terça-feira, agosto 25, 2015

Corrupção e cinismo Nada leva a lugar nenuhm

Aumentei de R$ 100 para R$ 120 a diária da Mírian, a diarista. Ela me perguntou de onde tirei o dinheiro para pagá-la. Certo? Errado.
Depositei R$ 1 mil em minha conta corrente. O gerente pediu comprovação da origem do dinheiro. Certo? Errado.
Mas lá na frente, a declaração do IR dirá de onde e de quem veio o dinheiro.
O candidato xix recebeu doação de R$ 50 mil na campanha eleitoral. O candidato perguntou ao doador de onde veio o dinheiro. Certo? Errado.
Aí a situação é bem mais complicada.
O dinheiro não é declarado aos TREs; se declarado, não raro em valores incorretos. A origem do dinheiro? Apenas um detalhe.
Até que um juiz afoito e muito bem remunerado decide vasculhar o passado tumular dos políticos e seus comparsas.
E não se salva ninguém. Certo? Errado.
Salvam-se os mais espertos, os que conseguiram formar teias auto protetivas em décadas de dominação e poder.
Por ironia, sofre os rigores da lei justamente a frente política facilitadora das investigações.
Enquanto isso, novos alunos ingressam à luz do dia na escola da corrupção.
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