domingo, novembro 10, 2024

*AINDA ESTOU AQUI*

Sim. O Brasil tem histórias. Umas, contadas em livros; outras, roteirizadas nas telas. 

As histórias interpretadas ao sabor da arte tomam outra dimensão. 

Elas mexem com a alma de quem as assistem ao serem revividas por duas atrizes de magnitude ímpar: as Fernandas Torres e Montenegro.

"Ainda estou aqui" impressiona. 

O filme termina após mais de duas horas de duração. Ao redor, olhos marejados continuam fixos na telona como se faltasse tempo prá respirar..

Ninguém se levanta. No enredo, medo e perseverança dialogam com a pureza das crianças num ambiente politico persecutório.

O Pimpão viveu um pouco de tudo.

Vale a pena. 

Só não esqueça de levar o lenço.

segunda-feira, outubro 28, 2024

Pessimismo? Não. Realismo

O mito e seu desempenho minguado nestas eleições não deve significar alento para as esquerdas.

O resultado indica avanço inquestionável de um campo chamado de direita, que ora nos aguenta por mero interesse conjuntural. 

Vide cargos ocupados no governo Lula.

Em 2026 o bicho vai pegar.

A midiazona doravante será  abastecida por polpudos repasses de grana advindos dos  PCCs, das milícias, em plena luz do dia. 

E a companha orquestrada para aniquilar lideranças petistas inundará os portais de notícias  dioturnamente. 

O começo. 

A gradativa desconstrução do Lula carimbando-o como idoso incapaz de dar conta do cotidiano presidencial. 

E sem Lula o PT está frito. Alguém duvida?

Sirlei

domingo, outubro 20, 2024

Faces iguais de moedas diferentes

As eleições e respectivos candidatos do segundo turno em Curitiba remete ao duelo eleitoral dos EUA.

E por que?

Por aqui, uns defendem voto nulo porque os dois postulantes são terríveis, se assemelham ideologicamente, se convergem no discurso burguês. 

E, se questionados sobre preferências nos States, dirão que tanto Trump com Kamala são belicosos imperialistas e, portanto, tanto faz um ou outro.

Agora segue o desfecho comparativo. 

A eventual vitória de Trump-Republicanos fortalece a extrema direita brasileira, dando-lhe guarida, apoio e espaço para crescer mais e mais.

Alguém duvida disso?

A eventual vitória da Cristina Graeml-PL invariavemte empodera mais e mais bolsonaristas radicais pró armas, negacionistas, mentirosos, malvados por natureza.

Alguem duvida disso?

Agora recorra à dialética socrática e siga em frente na reflexão, sem medo de ser feliz. 

sexta-feira, outubro 18, 2024

Carta aberta ao Ney Leprevost

Curitiba, 18 de out de 2024

Prezado Senhor 

Dia desses vi nas redes sociais um texto lamentoso feito pelo senhor, a tecer várias considerações sobre o senador SMoro.

E, para surpresa, não eram palavras elogiosas. Ao contrário, um texto detonador da carreira histórico-política do ex juiz. Expressões como traidor, falso, lacrador, oportunista foram largamente usadas para definir o caráter do hoje ambicioso político SMoro.

O que impressiona nessa catarse toda, é o fato de ter partido do senhor a iniciativa em tecer tais comentários. Afinal, sob o ponto de vista ideológico e complicidade, mesmo que silenciosa, o senhor sempre esteve ao lado dos moros curitibanos.

Agora é tarde Leprevost (permita-me assim chamá-lo).

Tudo o que o senhor escreveu em algum lugar já estava escrito. 

A diferença é que lá atrás, diante das atrocidades e injustiças do ex juiz, a tradicional classe politica do leite-quente, a qual o senhor faz parte, assistia calada os desmandos, a prepotência de Moro na condução da tal operação Lava-Jato.

Um homem encarcerado sem provas durante 580 dias, empresas falidas, delações ilegais, malversação de dinheiro público...

Gente do mundo inteiro sabia das injustiças cometidas. Por aqui, tudo na normalidade.

Mas, é compreensivel Leprevost. 

O principal alvo da Lava Jato era um barbudo nordestino iletrado, de voz rouca, defensor de comida no prato prá quem tem fome e escola pra quem não sabe ler. 

Esse tipo de gente atrevida tem que mofar nas masmorras. Não é  mesmo Leprevost? 

Vou ficando por aqui.


Um abraço

sábado, setembro 28, 2024

Visita à UFO - União das Familias Obreiras





Na UFO, organização com mais de 60 anos de serviço comunitário, tudo acontece quando o assunto é educação desportiva, cultura e arte. 

Das muitas atividades lá desenvolvidas, chamou atenção os mosaicos feitos de caco de vidro e de espelho. Uma aula de arte que ao mesmo tempo ensina cuidar da natureza, haja vista manuseio com materiais recicláveis.

Lidia e Pancho,  coordenadores da organização, cicerones da nossa visita, merecem aplausos.

Visita à Comision Provincial por la Memória

 








A Comissão da Memória (CPM) é um órgão público autônomo  que promove e implementa políticas de memória pública e de direitos humanos. 

Os seus objetivos e linhas de trabalho expressam o compromisso com a memória do terrorismo de Estado e com a promoção e defesa dos direitos humanos na democracia.


Desde o seu início gerou instâncias de encontro entre o Estado e a sociedade civil, desenvolvendo ações em todo o território da província e depois em todo o país. Partiu da premissa de considerar a memória como um campo plural em permanente conflito e lutou pela transmissão e apropriação de uma memória exemplar que iluminasse a luta pelos direitos humanos no presente.

Buenos Aires- 25set3024

sexta-feira, setembro 27, 2024

Visita à Esquivel em San Izidro













Seria um dia como outro qualquer, não fosse a alegria de estar na companhia de Adolfo Perez Esquivel, 92anos e Amanda, sua companheira de uma longa caminhada.

Fomos acolhidas pelo casal na casa onde eles moram em San Izidro, região metropolitana de BAires. 

Na cozinha da grande mesa retangular, o dono da casa nos serviu uma deliciosa paella feita por ele. Muitas conversas durante o almoço. Histórias de lutas e encontros de caminhadas. Amanda contou que aos 14 anos já ministrava aulas de música.  

Um cafezinho e um passeio pelas telas e  quadros emoldurados espalhados pelos cômodos. 

Um olhar atento em tudo que lembra arte. Sim. Esquivel, além de humanista é um valoroso artista plástico. Chama atenção a tela da Santa Ceia, donde os apóstolos são Frei Beto, Paulo Freire, D Pedro Casaldaliga, entre outros. Ah.. Lá está Judas retratado sem rosto, porque traidor se anula por si.

Um dia de aprendizado inesquecível. 

26set2024

Muchas gracias querido Nobel da Paz.

Muchas gracias querida compositora Amanda.

sábado, setembro 14, 2024

Sobre o Requião

Simpático, acolhedor, modesto... nunca foi. Mas isso não vem ao caso. O que faz Requião  intragável é a indisfarçável mágoa acumulada na sua cabeça, dir-se-ia, quem sabe, por não ter sido indicado a um cargo importante no governo Lula. 

Entrou sorrateiramente no PT, mas petista nunca foi. Se questionado sobre o porquê da saida do PMDB velho de guerra e a consequente filiação ao PT, dirá que esperava encontrar um partido de esquerda para chamar de seu.

Ou então, a depender do humor,  atirará pedras a quem ousou abordar tal assunto.

Em tempos de campanha à prefeitura, predomina a ironia irritante. Um homem alquebrado de impaciência aparente insiste no discurso desconstrutivo do Lula, em flagrante desrespeito à trajetória e às dificuldades politico- conjunturais enfrentadas pelo presidente para conseguir governar. Requião sabe disso tudo. Sabe mas não  se verga. Fixo no exibicionismo latente do que foi no passado, esquece que é candidato do amanhã numa cidade de problemas do ontem. 

Enquanto isso a direita extremada navega feliz e contente na Curitiba da luz dos pinhais.

segunda-feira, setembro 02, 2024

BASTA!

OS EUA vivem plena eépoca e eleição. Dois candidatos ditos opostos se degladiam pra chegar lá. 

Faz parte do jogo. Trump se exibe a fazer cara de mau. Miss Kamala, o sorrisão aberto que lhe é peculiar. 

Caras e bocas escancaradas para sociedades doentias, movidas pela ganância, pelo lucro centrado nas mãos  de poucos, pelo desvalor à vida em nome de status e poder. 

Enquanto se vangloriam dos milhões amealhados para o espetáculo de suas campanhas, fecham os olhos aos milhares de mortos vitimas de guerras lucrativas a eles. 

Os EUA cultivam a cegueira donde, de um lado, se vendem ao mundo como uma nação rica e democrática e, de outro, se impõe a manutenção do imperialismo graças ao lucro mortífero da indústria bélica. 

Kamala ri. Dizem as pesquisas, favorita de primeira mão.  

Enquanto isso, inocentes morrem  na faixa de Gaza sem comida, sem cuidados médicos, sufocados em meio a explosões intermináveis.

Assim caminha a humanidade.

quinta-feira, agosto 29, 2024

Lúcidos, sempre.

As noites geladas de Curitiba pareceu não incomodar a saída de casa de um  público muito especial. Muitos já de barbas e cabelos brancos.

Eles chegaram, riram muito, se abraçaram. Nos gestos, a alegria de rever o companheiro  ou companheira das lutas de outrora; no olhar, a cumplicidade das lutas tão vivas e presentes.

Noite de encontro dos idealizadores  da construção da CUT no estado do Paraná.  Gente cuja expressão “classe trabalhadora” nos idos do século passado significava o ressurgimento de um protagonismo sindical capaz de influenciar o destino político do País. Isso foi revisto e vivido intensamente na noite fria de 28ago2024 no Nina Bar .

Os atores desses momentos lá se reuniram. Muitos, há tempos não se viam. Lindo de ver. No microfone cada um a seu modo lembrou  de como tudo começou, peculiaridades, histórias não narradas e ora socializadas. 

Um brinde ao Beto Von der Osten, Cequinel, Vanhoni, Xixo e tantos outros presentes nesta noite, imbuídos na retomada da importância e significado das lutas sindicais para o fortalecimento da democracia.

Que os valores e a relação social do povo trabalhador não se percam no pixel de uma telinha retangular.

A história é um carro alegre... cheia de gente contente...

quarta-feira, junho 19, 2024

Sobre as eleições municipais de Curitiba

Uma verdadeira sinuca de bico. De um lado decisões ainda não deglutidas vindas do Diretório Nacional, o qual bate o martelo no apoio ao peessebista Luciano Ducci, com possível vice ocupada pelo pedetista Goura. 

De outro, defesa de candidatura própria protagonizada pelos petistas Zeca Dirceu e Carol Dartora.

E mais de outro lado, surge o pré candidato Roberto Requião do Mobiliza a se auto declarar alternativa indispensável na corrida eleitoral. 

Tudo embolado até  então.  

Domingo próximo, 23jun, haverá um encontro no Clube Literário organizado pelos requianistas para falar de conjuntura e, claro, do cenário politico-eleitoral curitibano.

Aí é que mora a questão.  Independente da orientação do partido, é perceptível a naturalidade com que militantes históricos do partido se mobilizam para participar da agenda do Requiao. Uns até já a declarar apoio etc e tal.

O cenário é preocupante. A tendência do partido cujos filiados banalizam decisões, desobedecem orientações de dirigentes, está fadado ao enfraquecimento e divisionismo às vezes de difícil reparação. 

Mas nem tudo está perdido.

Há de se pensar numa saída estratégica. 

Quem sabe o Diretório Nacional liberar a militância para seguir caminhos e escolhas que bem lhe aprouver, tendo em mente o ideário das esquerdas fincado na luta pela democracia e apoio ao governo Lula. 

E por falar em Lula, ou se tem a compreensão das dificuldades que ele está a enfrentar para levar adiante os projetos do governo, ou choraremos todos abraçados na Praça  Santos Andrade a pedir pelo amor de Deus que não o tirem de lá. 

Mas este é um assunto para outra hora.


Sirlei Fernandes

terça-feira, maio 28, 2024

Biblioteca Pública recebe autores de livro para doação

 


O diretor da Biblioteca Pública do Paraná Luiz Felipe Leprevost recebeu um grupo de representantes do Coletivo Geração 68: Clair Flora Martins,  Gerson Zafalon, Narciso Pires e Sirlei Fernandes. 

Trata-se de militantes políticos que tem em comum as lutas e resistências vivenciadas durante o regime militar. 

Eles estão entre os sessenta e seis autores do livro "Vozes da Resistência - Memórias da luta contra a ditadura militar no Paraná." 

O livro foi lançado dia 14 de maio e já na cerimônia de lançamento foi sugerida a doação de exemplares para a Biblioteca. 

A princípio foram doados dez exemplares com o intuito de serem encaminhados também para outras bibliotecas.

Ressalta-se a atenção dispensada pelo diretor Leprevost aos visitantes, numa demonstração clara  de interesse ao conteúdo e de respeito à história revisitada nos escritos.

sábado, maio 18, 2024

Geração 68 visita o ex governador Paulo Pimentel



Era uma tarde como outra qualquer. Lá estava ele numa vasta sala, sentado atrás de uma mesa grande tipo escritório, cercado de livros, retratos da família, amigos e de muitas outras fotos relacionadas a eventos histórico-políticos.

No entorno da grande sala, muito verde lá fora e calmaria a se observar através das janelas sem cortinas.

Foi nesse ambiente que um grupo de seis militantes políticos, de vidas identificadas com o ambiente político paranaense dos anos 60/70 foram recebidos pelo ex governador do Paraná Paulo Pimentel, 96 anos.

Difícil descrever a alegria do anfitrião ao se defrontar com a visita de pessoas de vivências semelhantes às dele, fincadas nos ideais da democracia. 

Pimentel impressiona pela lucidez ao lembrar dos fatos e detalhá-los às vezes com humor, outras com maestria.

Lembrou de experiências importantes, outras pitorescas nos tempos de sua ativa atuação política no Paraná. Uma delas, o corte da concessão das suas redes de TV decorrente de entreveros com os militares.

Na oportunidade, os visitantes presentearam Pimentel com um exemplar do livro “Vozes da Resistência: Memórias da luta contra a ditadura militar no Paraná.” Ele agradeceu emocionado e fez questão de posar para uma foto coletiva. 

quinta-feira, maio 16, 2024

Lançamento do livro VOZES DA RESISTÊNCIA

Dia 14mai24 aconteceu o lançamento do livro  VOZES DA RESISTÊNCIA: MEMÓRIAS DA LUTA CONTRA A DITADURA MILITAR NO PARANÁ.

Trata-se de uma coletânea de textos escritos por militantes políticos partícipes das lutas e resistências contra o regime militar no Paraná.

O lançamento foi feito em dois locais: às 10hs no saguão da Reitoria da UFPR e às  19hs no Salão Nobre do Curso de Direito também da UFPR na Praça Santos Andrade.

A escolha da reitoria simboliza a derrubada do busto de Flávio Suplicy de Lacerda, reitor da Universidade nos idos de 1968. Na época, os estudantes se revoltaram com o chamado Acordo MEC Usaid, cujo teor dizia respeito a implantação do ensino pago nas universidades. 

O ato foi lembrado em depoimentos por estudantes ligados aos Diretórios Acadêmicos de diversas áreas de ensino - hoje de cabelos brancos - que fizeram parte desse ato politico. 

Ao término, composições de Geraldo Vandré emocionaram os presentes na voz e violão do músico Daniel Faria.

Para surpresa não só do público como também dos organizadores, a Orquestra Filarmônica do Paraná brindou os presentes no evento com Sinfonia de Mozart no teatro da própria Reitoria.

O ato solene à noite foi composto de depoimentos e testemunhos de alguns militantes que vivenciaram as agruras dos anos de chumbo. 

De mãos dadas e lágrimas dos olhos, a plateia cantou "Pra não dizer que não falei das flores" ao som do violão do músico Guego Favetti.

Foi um dia de intensas emoções.  Gente vinda de outros estados, amigos que não se viam há  décadas se encontraram, se abraçaram e testemunharam em cada olhar o reencontro com a história narrada no livro ora lançado. 

A obra foi organizada pelo militante político Aluízio Palmar e outros companheiros do coletivo Geração 68.

Trata-se de uma coletânea de sessenta e seis textos escritos por homens e mulheres  cuja memória ainda guarda as lembranças nefastas do periodo militar no Paraná e no Brasil.

sábado, março 09, 2024

A imigração demonizada

É recorrente na linguagem da extrema-direita encarar a imigração como problema a ser combatido no mundo. Se unem no discurso fácil,  porque os imigrantes não  dispõem de organismos oficiais que os defendam. E a ONU? E a ACNUR? E a... A realidade infelizmente aponta pouca ou quase nulas as  intervenções no sentido de vislumbrar caminhos para minorar o sofrimento dos imigrantes. Agem como se normal fosse gente morrer afogada em travessias perigosas para fugir da fome. Agem como se essa gente não merecesse atendimento, porque em nada colaboram no crescimento dos seus PIBs.

E o discurso do separatismo se fortalece de tal forma, que o imigrante é visto como aquela pessoa que tira o emprego do nativo, que enfeia as cidades, que causa asco até no jeito de falar. 

Mal sabem os fascistas que o motivo da economia dos seus mandos ir mal é resultado de má gestão. É resultado da escolha ideológica desumana e enviesada.

sábado, janeiro 06, 2024

História ou Estória?

Um ano se passou e aquelas imagens horríveis do 8 de janeiro de 2023 em Brasília continuam vivas na memória. 

Cenas de depredação em série planejadas  e colocadas em prática por gente da pior espécie ocupantes do poder e da sociedade civil endinheirada.

Um ano foi pouco para desvendar os segredos da caserna por trás da trama. Foi insuficiente para esclarecer origem e nome dos mandantes da desgraça. 

Porém, do que até agora desvendado, não há dúvida: foi tentativa de golpe de Estado regida por gente inconformada com o resultado das urnas. Sim. Foi golpe.

Assim deve ser o registro na história. 

Porém,  há de se levar em conta que extremistas frustrados tentaram aplicar a tese absurda da falta de iniciativa do presidente Lula em não coibir o quebra-quebra. Também tentaram eximir responsabilidades sob a alegação de que a depredação foi obra de velhinhos e velhinhas inocentes abandonados à  própria sorte.

Pior. Tem gente que acredita nestas versões.

É mister passar a história a limpo e com competência para registrá-la em tempo hábil, sob pena de amanhã ou depois vermos escrito nos livros de que tudo não passou de obra de ficção.

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Familia, pra que te quero

Postei no grupo da família noticias da perseguição insana e injustificada dirigidas ao Pe. Júlio Lancelotti nos últimos dias. 

Tomei a iniciativa porque as palavras Jesus, Deus, Salvador, Sagrado, bênçãos...é o que mais rola no zap deles e a questão diz respeito a um religioso.

Qual minha surpresa ao deparar-me com o seguinte comentário: "Este grupo foi criado para assuntos da familia. Por aqui é melhor não falar de política."

Pensei duas vezes e decidi estancar a conversa por ali.

Toda paciência tem lá seus limites e este contexto, com certeza, mexeu comigo.

Como conviver com pessoas que perderam a noção da bondade, da empatia, do amor ao próximo além do seu próprio umbigo?

Sim, eles evitam falar de política, mas não percebem que a negação os tornam vulneráveis à politicagem vil, mesquinha presente no ideário dos extremistas à solta. 

Sem se dar conta da futilidade que os envolvem, defendem a caridade da mão distante, porque presença de mendigo traz o fedor miserável das ruas. 

Empinam o nariz em defesa do micro mundo que frequentam, mas na hora de votar prejudicam o macro mundo ao redor. 

Tamo junto Pe. Júlio

Eu e milhões de pessoas politiqueiras de bom coração.