sábado, maio 13, 2017

Toda unanimidade é burra

Combater a corrupção e punir quem a pratica é unanimidade universal.  Justamente por isso, como dizia Nelson Rodrigue, encarar a Lava Jato  como braço da  moral da Pátria  é burrice das grandes.
A mega operação criada para resgatar a moralidade dos homens, encontra-se em plena decadência moral.
No esforço inútil de dar cabo às esquerdas, Sérgio Moro  se perde na posição ora magistrado, ora destruidor de ideologias que não as dele. Moro trocou os pés pelas mãos.
Como dar crédito  à Lava Jato, quando dezenas de praticantes de atos ilícitos provados e comprovados há tempos  passeiam livres e desenvoltos pelos corredores palacianos de Brasília? Em São Paulo também.
Como avalizar os atos do Moro,  juiz  que interroga  Lula alicerçado em  documentos sem assinatura? Ou então que envolve a falecida dona Marisa, em citações  constrangedoras ao ex presidente?  
 Como levar em frente o processo, quando um juiz determina o encerramento do Instituto Lula baseado num parecer inexistente  do Ministério Público?
Como  levar a sério o judiciário, quando um juiz  que - pela aparência a vida nada lhe ensinou –  vai na TV e se diz convicto dos “crimes” do Lula? Crimes desenhados em bolinhas de power point?
Tenho pena do brasileiro que ainda acredita na Lava Jato. O sonhado fim da corrupção cantado em verso em prosa pelos  verde-amarelo que foram as ruas ruiu. Desvaneceu.

Resta ao juiz Sérgio Moro por a cabeça no travesseiro e se perguntar:  “Aonde foi que eu errei?”

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