A primeira escorregadela aconteceu perto das 9 da manhã. A caminho
da aula de alongamento, noto que um carro chique estaciona em frente um prédio e
dele desce uma jovem NEGRA. Foi a gota d’água para de imediato passar pela
minha cabeça: “Hum! Isso lá é hora de chegar
no trabalho. Não se faz mais empregada como antigamente!
Outra situação notadamente perversa diz respeito às mulheres.
Observando as enormes salas e corredores da APP- na época recém inaugurada - na
Avenida Iguaçu, pensei com meus botões: “Coitada
da MULHER que vai limpar tudo isso. A APP terá que contratar mais mulheres para
a limpeza.” Acho que este é o pecado mais difícil de ser perdoado.
O terceiro deslize aconteceu esta semana na Assembléia Legislativa.
No aguardo de um tempinho livre dos deputados do PT para a gravação de um vídeo,
causou estranheza a saída intempestiva do deputado Toninho Wandscheer do plenário. Só faltava ele para concluir as gravações. Contaram-me
logo após que o deputado tinha ido ao médico devido a uma forte dor de cabeça.
Diante de tamanha frustração, pensei: “Droga! Eu aqui a tarde inteira tentando fechar
este trabalho e esse deputado inventa uma desculpa esfarrapada prá se debandar.”
Estes três mini
casos são reais. É um convite à reflexão, para dizer que as pessoas não
precisariam pecar tanto se conseguissem se libertar dos pré-conceitos.
Porque uma negra tem
que ser empregada e não moradora de um apartamento? Porque limpar chão é tarefa
de mulher e não de homem? Porque atitude de político é confundida sempre com
jogo rasteiro?
...
O deputado
estadual Toninho Wandscheer (PT) foi
operado às pressas ontem quarta(19) A intervenção cirúrgica foi realizada para
a retirada de um coágulo da cabeça que se formou após uma forte batida.
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