quarta-feira, dezembro 06, 2017

Experiências e coincidências

Compartilho com vocês uma história simples e afetuosa, dessas que acontecem só uma vez na vida.

Os alpes austríacos que rodeiam a cidade de Innsbruck compõem um visual  indescritível. A vista lá de cima é divinamente maravilhosa e, mesmo que você não curta esquiar, vale pena pegar o teleférico para curtir o panorama e tirar belas fotos.

Foi o que eu e mais três amigos fizemos naquela bonita cidade.  Do topo daquela montanha coberta de gelo se descortinava um horizonte degradê ornado com o azul do céu, o branco da neve e o verde tímido das coníferas tipicas das regiões geladas.

Me distanciei dos meus amigos. Eles decidiram subir a montanha mais um pouco a pé, enquanto que eu preferi  ficar na estação fornicular para apreciar a paisagem.

Olhei ao redor e vi um banco, daqueles de ripa e encosto para três pessoas. E pra lá fui, mesmo tendo um homem lá sentado. Os demais bancos estavam ocupados.

Pedi licença com o olhar e sentei-me ao lado daquele homem. Só ali bem perto percebi que  era um velho - aparentava seus 80 anos ou mais - e, com ele a lhe fazer compamhia silenciosa, uma linda border collie.

Do nada, comecamos a conversar. Eu no meu inglês macarrônico, ele no jeito calmo de falar.

Contou-me que tinha sido professor nos EUA
e que depois de aposentado escolheu Innsbruck para morar. Disse que vivia só e que Lucy era sua única companhia.

Gostei dele.

Pouco mais de meia hora de conversa, meus amigos chegaram. Tive que me despedir do meu inesquecível amigo.
Segurei as mãos daquele velho solitário, beijei-lhe a testa e fui. Também dei tiao pra Lucy.  Alguns passos, olhei para trás e vi que e os olhos do Ralf estavem cheios de lágrima.

De volta a Curitiba. 

Sem nada saber do acontecido na Áustria, minha vizinha ganhou uma linda cachorrinha  da raça border collie e a batizou de Lucy.
Atualmente a Lucy brasileira tem 8 anos e é minha melhor amiga canina.

terça-feira, setembro 26, 2017

As mulheres precisam de formação

Este é o entendimento recorrente nos encontros das mulheres petistas. E o que há por detrás desta reivindicação?
A percepção de que os avanços na  luta pela emancipação da mulher na sociedade sofrem recuos dado ao recrudescimento da direita no poder e o consequente conservadorismo emanado dessas forças no tecido social.
A pior constatação deste cenário, é que os valores da direita retrógrada atingem diretamente as mulheres.
Os debates até então havidos sobre a legalização do aborto foram menoscabos no governo golpista. Foram substituídos por crenças religiosas advindos da expressiva representação evangélica no Congresso Nacional.
Um novo padrão da mulher renasce das cinzas  simbolizado pela “bela, recatada e do lar”, mote criado pela Veja, a revista de grande circulação.
Secretarias e ministérios criados nos governos Lula e Dilma em defesa dos direitos às mulheres, orientadas à proteção das mulheres negras, LGBTs foram sumariamente excluídas da estrutura do Governo Federal.
Ainda de quebra, retrocesso na reforma das leis do trabalho prejudicial as mulheres, principalmente as gestantes.
As mulheres precisam conhecer e acompanhar a realidade, no sentido  de se contrapor às investidas machistas descompromissadas com o sentimento e aspirações da mulher na sociedade.  É preciso ser incansável na luta contra o neoliberalismo escravizante, donde o lucro tem mais valia que a vida.     

O Curso de Formação às mulheres é um instrumento importante para a reativação da coragem  e da crença coletiva de que a mulheres podem. Sim. As mulheres podem! 

quinta-feira, setembro 21, 2017

Eu vi em Auschwitz


Em trens pequenos e vagões sem janelas. Assim chegava gente de várias partes do mundo na Polônia. Famílias vendiam o pouco que tinham, juntavam bens e joias, sem jamais imaginar a armadilha que o destino lhes reservaria.
Seguiam pela longa viagem na expectativa de trabalho. Iam naquele comboio, literalmente amontoados e quase sem ar.
Na chegada, o choque. A decepção. A guarda nazista apreendia todos os pertences, inclusive alianças de casamento e ouro do dente.
É horrível. É triste. É chocante.
De fora, uma fileira de 28 enormes barracões. Um ao lado do outro.  A visita começa por um deles. Já de cara num dos compartimentos, montes e montes de calçados velhos. Do outro lado, milhares de óculos amontoados. Aqueles óculos redondos de aro fino usados na época da guerra. Mais a frente, um pavilhão com montes e mais montes de cabelos. O cabelo das mulheres era cortado para fazer agasalho.
Assusta o volume e quantidade dos objetos guardados expostos para visitação pública. Tem explicação. Foram mais de 1 milhão de judeus vitimados pelo nazismo. Ainda na lista persecutória, os negros, ciganos e homossexuais.
Nos demais barracões, lá para quem quiser ver, os beliches de três, quatro andares. Em cada piso do beliche, dormiam oito pessoas. Dava prá ver, super apertado. Muitos prisioneiros não conseguiam dormir. Dores, saudades, frio, os faziam tremer e chorar. O lamento coletivo.
Tifo e malária deixava-os fracos, impossibilitados ao trabalho escravo. Então a guarda abreviava vida. A fogueira funcionava a todo vapor. Crianças não aptas ao trabalho também eram queimadas.
O quarto do castigo era destinado a aqueles que não produziam a contento no eito. Um espaço de um metro quadrado, sem ar. Ali morriam.
Tentativas de fuga do campo eram severamente castigadas. Está lá o patíbulo, a forca, em local estratégico para que os demais pudessem assistir o castigo dos rebeldes ousados.
O tempo de refeição e das necessidades fisiológicas era controlado. Desobediências implicavam em castigo severos.  
O período de permanência no campo não passava de seis meses. Os prisioneiros morriam cedo vítimas da desnutrição, frio e doenças  provocadas pela imundície. Muitos pediam prá antecipar a morte dado o sofrimento desalentador.
Alguns barracões serviam de estábulo à cavalaria e ao mesmo tempo de dormitório.
A câmara de gás foi a forma mais utilizada pelos nazistas para matar os judeus.
...
Eu vi. A história está lá para quem quiser testemunhar.
De tudo, o que mais assusta é saber que em pleno século 21 - 70 anos após o registro do maior genocídio na humanidade - grupos autodenominados neonazistas surgem das trevas no Brasil.
É de se perguntar o que passa na cabeça de um jovem capaz de tatuar o símbolo nazista no corpo e exibi-lo como troféu de bravura.
Eles estão soltos por aí semeando ódio e discórdia, impunes.




sexta-feira, julho 28, 2017

Governo Federal e Rio juntos no combate à violência

As Forças Armadas estão nas ruas para proteger o povo carioca. A violência está sob controle? Menos manchete de gente morta?
Não. O problema não está resolvido. Apenas mais uma vez   postergado.
Por trás  de cada morte - quer do policial, quer do cidadão civil - há a má vontade histórica dos governantes em encarar de frente a questão do narcotráfico, realidade presente nos helicópteros planadores das fazendas em território tupiniquim. Na carnificina de negros, crianças e inocentes, há a intencional omissão do Estado no vai e vem  do tráfico de drogas e armas.  Atrás de cada vida ceifada há o vultuoso lucro não tributado da transação ilegal.
O tabu continua.
O tucano Raul Jungmann ministro da Defesa de Temer - cuja pasta não se sabe o que faz nem prá que serve – nem por um instante falou de ações efetivas para tornar a cidade maravilhosa menos perigosa.  A violência não surge do nada. Tem causa. Tem reação.

O exército fica na rua até o final do ano. Depois o Rio volta ao Deus dará.  

domingo, junho 11, 2017

Salvemos o Brasil

Michel Temer é capaz de tudo para salvar a pele. O jogo está empatado.

O país assiste passivo o ir e vir de um presidente sujo, golpista e rejeitado pela maioria do povo, a armar  sórdidas tramoias contra o STF;
a usar  estruturas do governo e prerrogativas do cargo para nomear e controlar as ações da Polícia Federal com o claro intento de bloqueio às investigações;
a perseguir e prejudicar empresas e pessoas que ousam incluir seu nome no rol dos corruptos;
a transformar o Planalto num bunker mafioso em próprio benefício.
As  cartas estão na mesa.
Meio congresso, contra. Meio congresso a favor.
Meio judiciário contra, Meio judiciário a favor.
Só resta ao povo o desempate.

domingo, maio 14, 2017

Diferenças e significados


Conheci dona Jandira no ônibus após o ato pró Lula na Praça Santos Andrade.
Há tempos não se via tanta gente vermelha, alegre, com adesivos na roupa e bandeira na mão no transporte coletivo curitibano.
Na voz dos seus 70 anos ou mais, escuto dona Jandira comentar com o vizinho de banco que estava na praça desde a hora do almoço; que não iria arredar o pé  de lá  até que o ex presidente chegasse.
Disse ainda emocionada, que seu maior sonho era tirar uma foto bem pertinho do Lula.
Pensei.
No palco, militantes e políticos às dezenas acostumados a poses e closes, acotovelando-se para aparecer bem na foto.
Eles, a alimentar o ego proporcional ao número de curtidas nas redes sociais.
Ela, dona Jandira, na esperança vã
de mostrar uma foto com o Lula à família, às comadres, às vizinhas da vila.

Não me contive. Perguntei o nome daquela senhora e disse: Não desanime.

sábado, maio 13, 2017

Toda unanimidade é burra

Combater a corrupção e punir quem a pratica é unanimidade universal.  Justamente por isso, como dizia Nelson Rodrigue, encarar a Lava Jato  como braço da  moral da Pátria  é burrice das grandes.
A mega operação criada para resgatar a moralidade dos homens, encontra-se em plena decadência moral.
No esforço inútil de dar cabo às esquerdas, Sérgio Moro  se perde na posição ora magistrado, ora destruidor de ideologias que não as dele. Moro trocou os pés pelas mãos.
Como dar crédito  à Lava Jato, quando dezenas de praticantes de atos ilícitos provados e comprovados há tempos  passeiam livres e desenvoltos pelos corredores palacianos de Brasília? Em São Paulo também.
Como avalizar os atos do Moro,  juiz  que interroga  Lula alicerçado em  documentos sem assinatura? Ou então que envolve a falecida dona Marisa, em citações  constrangedoras ao ex presidente?  
 Como levar em frente o processo, quando um juiz determina o encerramento do Instituto Lula baseado num parecer inexistente  do Ministério Público?
Como  levar a sério o judiciário, quando um juiz  que - pela aparência a vida nada lhe ensinou –  vai na TV e se diz convicto dos “crimes” do Lula? Crimes desenhados em bolinhas de power point?
Tenho pena do brasileiro que ainda acredita na Lava Jato. O sonhado fim da corrupção cantado em verso em prosa pelos  verde-amarelo que foram as ruas ruiu. Desvaneceu.

Resta ao juiz Sérgio Moro por a cabeça no travesseiro e se perguntar:  “Aonde foi que eu errei?”

sexta-feira, maio 05, 2017

Mindo cão

Polícia Militar joga bomba em  moradores  de rua que estavam dormindo no ponto do ônibus em frente o Jardim Botânico.

Na canaleta do expresso em frente o Walmart do Cabral, um guardador de carros estendido no asfalto com a metade do corpo na pista. Parecia dormir.

Um comboio de viaturas da Polícia Federal passa, sirenes ligadas, e pessoas atentas a observar a cinematográfica ação policialesca.

Maldito sistema, onde o menosprezo da vida de humanos desgarrados chama menos atenção que o barulho de carro de polícia.

PS. Implorei, gritei, discursei até que um outro guardador arrastou  o pobre cidadão para a calçada.

segunda-feira, abril 24, 2017

Moro recua. Depoimento do Lula é adiado

A Folha diz que o depoimento da Lava Jato que iria acontecer no dia 3 foi remarcado para 10 de maio. Ainda, segundo o jornalão, Moro precisa de mais tempo para organizar a segurança; que o feriado de 1º de maio dificultaria ainda mais os preparativos do cadafalso.
Desculpa esfarrapada. Segurança não é problema na República de Curitiba. A Lava jato dispõe do Exército, das policias, do escambau para dar-lhe guarida a qualquer momento, em qualquer circunstância.
O recuo estratégico do Moro diz respeito a outra questão. 

 Até o dia 3 teria a operação provas, consistência jurídica e ambiente político para prender o Lula? Haveria tempo hábil para organizar, compilar o conteúdo das delações vomitado pelos empreiteiros? Estaria Moro “convicto” dos crimes do ex presidente?
Que ninguém se engane. Os preparativos aos quais Moro se refere é dar um final apoteótico à operação simbolizada no Lula atrás das grades.
Só as ruas salvam.

sexta-feira, abril 21, 2017

Saúde à beira do caos

Especial Curitiba
 
Atendimento precário, tempo de espera bate recordes, falta de remédios nos postos.

Este é o suplício dos curitibanos usuários dos servicos da saúde na capital paranaense.

Recursos mal geridos e prioridades invertidas, em tese, deveriam merecer atenção do prefeito Greca, o homem que disse vomitar com cheiro de pobre na campanha.
Mas não é bem assim.

Pergunta-se: quanto a prefeitura gasta com comissionados e afins? Quanto a prefeitura gasta em frota pra levar bacana pra baixo e pra cima? Quantos sinecuras teve que abrigar na prefeitura em troca do apoio do Beto Richa?

O preco da passagem do ônibus Greca já elevou às  alturas - de R$ 3,70 para R$ 4,25.
Agora sinaliza  com aumento de impostos e retirada de direitos do funcionalismo pra aumentar o caixa.

Bem ou mal, o prefeito anterior dava conta da demanda.

E o povo?  Bem, este é apenas um detalhe.

quinta-feira, abril 13, 2017

O povo é tão hipócrita quanto aos políticos

A recente divulgação da lista suja do ministro Facchin suscitou desejos incontidos de apedrejamento na classe politica.

Os 83 nomes listados no esquema  deslegitimou  partidos e jogou os políticos indistintamente na vala comum.

O pensar foi substituído pelo julgamento seletivo raivoso imediatista.
Toda essa turbulência deveria servir às pessoas, principalmente aos críticos de plantão, estímulo à reflexão sobre costumes da praxis política.

É uma farra surreal. Dinheiro limpo dado ao presidente da Associação de Moradores, à “liderança do bairro", a generosidade do ônibus pra levar gente em velório, o acerto da conta de luz atrasada... alguns  exemplos  do cotidiano das campanhas eleitorais.
Ainda tem a gráfica que produz panfletos superfaturados pra lavagem de dinheiro. Papéis inúteis, cujo destino é a imundície feita nas ruas próximas aos locais de votação.

O povo é cumplice da origem obscura do dinheirão gasto em campanhas eleitorais.  Não pergunta de onde vem a grana. Mas se aproxima como ave de rapina junto ao político para usufruir da mamata. Promessa de grana, voto garantido.   
Outro equívoco costumeiro é o do Data Povo.

Os eleitores avaliam a densidade eleitoral do candidato pela magnitude da campanha. Campanhas ricas, com material farto e estruturas de pompa, merecem maior credibilidade. Significa chance maior de vitória nas urnas.
Então, a corrupção na classe política é uma via de mão dupla.

segunda-feira, março 20, 2017

Assim caminha a humanidade.

Acharam coliformes fecais na água.
Não me importei. Uso água mineral.
Descobriram soda cáustica no leite.
Ná me importei. Uso leite em pó.
Descobriram agrotóxico em excesso nos alimentos.
Não me importei. Consumo hortifruti orgânico.
Descobriram carne envenenada nos frigoríticos
Não me importei, Sou vegetariano.
E por não me importar com a água contaminada,com o leite adulterado, com os alimentos envenenados e com a carne podre;
tornei-me cúmplice do descaso público, da ação corrupta dos fiscais e da hipocrisia dos governantes.

sábado, março 11, 2017

Laca Jato: foi fácil começar. Quero ver terminar

A overdose de noticias da Lava Jato banaliza a corrupção e põe em risco a eficácia da operação dada a infinitude do número de envolvidos.
Atire a primeira pedra o político que nunca usou dinheiro fácil para se eleger, quer via partido, quer grana direta na mão. O sistema favorece ilegalidades.
Moro vai investigar toda a galera? Desde que época? Tem como distinguir caixa 2 de propina? Até quando os empreiteiros dedo-duros safados vão enojar o povo com os bilhões desviados?  
A Lava Jato trilha um caminho perigoso ao colocar tudo e todos na mesma vala.
Para azeitar a mídia, vez por outra Moro criminaliza petistas, em detrimento a políticos de outras vertentes, corruptos de grosso calibre.
É tênue a linha que separa a política do judiciário.
Menos de 2 anos e o Brasil escolherá novo presidente.  (se é que o sistema permitirá).
E a TV estará a noticiar "Lula é réu na Lava Jato."

terça-feira, março 07, 2017

8 de março - Dia Internacional da Mulher

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” (Rosa Luxemburgo)
Neste 8 de março, a história de luta das mulheres nos ensina que o estado de exceção em que vivemos é regra geral e essa crise estrutural do capitalismo desde 2008 se expressa nas crises econômica, política, social, ambiental, vistas nas propostas autoritárias e fascistas que ameaçam nossos direitos humanos e os bens da natureza em todo mundo. Essa “nova razão do mundo” retornou ao Brasil com o esquema bilionário vergonhoso golpe de Estado parlamentar midiático, em 2016, em nome da corrupção de que fazem parte e que afastou a Presidenta Dilma, interrompendo nosso processo civilizatório. É memorizando Marx e Engels que nos explica tanta crueldade: “a história da humanidade é a história da luta de classes”, apesar de todos artigos de nossa Constituição cidadã de 1988 e das Leis Trabalhistas de 1943.
Mas, é em 2017 que a cartilha neoliberal se impõe a todo vapor, sem freio, da máquina mortífera no desmonte de nossas conquistas sociais quase centenárias. O mandamento fundamental é o mercado e a competição, para embolsar e lucrar a elite do dinheiro, onde tudo se vende e tudo se compra: saúde, educação, aposentadoria e tudo mais, vira mercadoria.
Neste 8 de março – será marcado pela luta das mulheres contra a Reforma da Previdência, golpista e da morte, que se for aprovada, vai prejudicar os trabalhadores, principalmente as mulheres – idade mínima 65 anos – pois, equiparar a idade de homens e mulheres para aposentadoria é desconsiderar a tripla jornada de trabalho das mulheres, além da reprodução da força de trabalho. Privatizar significa aumentar as desigualdades de gênero, classe, etnia e de geração.
Companheiras e companheiros:
Nosso caminho urgente é resistir, juntas a tanta selvageria e tantos retrocessos. Só uma ampla mobilização, como no passado, a exemplo da FUA (Frente Única Antifascista, em São Paulo, no ano de 1934), em defesa de nossos direitos, justiça e igualdade, que se aprende nas salas de aula e nas lutas fora dela.
Neste 8 de março celebramos a memória histórica de Da. Marisa Letícia – “O céu ganhou uma estrela que iluminou minha vida” (Lula). Ela que confeccionou a primeira bandeira do PT e, na greve de 1979, quando o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi interditado pela ditadura, foi ela que abriu as portas de sua casa para ser o Sindicato. Esses são fatos que fazem parte da história de resistência e luta de Marisa Letícia. A ela nosso reconhecimento e gratidão – como também de tantas mulheres que lutaram ontem, hoje e sempre, pela dignidade do povo brasileiro.
Prof.ª JOANA DARC FARIA DE SOUZA E SILVA
Secretaria de Formação Política do PT
Toledo, 08 de março de 2017 – DIA DA MULHER

domingo, março 05, 2017

Comentário num post do blogueiro Eduardo Guimarães

Salve companheiro!
Fizestes um texto um pouco entristecido ao referir-se à mobilização politica no Paraná, mais especificamente Curitiba.
Que aqui é república de reaças, não é novidade. Infelizmente.
Que o conservadorismo se acentuou pós protagonismo dos justiceiros  Moro e Dalagnol, também é uma realidade.
Mas, nem tudo tá perdido companheiro.
Ao mesmo tempo que por  estas bandas o direitismo se supera, o povo  também sabe surpreender no contrário.
Vide o histórico comício das Diretas Já na Boca Maldita em Curitiba.
Mais recente, o segundo turno da presidenta Dilma. Como passe de mágica, milhares foram às ruas para dizer aos brados que Aécio era persona non grata. Até hoje ouço o eco do "quem não pula é tucano".
Algo me diz que em 3 de maio a República vai novamente surpreender.
Mexeu com Lula mexeu comigo!!!!

sexta-feira, março 03, 2017

Planalto fede

Tá difícil olhar a política no Brasil depois do golpe.
Temer e Cia decretaram o fim do pouco que restava do respeito e crença nas instituições.
Não existem mais tabus nem reservas para hipocrisias, sujeiras, putaria, mentiras cabeludas.  
O governo federal é feito de homens frios, ágeis, brutos e asquerosos.
Jucá compara Brasilia a uma suruba. Aloysio Nunes jura comer o cu de repórter impertinente. Termos chulos não condizentes a representantes do povo nos parlamentos.
Alexandre Moraes em sabatina nem por um momento titubeou em negar plágio, tendenciosidade partidária velada, PCC e otras cositas.
O surreal chegou a tal ponto, que a demora do internamento do Padilha significa fôlego para  ele se livrar das denúncias de propinas milionárias.
O Temer? Chefe da quadrilha. Gerado e colocado no lugar da Dilma para proteger os ladrões da Pátria.

sábado, fevereiro 25, 2017

Brasil na contra mão

Serraglio, o deputado peemedebista paranaense escolhido por Temer para a pasta da Justiça, é mentor da desconfiguração do projeto anti corrupção e se posta cúmplice assumido do pai do golpe V. Excia., Eduardo  Cunha.
Nada a estranhar.
o governo não está preocupado com aceitação popular. Eles sabem que tendo o Congresso na mão, o Senado sob controle e uma equipe coesa, o dead line do poder e  planos  não serão afetados.
No presente, aprovação das reformas nocivas aos interesses da maioria população, os pobres e assalariados.
No futuro próximo, foco na corrida macabra de 2018.
Eles acreditam no apoio e força do grande capital, da mídia tradicional e nas reviravoltas conservadoras do mundo.
Só falta combinar com o lado de cá.

🚽

domingo, janeiro 29, 2017

Brasil, um país bipolar

Terra de praias belíssimas, de gente acolhedora. 
Se desafiada, a moçada vai a luta e dá conta do recado. Basta pedir. O Brasil é assim.
Copa do Mundo e Olimpíadas
Não faltou gente prá vaticinar o vexame da Pátria amada. Uns apostaram na incapacidade estrutural, outros na falta de segurança.
Nem uma coisa nem outra.
Dois eventos gigantescos realizados a contento. O mundo reconheceu a capacidade empreendedora dos brasileiros.
Passou.
Hoje a galera do sofá assiste estarrecida noticias de superfaturamento das obras. Milhões e milhões desviados sem dó nem piedade. Sérgio Cabral - o preso - e seus comparsas só não roubaram mais por falta de espaço.
Estádios abandonados, saqueados.
O poeta Castro Alves disse:
Deus, oh Deus! Onde estás que não respondes?, em lamento à saga africana.
Ao Brasil, Deus omite resposta.
Et. Torre Eiffell passará por reformas nos próximos anos. Franceses já se preparam para as Olimpíadas de 2024.
Know how brasileiro não recomendável.

sábado, janeiro 28, 2017

O velho mundo ouve Dilma Rousseff

De cidade em cidade na Europa, Dilma fala de democracia, denuncia o golpe vivido e fala da recorrente perseguição ao ex presidente Lula.
Como era de se esperar, a grande mídia esperneia. Se posta contrária à iniciativa da ex presidenta. Acusam-na de violar normas diplomáticas; da deselegância em falar mal do Brasil lá fora.
Inversão total de valores.
O assunto corrupção desaparece das manchetes como passe de mágica. De repente, a pessoa que ousa dizer que o Brasil hoje é comandado por uma gang nefasta passa a ser a culpada da desgraça.
A midiazona tem muito a ver com isso. Ganha muito dinheiro para forjar realidades.
Nas entrelinhas, o termômetro dos golpistas é a ausência de protestos nas ruas. Apostam na desagregação do povo, no imobilismo social.

Os jornalões são fundamentais para lançar farpas desagregadoras e proteger o sistema.

Dilma tá certa. Tem prerrogativa, experiência e respeitabilidade lá fora para falar o que bem quiser.
Mas o esforço seria melhor recompensado, se o povo - paneleiros e lutadores contumazes - se unissem aos milhares e fossem prá rua prá dizer "não" a tudo que tá aí.

quinta-feira, janeiro 26, 2017

Dedo na ferida

A questão é polêmica? É.
No entanto, a questão é polêmica porque o debate é feito por gente indevida no local errado.
Falo do aborto.

A atividade é  lucrativa. Mulheres aos milhares se submetem à prática do aborto em clinicas clandestinas. Médicos charlatães ganham dinheiro fácil e não pagam impostos.

A mulher corre risco de morte. A clandestinidade exime responsabilidades.

Enquanto isso um deputadozinho qualquer aparece na TV com seu terno de grife dizendo-se contra o aborto.

Pergunto. Ser contra ou a favor resolve o problema da saúde das mulheres?

Sim. O assunto é da saúde.  Não é de igreja, nem tampouco deve ser visto sob ótica religiosa.

Porque as mulheres precisam de educação, orientação sexual, cuidados e, sobretudo, de amor. Doutrinação não.

No mais é pura hipocrisia.

terça-feira, janeiro 10, 2017

Morador de rua não é gente

Gente que dorme ao relento e passa o dia a perambular pelas ruas e praças é gente vagabunda.
Gente fétida, sem capricho com a veste e com  dentes podres na boca não é gente. É lixo.
Gente sem eira nem beira, bêbados e drogados. Errantes da vida.
Então fazer o quê?
Governante que é governante jamais deixaria seus cheirosos eleitores à mercê do odor horroroso vindo das marquises por onde andam madames  com suas sacolas das Lojas Riachuelo.
O bom governante deve ser criativo.
Morador de rua não tem sindicato. Aliás, a única proteção que ele tem é a do fiel Vira-lata que dorme com ele nas noites de frio.
Morador de rua não tem passado. O governante competente arranca-lhe os documentos (se é  que ainda os tem) para fazê-lo esquecer do nome do pai e da mãe.
Morador de rua não tem escolha. Ou se recolhe no mundo dos limpos ou está predestinado ao vale dos marginalizados, tal como os leprosos nos tempos de Cristo.

ET.  Acabo de levar um pão de casa à ocupa da marquise do Walmart do Cabral.

sexta-feira, janeiro 06, 2017

Bandido bom é bandido morto

Hoje o Brasil acordou com mais uma manchete macabra, a morte de 33 presos em Boa Vista-RR.
Apenas 33 vidas ceifadas a se tornarem anônimas de fato sepultadas, porque de direito já estão mortas há tempos.
O filho que tinha a esperança de ver o pai  um dia sair da cadeia, poder abraçá-lo e dizer:  “que bom que você tá aqui”, chora.
A mãe que levava sobremesa nos finais de semana na cadeia ao filho delinquente na esperança de que dia menos dia o Pai Divino tirasse o rapaz de lá, se desespera.
Enquanto isso, os deveras protegidos da lei discutem responsabilidades na frieza dos números. Preso custa caro ao Estado. O trabalho e a educação são substituídos pela retórica da construção de mais presídios. Erguer paredes é mais vantajoso. Em cada tijolo, a propina descarada. Em cada obra propositalmente interminável, um aditivo orçamentário.
Uma cadeia privatizada, um preso superfaturado.  O Estado terceiriza a segurança. É mais fácil delegar funções para cuidar de gente cuja vida vale menos que um monte de lixo.

Aos mandantes da Nação, o menoscabo de suas prosopopeias.