Yuri dos Santos. Este é o nome da jovenzinha simpática que me atendeu na recepção da clinica de fisioterapia. Olhando-me atenta, disse que minha fisionomia não lhe era estranha, que já me conhecia. Perguntei curiosa de onde e eis a resposta:
"Lembrei.Conheço você sim. Você foi uma das mulheres que esteve no Colégio Rosilda S. Oliveira em Piraquara, no Guarituba. Vocês falaram da ditadura que teve aqui no Brasil. Pra mim foi tudo novidade. Jamais imaginei ter acontecido tanta coisa ruim. Meu Deus!"
Percebi na espontaneidade das palavras da Yuri, um intrínseco agradecimento por tudo o que ouviu e aprendeu naquele encontro de rica troca de experiências geracionais.
De um lado, centenas de jovens a nos mostrar que o futuro é deles; de outro, um pequeno grupo de mulheres a lhes mostrar que o conhecimento é essencial para construir o futuro.
E mais.
Yuri disse ainda ter feito trabalho em equipe e redação sobre os depoimentos narrados naquela noite; que a professora de história orientou, complementou e sugeriu leituras sobre os anos de chumbo no Brasil.
Até esqueci da minha dor e dos motivos que me levaram à aquela clínica diante de um relato tão gratificante.
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