domingo, dezembro 29, 2013

A Gleisi vem aí!

Para alegria de muitos e dor-de-cabeça para alguns, dia 13 de janeiro a ministra chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT) desembarca no Senado Federal. A mudança de casa significa a retomada ao cargo de senadora conferido pelo povo paranaense. O retorno à função eletiva, sem dúvida, traz proximidade aos conterrâneos, principalmente aos que acompanharam seu trabalho junto à presidenta Dilma.

Bastou a notícia da volta de Gleisi ao Senado, para a imprensa paranaense ficar alvoroçada. Inúmeras manchetes alardeiam os altos índices de aprovação do Beto Richa. Analistas locais prevêem a derrota da oposição no ano que vem diante da performance obtida pelo governador nas pesquisas.

Ora vejam. Na última eleição, Beto Richa e sua magic troupe apostaram todas as fichas na candidatura do insosso Luciano Ducci (PSB) à prefeitura de Curitiba.

A telinha mostrava a cidade como um oásis, graças a gestão tucana a qual Ducci sempre fez parte. Pura estratégia de marketing. E mais. As pesquisas apontavam até aos 45 do segundo tempo a vitória de Ducci. O contraditório mostrou à população a Curitiba real e o pupilo de Beto rodou no primeiro turno.

Gleisi está ciente da situação do Estado: Segurança em frangalhos, saúde precária, serviços públicos decadentes e caixa minguado. A experiência de mais de dois anos na Casa Civil não a distanciou dos paranaenses.

No momento certo o debate será feito. Aí o Beto que se cuide. O Paraná real será desvendado.

O povo saiu às ruas, Dilma reagiu e o Brasil segue em frente

Análises das mais variadas matizes tentaram vincular única e indiscutivelmente à presidenta Dilma, o motivo dos milhões de brasileiros terem saído às ruas nas manifestações de junho. Deram com os burros n’agua.

A presidenta teve a maestria de agir rápido e sem rodeios. Ouviu os reclamos da sociedade e saiu em campo. Sensível às demandas, transformou o governo num front de ações positivas. No que era de sua competência, ousou, errou, acertou, mas não se omitiu. Dilma deu respostas à sociedade como quem valoriza a democracia, sistema que permite a livre manifestação. Como quem respeita o clamor popular. E o povo, que de bobo não tem nada, percebeu que o buraco era mais em baixo.

O povo viu que desvio do dinheiro público é recorrente. O povo percebeu que corrupção está empresa, na fábrica, no congresso e no judiciário. Que o dinheiro público é uma desgraça na mão do prefeito e do vereador.

Só a imprensa é que não percebeu. Continuou por meses a fio a cobrar do executivo a demora por ações efetivas para atender o grito das ruas de junho.

E o povo percebeu também uma grande e irretocável diferença. Porque atribuir somente à presidenta Dilma o motivo das carências sociais históricas, num país tão vasto e plural? Porque perseguir e punir por corrupção somente os políticos do PT, quando processos semelhantes de políticos graúdos de outros partidos continuam engavetados no sereno aguardo da prescrição?

Essa percepção popular faz pensar em duas reviravoltas. Uma delas, a redenção forçada da mídia e a outra, os bons índices de aceitação do governo Dilma.

Até a imprensa notadamente a serviço dos “de sempre” admite a dificuldade dos adversários do PT vencerem a presidenta nas eleições de 2014. Já estão jogando a toalha. Arriscam até previsões catastróficas na área econômica ou quebra-quebra em massa nos jogas da copa, mas nem por isso afastam a possibilidade de Dilma ganhar a eleição.

Que venha 2014, de preferência, sem sobressaltos.

sábado, dezembro 28, 2013

Feliz Ano Novo

Aos meus amigos e amigas, desejo de coração um 2014 com muita saúde e que continuemos no exercício do amor pela vida, da tolerância na adversidade e da solidariedade com quem mais precisa.

Um abraço fraterno a todo mundo.

quinta-feira, dezembro 26, 2013

Balanço social em alta no governo Dilma

Analistas de plantão andam dizendo por aí que a economia brasileira não ofereceu bons resultados em 2013. Apontam também parcimônia nos investimentos em infraestrutura e que isso compromete o crescimento.
Ora, se a situação está assim tão caótica como eles pintam, então porque a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,6%, o menor resultado desde 2002?
Se a economia brasileira vai mal, então como o governo conseguiu reduzir de 15% para 6,9% o percentual da população que passa fome?
Como explicar as relevantes evoluções no que diz respeito a saúde? Segundo o IBGE, as áreas que obtiveram melhoria, foram a redução da mortalidade infantil e materna, o tratamento da AIDS e do câncer e capilaridade da atenção básica.
Claro. O Brasil ainda tem desafios e enfrentamentos para melhorar a vida do povo. Mas alarmismos parecem não combinar com o foco do governo Dilma, que é o do equilíbrio econômico combinado com a atenção à população que realmente depende dos serviços públicos para se sentir mais cidadã.

A visita ao Asilo São Vicente na véspera do Natal

Cheguei, por coincidência, na hora da missa celebrada em comemoração ao Natal. Aproveitei para rezar e pensar um pouco na vida naquele ambiente sacro. Cadeirantes de olhos perdidos estendiam as mãos trêmulas aos familiares durante a oração do Pai Nosso. Muitas velhinhas sem ninguém por si. 

Procurei Dona Mariazinha e Marina na capela e não as encontrei. Soube mais tarde que elas não gostam muito de ir à missa.

Como sempre, nos encontramos na sala de visita do asilo. As duas em cadeira de rodas, uma ao lado da outra. A mãe quase não se mexe, não fala e parece não ouvir o que a gente fala. Entreguei-lhe um pequeno presente e, durante todo o tempo da nossa conversa, ela tentava desamarrar o laço. Era como se, até que enfim, alguém dera-lhe uma tarefa para fazer.

Marina surpreendeu-me. Da última vez que a vi, percebi uma sensível melhora nos movimentos, na fala e na articulação das ideias. Mas continua a chamar todos de Conceição ou de mãe.

Em rápidos lampejos de memória, falou do jurídico – local de trabalho no banco - e reclamou da mão esquerda imobilizada. O derrame afetou a motricidade.

Embora se esforce para falar, consegue articular poucas palavras, muitas esparsas. Mesmo assim, Marina reclama da solidão, às vezes chora e pergunta até quando deve ficar no asilo. O calor também a incomodava, mas ao mesmo tempo dizia que seu pé estava frio.

Na saída, perguntei na portaria se as duas recebem visitas. “Raramente”, respondeu a atendente.

quarta-feira, dezembro 25, 2013

O que bombou no Face em 2013

Dia das Mães
Curti pouco minha mãe. Quis o destino que ela fosse morar no ceu bem cedo com meu pai. No trajeto, várias mães cruzaram minha vida. Uma delas, minha vó que me criou desde pequinininha. Hoje tenho o amor dois meus dois filhos, nora, neto agregado... Domingo a gente estará junto. Enquanto o mais novo assa a carne, faço a maionese- aquela de uma gema crua e duas cozidas, óleo e mexida circular no prato fundo. Lição da velha Mirandolina.

Pré-sal
Perguntaram-me com ares de provocação, o porquê de não haver comentado o leilão do Pré-sal. Respondo. Somente hoje aprofundei melhor a leitura sobre o tema. Evito comentar assuntos sem ter o devido conhecimento. Mas, mesmo assim argumentos convenceram-me de que seria ilusório pensar que o Brasil sozinho seria capaz de dar conta da exploração da camada. De nada adianta alardear as riquezas que a descoberta representa, se não tomar medidas para materializá-las.
No mais, agora é acreditar que a presidenta Dilma, Gleisi, Lobão tiveram juízo suficiente no estabelecimento das regras do consórcio. Quanto a grita do "Petróleo e nosso", faz parte!

Imagens

João Emanuel, meu sobrinho neto, nasceu no dia 20 de agosto
Em Camerino, região de Marche na Itália. Durante todo o mês de julho, Curso de Italiano na Scuola Dante Alighieri.
Dez anos do PT no poder. O Brasil mudou prá melhor.
Em dezembro na Paraíba. Curso de Formação Política para as mulheres. 

terça-feira, dezembro 24, 2013

E a vida, o que é, o que é meu irmão

Conheci Dona Mariazinha e a filha Marina nos anos 80. Marina era filha única e ambas moravam num apartamento alugado no centro de Curitiba. Dos parentes, restava apenas uma prima de idade avançada que raramente as visitava.

Marina trabalhava no Banestado. Ao sair para trabalhar, Dona Mariazinha ficava acenando na janela do apartamento no 8º andar, até a filha virar a quadra para pegar o ônibus. Era tanto apego, que a mãe ligava umas dez vezes por dia ao banco para saber da filha. E vice versa. O tratamento entre elas era de “meu amorzinho”. E ai de quem falasse mal da Marina. Dona Mariazinha ficava uma fera.

As duas eram muito faceiras e boas anfitriãs. Se orgulhavam de boa parte da vida haverem freqüentado a alta roda da sociedade paulistana.

Sempre bem vestidas, de cabelos pintados e maquiagem impecável, serviam um café delicioso aos amigos banestadenses que as visitavam. Recebê-los era um ato prazeroso .

Marina se aposentou. O afastamento da rotina bancária fez com que gradativamente os amigos deixassem de freqüentar a casa das duas. De vez em quando alguém dava alguma notícia, o que ficou cada vez mais raro com o passar do tempo.

Uns quinze anos depois

Ao folhear a Gazeta do Povo, chamou-me a atenção uma reportagem sobre as velhinhas internadas no Asilo São Vicente. Olhei a foto ilustrativa da matéria - duas mulheres de cabelos totalmente brancos numa cadeira de rodas – sem jamais imaginar que pudesse se tratar de gente conhecida. Mas, ao avançar a leitura, liguei os fatos. Sem dúvida, mãe e filha estavam lá.

A Assistente Social do Fundo de Pensão relatou a saga. Dona Mariazinha, com seus mais de 80 anos, dia-a-dia tornava-se cada vez mais fraca. Sem contar o Mal de Alzheimer cada vez mais avançado.

Sem estrutura física e emocional para cuidar da mãe, a quem tinha como esteio, Marina sofreu um derrame e ficou dois meses na UTI. Ela conseguiu sobreviver, mas ficou totalmente desmemoriada. O fato interessante dessa história, é que Marina não reconhece a mãe – a chama de Conceição – mas no delírio a quer sempre por perto, a ponto de ficar desesperada se perde a cadeira da mãe de vista.

Amanhã – véspera de Natal - irei visitá-las. Levarei um pequeno presente e direi que sou uma amiga dos tempos do Banestado, referência sem nenhuma importância no contexto.

A conversa será meio desconexa, mas o abraço, o olhar e o toque terão sintonia.
Feliz Natal às minhas amigas.

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Dois pesos, duas medidas

Na campanha para prefeito de Cascavel em 2012, Edgar Bueno-PDT induziu os eleitores ao erro, ao caluniar, mentir e difamar o principal adversário, o professor Lemos-PT. Além, claro, do abuso do poder econômico.
Há 14 anos, na campanha para prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi induziu os eleitores ao erro, ao caluniar, mentir e difamar o principal adversário, o petista e hoje deputado federal Ângelo Vanhoni. Além, claro, do abuso do poder econômico.
Bueno é cassado e o TRE manda Lemos assumir a prefeitura.
Taniguchi cumpriu o mandato até o final e os crimes foram prescritos.

Cumplicidade
Depois de deixar o cargo de secretário no Distrito Federal, após o escândalo do "mensalão do DEM", que derrubou o então governador José Roberto Arruda, Taniguchi retorna ao Paraná com a moral dos que sabem onde encontrar abrigo. Sentindo-se em casa, é nomeado Secretário de Planejamento no governo do tucano Beto Richa.

segunda-feira, dezembro 09, 2013

As três mosqueteiras: Edna, Sirlei e Toninha


Esta foto foi tirada no IV Encontro Nacional das Catadoras de Materiais Recicláveis realizado entre 3 e 5 de dezembro na Associação Banestado em Praia de Leste. Os chapéus faziam parte da decoração do evento.

Estou viva!

Olho-me no espelho. Que mulher é esta que vejo refletida? Um olhar que brilha por novas conquistas? Um sorriso de satisfação pelos abraços recebidos? Uma mulher, dona do seu destino, mas que às vezes brinca de ser criança?

Represento várias mulheres, ao mesmo tempo sendo única. Sou atriz principal e muitas vezes coadjuvante de minha própria existência. Enfrento com coragem os percalços impostos pela minha geração. Faço das marcas evidentes do tempo na face um pacto de felicidade com a vida. Estou viva!