A lógica diz que quem paga plano de saúde para os seus funcionários é o empregador e, na ausência, o próprio trabalhador. Ou ambos em rateio.

As greves deflagradas pela categoria passam pelo aval do patrão.

O Sindimoc pressiona a prefeitura por melhores salários ao invés de pressionar o patrão.

Se a prefeitura aumentar o preço da passagem o empregador aplaude.

Para os donos da frota é altamente vantajoso botar a peãozada na linha de combate para depois colher os polpudos lucros à custa do suor de quem pega ônibus todos os dias para ir ao trabalho.



Tá tudo errado.     

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Uma prévia da campanha eleitoral no Paraná

Se as pesquisas forem desfavoráveis ao Beto Richa, a justiça proibirá a divulgação. Motivo: A metodologia não atende as normas da legislação em vigor. Quais normas? A resposta será esclarecida depois do pleito.
Se o principal adversário do governador falar as palavras - Estado quebrado, má gestão, nepotismo, desfalque – de imediato será enquadrado nos crimes de injúria, calúnia, difamação, sob pena de cassação da candidatura caso insista na mesma prática vocabular.
Caso o principal adversário do governador apresente propostas nas áreas da saúde, educação, cultura, segurança, infra estrutura, será ridicularizado: Motivo: plágio dos excelentes serviços públicos prestados ao Paraná.
O principal adversário do governador que viajar, conversar com o povo paranaense, será processado. Motivo: campanha antecipada.
Em cada cidade, em cada esquina, haverá um cabo eleitoral do governador - comissionado tratado a pão-de- ló desde já - para manter a fidelidade e a boquinha futura .
Em cada sala de ar condicionado, em cada computador, haverá um cabo eleitoral do governador a semear baixarias e contra informação - comissionado tratado a pão-de- ló desde já - para manter a fidelidade e a boquinha futura .
A justiça será ágil. Os processos serão elaborados na calada da noite e na manhã seguinte já terão parecer. Favorável ao Beto Richa, claro!