sábado, outubro 11, 2014

RESIGNAÇÃO OU COMBATE?

Debater corrupção no campo político com o objetivo de apontar culpados e atribuir pesos é tarefa inócua. Serve tão somente de alimento à mentes menores.
A situação fica ainda mais absurda quando - ao tomar partido deste ou daquele candidato - o eleitor passa a endeusar um e demonizar o outro. Lógica e bom senso são jogados no lixo em nome das preferências, não raro circunstanciais.
Na política, como em qualquer outra atividade, não existem santos. O único que se revestiu da aura morreu crucificado há dois mil anos.
Mas falemos da política. Não é necessário muita leitura, para constatar que o mau uso do dinheiro público é recorrente em todas as esferas: executivo, legislativo e judiciário. Acrescentem-se autarquias, bancos públicos, oscips, estruturas estaduais e municipais.
Em cada escândalo, em cada desvio de dinheiro público, uma decepção e uma reação.
Aflora uma raiva dos diabos no cidadão que se surpreende com a notícia de que alguém está passando a mão no dinheiro que deveria ser aplicado em obras e políticas públicas.
Infelizmente, desvios do erário e extravagâncias acontecem diariamente. Uns vêm à tona, outros nem mago descobre.
Resignação ou combate?
Peço licença ao Miguel P. Colhado Gino para reescrever um comentário feito por ele aqui no face: “A corrupção é um câncer instalado no seio da sociedade, que de forma alguma pode ser tolerada mas precisa e deve ser combatida”.
O bom combate pressupõe o fortalecimento dos órgãos de fiscalização, investimentos em novas tecnologias e criação de mecanismos que permitam acompanhamento e transparência em todos os órgãos.
Ao se decidir pelo voto, é de bom alvitre verificar a vida pregressa do candidato e o que de concreto ele apresenta ao eleitor para combater a corrupção.
Negligência, negação e santidade não leva a nada.


"Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes."
Johann Goethe

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