No emaranhado das notícias prevaleceu um entendimento, diga -se de passagem, amargo: ao mesmo tempo em que perdemos, empoderamos um aloprado deputado de primeiro mandato chamado Nikolas. Quem diria!
Uso o verbo na segunda pessoa do plural porque estamos boquiabertos no mesmo barco.
Vamos lá.
A princípio - não sei se por aplausos, expectativas, reticências - esperançamo-nos com a nomeação do Sidônio na Comunicação. Um homem de bagagem inquestionável no convencimento dos feitos e falas.
Aliás, o apelo coletivo por mudanças na área ecoou até em Marte.
Haddad lá, Lula acolá, Sidônio cá e nós aqui a chorar pitangas.
Eis que uma avalanche passa por cima do PT velho de guerra, a destruir coisas simples ao nosso ver, que senão implantar uma medida segura ao cidadão e mecanismos de controle aprimorados.
De repente - parece filme de ficção - uma multidão anônima, quer virtual, quer de carne e osso - se engalfinha contra as mudanças do PIX, a expressar revolta contra o Governo.
E agora José?
Assistir de camarote os desdobramentos?
Confiar na expertise do Sidônio?
Criticar, se calar, se frustrar diante de tamanha encruzilhada?
A realidade é assustadora. Hoje é o PIX. Amanhã, quem sabe?
As esquerdas estão nas mãos da direita extremada rica, sem pudor, antenada em modernidades que até Deus duvida.
E nós?
Um partido cujo ideal repercutiu no eco do auto-falante, no fax do sindicato, na voz do artista rebelde.
Muitos dessa tribo continuam ativos nas hostes petistas a influenciar e palpitar no cotidiano governamental.
Diante de tantas mudanças no jeito das pessoas de se comunicarem com o mundo, estaríamos nós dotados de ousadia, da clareza necessária para se contrapor a guerra virtual?
Que semente estamos a plantar para vislumbrar um PT dinâmico, conectado na rapidez das informações?
Lembrei do Pedro Rossseff.
O Sidônio não faz milagre.
Lula não é eterno.
Eu e você também não.
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