sábado, fevereiro 16, 2013

Marina Silva: partido novo, velhas práticas


Nasce um partido falacioso  e confuso.  Faz-se esta referência  à recente agremiação partidária chamada de Rede Sustentabilidade encabeçada por Marina Silva, candidata que amealhou 20 milhões de votos na última eleição presidencial, na época filiada ao PV. O começo da militância política foi no PT.
A relutância em acreditar na boa fé da Rede é eivada de questionamentos.
Como acreditar num partido que diz nascer com o objetivo de estabelecer novas formas de relações na política, mas que admite alianças da forma tradicional vigente no sistema?  Como levar a sério um partido que  diz que o foco não é só eleição, mas que admite de cara  lançar candidatura em 2014?
Não se coloca em dúvida a intenção do partido da Marina em debater um mundo melhor  para as pessoas.  Mas, se legalmente criado, o objetivo é participar de disputas eleitorais, sim. Se contrário, que se fortaleçam os  movimentos  organizados  ou fóruns permanentes de luta por alguma causa,  Quem cria partido é porque busca o poder ou sonha com ele. O resto é balela.
Cai também por terra o discurso da novidade, Ora, se já existe sinal de candidatura à vista, se já há predisposição de diálogo para formação de alianças, então tudo é igual, tal como está. O fato de o partido  rejeitar rótulo de esquerda ou de direita é cópia do discurso do  PSD do Kassab.  Quer postura mais tradicional?
Vamos à desmistificação.  Até prova ao contrário, no ambiente político funciona assim: o sujeito é ficha suja  mas pode amealhar votos. E nenhum candidato seria louco a ponto de desprezá-lo.  E não se fala mais nisso.

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