domingo, novembro 16, 2014

Passagem sobe. Trabalhador sofre. Empresário enriquece.


O preço do ônibus do transporte coletivo de Curitiba subiu R$ 15 centavos. Passou  de R$ 2,70 para R$ 2,85.
Mais surpresas.  O prefeito sinaliza com novo aumento já nos primeiros meses de 2015.
Como não poderia deixar de ser, o povo não gostou nem um pouco da medida.
Mas o porquê da gritaria se não existe decreto para tarifa congelada?
É simples.
Durante a campanha para a prefeitura, foi muito forte o debate sobre os critérios adotados para reajustar o valor das passagens. O povo, organizado ou não, cobrou do novo prefeito  uma postura séria, não só no trato da tarifa, como também de melhorias no transporte público. Muito se falou em formação de cartel, falta de transparência para se chegar a um preço justo da passagem,  e relações incestuosas entre empresários, sindicatos  e  administração pública.
Gustavo Fruet ouviu os reclamos. Tão logo assumiu a prefeitura ordenou auditoria ao setor. Análises dos extensos relatórios resultaram em encaminhamento da papelada ao  Ministério Público.
Em verificação de planilhas e cálculo de subsídios, constatação estranha de Imposto de Renda dos empresários e repasse de verbas ao sindicato inclusos no custo na tarifa paga pelos usuários do transporte coletivo.  Exemplo de prática lesiva ao bolso do cidadão.
De lá para cá pouca coisa mudou.
As empresas continuam as mesmas. Os empresários continuam os mesmos.
Só o preço da passagem que mudou.

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