Querido presidente,
Escrevo estas linhas a uns 200 metros de distância do lugar onde o senhor nunca deveria estar. Estou aqui com centenas de companheiros acampados em frente a sede da PF em solidariedade total ao senhor. Queremos vê-lo livre. Queremos abraçá-lo de novo.
Lembro quando o senhor nos recebeu em fevereiro do ano passado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Eram as mulheres do Paraná em vigília pela recuperação de dona Marisa.
Os anjos a levaram.
No dia seguinte fomos para São Bernardo. Lá enfrentamos uma fila quilométrica para conseguirmos novamente abraçá-lo. Lembro. Eu estava chorando. O senhor me confortou. “Vocês ainda estão por aqui?, disse. Mesmo com o coração em prantos, ainda restava-lhe energia para lembrar que no dia anterior estivemos juntos.
É isso. É essa a diferença. O senhor não vê o humano como estatística. O vê como amigo, irmão, como um companheiro que sente e chora.
Estamos juntos presidente. Eu, o senhor e mais uns milhões de brasileirinhos.
Até daqui a pouco.
Sirlei
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