Na TV, as propostas se multiplicam. Nas ruas, os candidatos
aceleram a corrida atrás dos votos.
Em casa, o eleitor... ah, o eleitor.
Se questionado em quem vai votar domingo, o infeliz dá um sorriso amarelo,
diz que político é tudo igual, que político não vale nada e muda de assunto.
Mas se engana quem pensa que ele tá por fora. Ele sabe muito
bem em quem vai votar.
Vai votar no político lacaio, no coronel, no populista.
Vai votar no candidato que lhe pareceu honesto, naquele que prometeu mundos e fundos, no amigo da família, no cara da igreja...
Fazer promessas é fácil. Afinal, de boas intenções o inferno está cheio.
Mas alguma coisa dá para desmistificar.
Por exemplo.
Prometer obras na esperança de parceria com o Estado é fantasia barata. A máquina estadual está falida. Desde que
assumiu o governo, Beto Richa tenta sobreviver à custa do desfazer do
patrimônio público. Nem o rateio do transporte coletivo intermunicipal integrado
Richa honrou. Então como contar com a ajuda dele?
Tem outra.
O candidato põe a cara na TV e diz que é contra a corrupção.
E tem alguém a favor?
Também tem a famosa frase do “Por mais saúde e mais educação”.
Cá entre nós, alguém seria a favor de menos saúde e menos
educação?
Pela ética na política.
Essa é a pior de todas.
A política é aética.
Quem deve primar pela ética é o humano. Quantos candidatos
sabem o que é ética?
Hilário também é ver o cara defender os valores da família. São políticas exclusivas ao papai, a mamãe e aos
filhinhos em volta da mesa na hora do almoço?
Qual o conceito de família que o candidato defende?
Tá tudo errado.
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