quarta-feira, agosto 28, 2013

PORQUE ODEIO OS CUBANOS

Odeio o povo cubano porque eles moram numa ilha cercada de sol por todos os lados com muitas praias bonitas.  
Odeio o povo cubano porque lá se faz a revolução sem derramar uma gota de sangue. “Hasta la vitoria,  siempre!” não significa a busca da riqueza pela riqueza, mas a disposição para lutar pelos ideais de soberania.
Odeio o povo cubano, porque lá na terra deles todas as crianças tem direito ao estudo, de uniforme e material  escolar distribuídos pelo Estado.
Odeio Cuba porque lá todo idoso tem direito a pelo menos um litro de leite e uma cesta de alimentos para saciar a fome.
Odeio o povo cubano porque a graça e leveza dos passos  da salsa e da rumba roubam  os sentidos.  Ao som, dá vontade de dançar só numa sala qualquer.
Odeio o povo cubano porque lá solidariedade é lei espontânea.  Na terra deles é costume dar carona aos trabalhadores no fim das tardes dos dias chuvosos sem nada cobrar em troca.
Odeio cubano não dominado ao monopólio bélico, midiático e econômico impregnados na doutrina neoliberal.
Odeio o povo cubano pela criatividade presente na música, arte e literatura. “La bodeguita  del médio”  é muito mais que um bar. É um ponto de encontro de gente pensante. Ernest Hemingway viveu lá na ilha e num sopro estético criou “O Velho e o Mar” para deleite da boa leitura no mundo.
Odeio o cubano porque ele prepara um “mojito” delicioso de fazer inveja, ao gosto do rum e folhas de hortelã frescas da horta.
Odeio o povo cubano, porque lá a saúde é pública e todo cidadão, independente de classe social, pode usufruir dos serviços.
Odeio o cubano pela sua pele negra, um misto de África e Espanha, traços firmes e sorriso livre do subjugo norte americano.      

Continuo a odiar os cubanos. Muito mais porque não consigo convencer o mundo que eles são bem melhores que todo o mundo.  E viva a revolução!

Nenhum comentário:

Postar um comentário