quinta-feira, janeiro 16, 2025

COM PIX, SEM PIX TAXADO. POUCO IMPORTA

No emaranhado das notícias prevaleceu um entendimento, diga -se de passagem, amargo: ao mesmo tempo em que perdemos, empoderamos um aloprado deputado de primeiro mandato chamado Nikolas. Quem diria!

Uso o verbo na segunda pessoa do plural porque estamos boquiabertos no mesmo barco.

Vamos lá.

A princípio - não sei se por aplausos, expectativas, reticências -  esperançamo-nos com a nomeação do Sidônio na Comunicação. Um homem de bagagem inquestionável no convencimento dos feitos e falas.

Aliás, o apelo coletivo por mudanças na área ecoou até em Marte. 

Haddad lá, Lula acolá, Sidônio cá e nós aqui a chorar pitangas.

Eis que uma avalanche passa por cima do PT velho de guerra, a destruir coisas simples ao nosso ver, que senão implantar uma medida segura ao cidadão e mecanismos de controle aprimorados. 

De repente - parece filme de ficção - uma multidão anônima, quer virtual, quer de carne e osso - se engalfinha contra as mudanças do PIX, a expressar revolta contra o Governo. 

E agora José?

Assistir de camarote os desdobramentos?

Confiar na expertise do Sidônio?

Criticar, se calar, se frustrar diante de tamanha encruzilhada?

A realidade é assustadora. Hoje é o PIX. Amanhã, quem sabe?

As esquerdas estão nas mãos da direita extremada rica, sem pudor, antenada em modernidades que até Deus duvida.

E nós?

Um partido cujo ideal repercutiu no eco do auto-falante, no fax do sindicato, na voz do artista rebelde.

Muitos dessa tribo continuam ativos nas hostes petistas a influenciar e palpitar no cotidiano governamental. 

Diante de tantas mudanças no jeito das pessoas de se comunicarem com o mundo, estaríamos nós dotados de ousadia, da clareza necessária para se contrapor a guerra virtual?

Que semente estamos a plantar para vislumbrar um PT dinâmico, conectado na rapidez das informações?

Lembrei do Pedro Rossseff. 

O Sidônio não faz milagre.

Lula não é eterno.

Eu e você também não. 

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