terça-feira, abril 30, 2013

Ode à indignação

Ao invés de se indignar pela quantidade de impostos pagos, cobre do Estado melhoria nos serviços públicos.

Ao invés de se indignar com o menor infrator, cobre do Estado políticas de proteção.

Ao invés de se indignar com o preço abusivo do pedágio, lembre-se de quem o criou e nunca mais vote nele ou nos políticos indiferentes à questão.

Ao invés de se indignar com o bancário pela demora no atendimento, dirija sua indignação ao banqueiro explorador da mão-de-obra.

Ao invés de se indignar com a bolsa paga à família do presidiário, se revolte com a carência de crianças não merecedoras de castigo decorrente do descaminho dos pais.

Ao invés de se indignar com as mulheres libertas em busca de direitos, lembre-se de que elas, mesmo em luta constante, trabalham muito, ganham menos e sofrem todo tipo de discriminação. 

Ao invés de simplesmente se indignar, saia do casulo e vá à luta por um mundo mais fraterno e igual.

terça-feira, abril 23, 2013

Se um vereador propor nome de rua ou título de cidadão honorário, dê um fora nele

O jornal do meio dia como sempre traz notícias de inúmeros problemas de mobilidade, segurança, agenda em obras públicas ... Sintomas típicos das cidades, principalmente as de grande porte.

Gente que invade a pista exclusiva dos ônibus com skates, bicicletas ou simplesmente a usam para caminhada. Gente que invade os ônibus sem pagar a passagem ... Exemplos claros de civilidade comprometida que acontecem na capital em plena luz do dia.

Enquanto isso, nossos vereadores que deveriam estar atentos a essas demandas, marcam sessão e gastam horas e horas para discutir nome de rua e concessão de títulos honorários.

Descarto qualquer tentativa de religiofobia, mas conceder a Silas Malafaia o título de cidadão honorário de Curitiba dá azia. O que esse cidadão fez de relevante para os curitibanos?

Mais azia ainda, é pensar que nobres vereadores recebem seu salário - que é pago por nós cidadãos – para discutir e propor medidas totalmente descoladas do interesse público.

sexta-feira, abril 19, 2013

Ex candidato José Serra se filia ao PSC do Feliciano

Sem alarde, o eterno derrotado candidato José Serra se filia ao PSC, partido do religioso Marcos Feliciano, o presidente da comissão mais barulhenta do Congresso Nacional.
O ato de filiação tem um objetivo definido: As eleiçõesde 2014.
De antemão, já estão em curso debates políticos que indicam a candidatura de Serra Presidente e Feliciano Vice. As negociações estão tão avançadas que até o slogan da campanha eles já escolheram: “Aborto? Nem morto.”
Ambos partilham a ideia em criar um ministério específico para recuperação de gays e lésbicas, em substituição ao atual ministério dos Direitos Humanos. O titular da pasta será o próprio Feliciano. As mulheres serão proibidas de ocupar cargos no governo.
Entre os acordos também se fortalece a proposta de investir em novas descobertas científicas para evitar a aparição do arco-iris, fenômeno natural cujas cores incitam transgressões sexuais.

quinta-feira, abril 11, 2013

Reforma política: financiamento público de campanhas

Você sabe por que muitos deputados não querem nem ouvir falar em financiamento público nas campanhas eleitorais? Simplesmente porque os “sem grana” teriam as mesmas condições dos endinheirados para fazer campanha. E os latifundiários, pastores, mega empresários... esses não querem perder o posto.

Outra questão. Esqueça essa balela de que quem paga campanha com financiamento público é o povo e no modelo como está hoje não.

É ingenuidade imaginar que o dinheiro gasto em campanhas, por meio de doações e recursos próprios, não voltaria para o bolso deles centavo por centavo depois das eleições. E quem paga? Você.

Eis a diferença:

Campanha com financiamento público: mais econômica e justa, uma vez que favorece a todos por igual.

Campanha com financiamento privado: Mais desperdício (campanhas milionárias) e discriminatória.

domingo, abril 07, 2013

Contradições sociais estão em toda parte

A Gazeta do Povo deste domingo noticia que quatro mil pessoas perambulam pelas ruas de Curitiba, dado preocupante para uma cidade considerada não tão sujeita a esse tipo de vulnerabilidade.

Essa realidade aponta uma tendência, quase que natural, em comparar a cidade, o estado, o mesmo o Brasil com as condições sócio-econômicas de outros países. É senso comum achar que o Brasil é sempre o pior, e que em outros países da Europa – mesmo em crise – ou nos Estados Unidos, não existe população de rua.

Mero engano.

Nova York é divina. Degustar um bom vinho durante um show de jazz no Carlyle Hotel, com nada mais nada menos que umas cinquenta pessoas curtindo Woody Allen e seu sax é the best. Na mesa ao fundo, está Soon Yi, filha adotiva da atriz Mia Farrow, com quem Woody mantem um relacionamento eivado de polêmicas.

Ou então, jantar no Soho vendo gente alternativa, estranhamente linda, em companhia de Gerald Thomas, homem do teatro profundo conhecedor da arte nova-yorkina.

Visitar o Moma, The Cloisters, Guggenheim, museus ricos em cultura e raridades. Como ninguém é de ferro, comprar umas coisinhas na Bloomingdales.

Essa é a cidade dos viajantes curiosos. Mas existe outra Nova York escondida. A NY de gente como a gente.

Andar de metrô em Manhattan é uma maravilha. Estações limpas, espaçosas e arejadas. Mas são poucas. Basta sair um pouco da rota endinheirada e o cenário muda da água para o vinho.

O cheiro de xixi é insuportável. Muita gente sem teto faz das estações sua moradia. São dezenas, centenas de pessoas amontoadas pelos cantos subterrâneos das estações. É dessa forma que eles fogem do frio nos longos períodos de inverno, peculiar naquelas bandas.

Criativos, vão à luta para saciar a fome. Com voz bonita e sorriso nos lábios, cantarolam Yesterday Once More dos Carpenters nos corredores do metrô durante as viagens. Para lá e para cá. Muita gente dá uns trocados, uns até generosos.

No Harlem, bairro de população predominantemente negra, os problemas sociais são acentuados. Mães com filhos no colo, sob uma temperatura abaixo de zero, esmolam enquanto as crianças maiores correm entre os carros num trânsito intenso a pedir dinheiro. Lá tem o Silvia’s, restaurante famoso e tradicional de NY.

Contraste e mais contraste, como aqui no Brasil. Portanto, cuidemos das nossas mazelas, mas sem autodesprezo pátrio.

Mesmo stand by, Tudo Aqui requer cuidados

Dizem que a memória do povo é curta, mas nem tanto assim. Quem não lembra da péssima gestão do ex prefeito Cassio Taniguchi na prefeitura de Curitiba na virada do século? Ele terminou o mandato com inúmeras ações na justiça e só escapou de punição por crimes de corrupção devido a morosidade da justiça. As ações prescreveram.

Depois disso, Cassio foi prá Brasília e lá se juntou a José Roberto Arruda, o homem dos mil e um escândalos de corrupção no planalto.

E ele voltou para o Paraná. Sem grandes dificuldades para continuar no bem-bom, foi nomeado ao cargo de secretário do planejamento no governo Beto Richa.

Agora Cassio acaba de ensaiar um golpe terrível para o povo paranaense. Sem a mínima transparência ou debate com a sociedade, Cassio quis empurrar goela a abaixo um pacotão chamado Tudo Aqui, que previa a terceirização de serviços de atendimento a um custo de quase R$ 3 bilhões num contrato de 25 anos de vigência.

Esse trauma a população já experimenta com a contratação dos pedágios nas rodovias paranaenses. São contratos longínquos com cláusulas pétreas, firmados a preços abusivos e, claro, com desfalque direto do bolso do cidadão.

Graças a ação firme da oposição na Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado Tadeu Veneri(PT), o Tudo Aqui ficou stand by.

Mas o assunto não está encerrado. A qualquer momento eles poderão retomá-lo, de repente com novos argumentos. Se isso ocorrer, a gente conta TUDO AQUI.

segunda-feira, abril 01, 2013

Vavá no The Voice Brasil. Nós queremos!

Vavá Ribeiro é um artista de vanguarda. Músico por vocação. Conheci-o em Teresina em uma noite tropicalesca, cantando MPB numa casa de shows lotadésima. É uma mistura de Djavan, Lenine, Fagner, Chico César que deu certo no talento de Vavá. Além do mais, ele é brother do meu compadre e amigo Abel Ribeiro dos Santos.