Às vezes
almoço aos sábados no ex Pasquale e aproveito para andar um pouco e observar o
vai-e-vem de dos frequentadores do histórico Passeio Público de Curitiba. Mulheres e homens
maltratados andam para lá e para cá em passos lentos, quietos. Combinam os
encontros amorosos numa discrição não planejada, sentados nos bancos sob a sombra
das árvores frondosas. É um cenário meio nelsonrrodriguiano às avessas.
No parquinho,
a criançada se diverte e curte o velho Passeio da mesma forma que gente adulta pratica
exercícios físicos na academia ao ar livre. Muitos fazem caminhada no entorno.
Essas
pessoas são a cara do Passeio e são interessantes. Tudo na mais perfeita harmonia.
Decadente
mesmo está o local destinado aos poucos animais (répteis) ainda enjaulados. O olhinho das crianças brilha ao ver as cobras
se mexendo atrás do vidro, mas a impressão que dá é a que os bichos estão
desnutridos, sem vida. Alguns compartimentos vazios ajudam a deixar o ambiente mais
empobrecido.
Querem mexer
com o Passeio? Modernizá-lo? Que tal deixar as pessoas em paz e cuidar dos
bichos.
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