domingo, dezembro 09, 2012

Chuva e vento forte paralisa o Bairro Boa Vista



Manhã de domingo, durante minha caminhada habitual com o Lilico, assustei-me com o que vi no meu bairro.  O canto dos passarinhos  e o túnel verde das ruas foram substituídos por árvores gigantescas arrancadas do chão pela raiz, casas destelhadas, galhos pendurados nos fios de alta tensão, calçadas danificadas e muita gente ainda assustada com o resultado da chuvarada de sábado (8) à tarde.

Voltei para pegar a câmera.

Dona Araci teve que fazer uma faxina forçada, tamanha a quantidade de sujeira trazida pela chuva. Os bueiros entupidos aumentaram o transtorno. 

A moradora conta que as árvores plantadas na lateral das ruas do bairro devem ter uns quarenta anos ou mais. “A  prefeitura deveria fazer igual a Suiça. Lá, as árvores são plantadas dentro de  uma manilha cimentada que vai da superfície até uns dois metros prá baixo da terra. Assim, a raiz cresce no sentido vertical e não quebra a calçada. Também dá mais firmeza prá planta. Não é qualquer vento que irá derrubá-la,” complementa.

Outra moradora que levou o maior susto foi  Dona Sandra. Por sorte, ela estava na igreja na hora da tempestade. A surpresa desagradável aconteceu ao chegar e ver uma árvore enorme “deitada” em cima do telhado. Ela contou que entrou em pânico ao lembrar que a filha estava dentro. “Graças a Deus, a menina está bem. Ela estava no computador e só se assustou um pouco com um galho que caiu dentro do quarto,“ disse.

Perguntei ao Seu Edgar, que estava parado na esquina olhando os estragos, se ele sabia de alguma medida por parte da prefeitura para evitar a queda das árvores e solução para as calçadas estouradas, o que representa risco para os pedestres. "Já existe um projeto de substituição das árvores existentes, mas exigências ambientalistas, impedem um trabalho mais efetivo. Somente 20% foi realizado," informa Seu Edgar, morador há 50 anos do bairro.
  
A lentidão peculiar do poder público, somada às causas ambientalistas - cujas exigências deveriam prever a harmonia entre a natureza e o bem viver no espaço urbano – infernizam  e colocam em risco a vida das pessoas. Até quando?








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