Começo da década de noventa, dois filhos pré adolescentes prá criar e uma enorme insegurança no futuro. O índice de desemprego beirava a estratosfera. Uma década centrada na doutrina neoliberal e FHC seguiu a cartilha à risca. A ordem vinda de cima não deixava dúvidas: vender estatais a qualquer preço e segurar a escalada inflacionária, nem que para isso fosse sacrificado o emprego, salários e prestação serviços públicos de primeira necessidade. O real estabilizou, mas o custo foi altíssimo.
Hoje a realidade é outra. O fantasma do desemprego não mais assusta. Tem escola superior prá pobre e rico. Basta ter vontade de estudar. Brasileiro que não tinha onde morar hoje tem casa com geladeira e máquina de lavar roupa. Tem um governo que ajuda quem tem fome até a pessoa se levantar e seguir seu caminho sem precisar de ajuda.
No entanto, paradoxalmente, as queixas hoje são maiores. Todo mundo reclama. Tem gente que chega a dizer que o Brasil é uma merda. Que é preferível viver lá fora.
Meus filhos estão empregados. Irmãs, sobrinhos também. Todos tem esperança e acreditam que o amanhã será ainda melhor.
ET. Soube que uma amiga que mora na Itália está “despachando” seu filho de 18 anos para o Brasil para continuar os estudos e trabalhar. Lá os jovens estão sem rumo. Olham ao redor e não encontram nada para fazer.
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