quarta-feira, dezembro 06, 2017

Experiências e coincidências

Compartilho com vocês uma história simples e afetuosa, dessas que acontecem só uma vez na vida.

Os alpes austríacos que rodeiam a cidade de Innsbruck compõem um visual  indescritível. A vista lá de cima é divinamente maravilhosa e, mesmo que você não curta esquiar, vale pena pegar o teleférico para curtir o panorama e tirar belas fotos.

Foi o que eu e mais três amigos fizemos naquela bonita cidade.  Do topo daquela montanha coberta de gelo se descortinava um horizonte degradê ornado com o azul do céu, o branco da neve e o verde tímido das coníferas tipicas das regiões geladas.

Me distanciei dos meus amigos. Eles decidiram subir a montanha mais um pouco a pé, enquanto que eu preferi  ficar na estação fornicular para apreciar a paisagem.

Olhei ao redor e vi um banco, daqueles de ripa e encosto para três pessoas. E pra lá fui, mesmo tendo um homem lá sentado. Os demais bancos estavam ocupados.

Pedi licença com o olhar e sentei-me ao lado daquele homem. Só ali bem perto percebi que  era um velho - aparentava seus 80 anos ou mais - e, com ele a lhe fazer compamhia silenciosa, uma linda border collie.

Do nada, comecamos a conversar. Eu no meu inglês macarrônico, ele no jeito calmo de falar.

Contou-me que tinha sido professor nos EUA
e que depois de aposentado escolheu Innsbruck para morar. Disse que vivia só e que Lucy era sua única companhia.

Gostei dele.

Pouco mais de meia hora de conversa, meus amigos chegaram. Tive que me despedir do meu inesquecível amigo.
Segurei as mãos daquele velho solitário, beijei-lhe a testa e fui. Também dei tiao pra Lucy.  Alguns passos, olhei para trás e vi que e os olhos do Ralf estavem cheios de lágrima.

De volta a Curitiba. 

Sem nada saber do acontecido na Áustria, minha vizinha ganhou uma linda cachorrinha  da raça border collie e a batizou de Lucy.
Atualmente a Lucy brasileira tem 8 anos e é minha melhor amiga canina.

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