Cedo ou não, pipocam análises a respeito de resultado das eleições municipais 2020. A unanimidade, parece, está na constatação do declínio da extrema-direita representada por seu líder maior, o presidente da República.
Sem partido, Jair apoiou seus preferidos de forma ilegal. Usou a estrutura pública para pedir votos. Apenas mais um ato a constar no rol de barbaridades praticadas pelo presidente. A estratégia foi frustrante.
E por falar em quem perdeu quem ganhou, a conversa da hora diz respeito a formação de uma Frente Ampla das Esquerdas rumo a 2022. Com a devida vênia, cumpre-me alertar que a ideia já nasce torta.
A Frente Ampla já existe. Basta ver a espontaneidade e ligeireza dos partidos progressistas em apoiar os candidatos de esquerda que foram para o segundo turno das eleições. Aplausos.
Outra questão. É difícil, quase uma utopia, imaginar que através do entendimento sereno se consiga escolher um nome que represente todas siglas num primeiro turno. Perder-se-ão horas em reuniões, debates, não raro afunilado em desgastes e aberturas de feridas às vezes de difícil cicatrização.
Mas... vem aí uma ideia interessante.
Que tal trazer de volta os Foruns?
Pode ser a realização do Fórum Brasileiro das Esquerdas Progressistas organizado por movimentos sociais, lideranças identificadas com o ideário socialista, partidos de esquerda, presença de lideranças da América Latina... Seria um sonho?
Arrisco afirmar que o Fórum Social dantes realizado teve edições gigantescas e profícuas. Se perdeu no caminho devido a obamização que impressionava o mundo com um negro presidente dos EUA. Se perdeu por não se achar num planeta assim tão extremado como hoje é o Brasil sob o governo Jair Bolsonaro, cópia do louco Donald Trump.
O mundo mudou. O Brasil mudou. 2013 foi o marco. Sete anos de absurdos. Mas dá para correr atrás do prejuízo.
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