Neste 8 de março, a história de luta das mulheres nos ensina que o estado de exceção em que vivemos é regra geral e essa crise estrutural do capitalismo desde 2008 se expressa nas crises econômica, política, social, ambiental, vistas nas propostas autoritárias e fascistas que ameaçam nossos direitos humanos e os bens da natureza em todo mundo. Essa “nova razão do mundo” retornou ao Brasil com o esquema bilionário vergonhoso golpe de Estado parlamentar midiático, em 2016, em nome da corrupção de que fazem parte e que afastou a Presidenta Dilma, interrompendo nosso processo civilizatório. É memorizando Marx e Engels que nos explica tanta crueldade: “a história da humanidade é a história da luta de classes”, apesar de todos artigos de nossa Constituição cidadã de 1988 e das Leis Trabalhistas de 1943.
Mas, é em 2017 que a cartilha neoliberal se impõe a todo vapor, sem freio, da máquina mortífera no desmonte de nossas conquistas sociais quase centenárias. O mandamento fundamental é o mercado e a competição, para embolsar e lucrar a elite do dinheiro, onde tudo se vende e tudo se compra: saúde, educação, aposentadoria e tudo mais, vira mercadoria.
Neste 8 de março – será marcado pela luta das mulheres contra a Reforma da Previdência, golpista e da morte, que se for aprovada, vai prejudicar os trabalhadores, principalmente as mulheres – idade mínima 65 anos – pois, equiparar a idade de homens e mulheres para aposentadoria é desconsiderar a tripla jornada de trabalho das mulheres, além da reprodução da força de trabalho. Privatizar significa aumentar as desigualdades de gênero, classe, etnia e de geração.
Companheiras e companheiros:
Nosso caminho urgente é resistir, juntas a tanta selvageria e tantos retrocessos. Só uma ampla mobilização, como no passado, a exemplo da FUA (Frente Única Antifascista, em São Paulo, no ano de 1934), em defesa de nossos direitos, justiça e igualdade, que se aprende nas salas de aula e nas lutas fora dela.
Neste 8 de março celebramos a memória histórica de Da. Marisa Letícia – “O céu ganhou uma estrela que iluminou minha vida” (Lula). Ela que confeccionou a primeira bandeira do PT e, na greve de 1979, quando o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi interditado pela ditadura, foi ela que abriu as portas de sua casa para ser o Sindicato. Esses são fatos que fazem parte da história de resistência e luta de Marisa Letícia. A ela nosso reconhecimento e gratidão – como também de tantas mulheres que lutaram ontem, hoje e sempre, pela dignidade do povo brasileiro.
Prof.ª JOANA DARC FARIA DE SOUZA E SILVA
Secretaria de Formação Política do PT
Toledo, 08 de março de 2017 – DIA DA MULHER
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