Neste mundão virtual de brava gente, tem no zap um grupo formado só por mulheres chamado "Loucas por Lula".
Trata-se de um espaço onde, em sua maioria - entre uma cerveja, um petisco e o som de música boa - elas se conhecessem e se identificassem nos ideais da solidariedade, do amor e, acima de tudo, pelo jeito ousado de ver e fazer política neste Brasil cada vez mais confuso.
Sábado, dia de feijoada.
As "Loucas" combinaram e lá foram almoçar juntas, movidas pela alegria que lhes é peculiar.
O encontro foi num restaurante de dono conhecido e de som ao vivo tocado por um músico prá lá de popular no meio esquerdista curitibano.
Pausa para foto.
Era a famosa toalha do Lula que uma das Loucas portava para uma pose coletiva no restaurante.
A alegria durou pouco.
Educado, porém enfático, o dono do pedaço pediu para que tais manifestações fossem evitadas, haja vista a presença de clientes não lulistas no local.
Foi uma baldada de água fria na espontaneidade delas.
A boa educação e o respeito recomendou acatar a orientação.
Mas cabe aí uma série de considerações.
Que sociedade é essa, a qual uma simples foto com a imagem de um político pré candidato bem pontuado nas pesquisas é motivo para admoestação?
Que povo é esse capaz de cercear gestos pacíficos, apenas porque não compartilham da mesma escolha?
No que nos tornamos ao sermos surpreendidas com proibições deletérias sem esboçar rebeldia?
Lá, foi dito, não se vai mais.
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