terça-feira, junho 16, 2015

Brasil vive o surto da intolerância


Existe uma questão muito séria que dia a dia cresce, se prolifera de forma rápida no Brasil.

Trata-se da intolerância religiosa.

E a mídia nem a sociedade estão a dar a devida atenção.

A história mostra que radicalismos religiosos não deram certo em nenhum lugar do mundo. Não raro fere a paz, mata inocentes e provoca traumas doídos.

O desrespeito acirrado à liberdade religiosa vem desde as últimas eleições. Até então, sob o aspecto de convivência entre diferentes crenças, o brasileiro vivia em aparente calmaria.

Jogaram a Constituição Federal no lixo. O Estado é laico. Está escrito.

Artigo 19, I: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”

Mas que laicidade é essa que demoniza crenças de matriz africana?

Que tipo de laicidade é essa que obriga ensino religioso nas escolas?

Que laicidade é essa onde se reza o Pai Nosso no parlamento para disseminar preconceito?

Que laicidade é essa que oprime as mulheres ao impor-lhes comportamento típico da idade média?

Que interesse público se justifica nesse afã de querer transformar o Brasil num imenso canteiro bíblico?

É verdade que o Brasil apaga um incêndio por dia, principalmente na área econômica. Mas de nada adianta contas equilibradas, se o povo ficar à mercê de falsos líderes a ditar-lhe regras de cunho religioso.

De volta urgente, o Brasil do bom dia, boa tarde e do sorriso no rosto, independente da religião ou não das pessoas.

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