A 'invasão' na igreja durante a missa foi preponderante para a tomada da decisão que levou à cassação do mandato do vereador Renato Freitas-PT.
O termo 'invasão foi repetido à exaustão desde o início do processo.
Nem vídeos a demonstrar não haver interrupção de culto, nem depoimento do padre a alegar não ter havido constrangimento aos fiéis, nem inúmeras testemunhas a relatar uma manifestação pacífica e ordeira foram suficientes para demover a casa da convicção de culpa do vereador.
O caso ilustra com força o poder da narrativa. Não importa se a pessoa cometeu ou não determinada irregularidade. Bastam artimanhas midiáticas de convencimento para moldar a realidade na construção dos fatos.
E por que a certeza de injustiça na cassação do Renato?
Porque eu estava lá naquele dia. Presenciei e participei daqueles 10 minutos dentro da igreja donde ali a sagrada rebeldia representava o inconformismo pela morte estúpida de um negro indefeso.
Negro não sabe o que é dor. Negro não tem alma não.
Que essa palavra 'invasão' tão fartamente usada para criminalizar quem quer terra para plantar, teto para morar e agora igreja para manifestar a dor seja colocada no lixo da história.
Infelizmente, a CMC entrou no rol maldade e da discriminação.
Castro Alves um dia escreveu:
"Deus! Oh! Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrelas tu te escondes?
Será que Deus está envergonhado?
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