sábado, janeiro 25, 2025

Mulheres na contramão

Um olhar atento na recente história de lutas dos movimentos de mulheres, constata-se, com inúmeros questionamentos, que muita coisa mudou. Há oito anos - em tempos de Temer e Inelegível -  em titubeio constante.

Porque oito se ambos permaneceram seis anos no poder?

Porque estes dois anos do governo Lula  mostram que as mulheres, mesmo que a ocupar espaços e empoderadas em cargos de relevância, se ridicularizam em disputas vazias de egos inflados. 

Ministérios e secretarias transversais, donde as mulheres deveriam se assemelhar e se unir na defesa de pautas humanitárias, se distanciam do bom combate coletivo. 

Hora de rever conceitos e formas de luta. 

Lembrar das conferências verticalizadas, marchas históricas, bicicletadas da CUT no 8 de março... Huum! Dá saudade.

Mas o retorno destas agendas ajuda reconstruir a luta pelas demandas atuais? E quais seriam estas demandas?

Cadê o protagonismo das mulheres em defesa da democracia tão violentada como nunca se viu? Cadê a indignação das mulheres frente o sofrimento das mães palestinas a ver seus filhos a morrendo a míngua?

Cadê a iniciativa das mulheres em denunciar misogenia, rascismo, violência, hoje a correrem soltas na web?

Prá pensar.

Recorrer as costumeiras formas de luta? Talvez não.  As massas hoje se informam por meio de cliques bem pagos e de alcance inquestionável no mundão virtual.

Fazer o quê? 

Aprimorar conhecimentos, principalmente os voltados à modernidade comunicacional, estudar, sair da sala do ar condicionado e dialogar com a vizinha sobre a dupla jornada... aliás...hoje muitas mulheres estão a trabalhar no transporte de aplicativo. 

"Mulheres unidas, jamais serão vencidas"... Este mote não morre. 

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