Nasce um partido falacioso
e confuso. Faz-se esta referência à recente agremiação partidária chamada de
Rede Sustentabilidade encabeçada por Marina Silva, candidata que amealhou 20
milhões de votos na última eleição presidencial, na época filiada ao PV. O
começo da militância política foi no PT.
A relutância em acreditar na boa fé da Rede é eivada de
questionamentos.
Como acreditar num partido que diz nascer com o objetivo de
estabelecer novas formas de relações na política, mas que admite alianças da
forma tradicional vigente no sistema? Como
levar a sério um partido que diz que o
foco não é só eleição, mas que admite de cara lançar candidatura em 2014?
Não se coloca em dúvida a intenção do partido da Marina em debater
um mundo melhor para as pessoas. Mas, se legalmente criado, o objetivo é
participar de disputas eleitorais, sim. Se contrário, que se fortaleçam os movimentos organizados ou fóruns permanentes de luta por alguma causa,
Quem cria partido é porque busca o poder
ou sonha com ele. O resto é balela.
Cai também por terra o discurso da novidade, Ora, se já existe
sinal de candidatura à vista, se já há predisposição de diálogo para formação
de alianças, então tudo é igual, tal como está. O fato de o partido rejeitar rótulo de esquerda ou de direita é cópia
do discurso do PSD do Kassab. Quer postura mais tradicional?
Vamos à desmistificação. Até prova ao contrário, no ambiente político
funciona assim: o sujeito é ficha suja mas
pode amealhar votos. E nenhum candidato seria louco a ponto de desprezá-lo. E não se fala mais nisso.
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