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Walter Maierovitch, entrevistado da Band para falar sobre a Operação Lava Jato |
Permito-me, com a humildade de quem jamais ousaria competir com o conhecimento jurídico de Maierovitch, refletir sobre duas questões abordadas.
A primeira, sobre as alternativas para acabar com a corrupção.
O jurista atribui exclusivamente à morosidade da justiça os motivos da recorrente roubalheira em voga no Brasil.
Há de se concordar, mas não em caráter de exclusividade. Então a agilidade processual intimidaria os espertos? Diminuiria a corrupção? Até que ponto?
Há de se concordar, mas não em caráter de exclusividade. Então a agilidade processual intimidaria os espertos? Diminuiria a corrupção? Até que ponto?
Em escritos e ditos, predominam teses da cultura da Lei de Gerson e a existência de leis anacrônicas a facilitar o mau uso do dinheiro público.
Urge então, em ambos os casos, novas formas de combate. A esperteza se corrige com bons exemplos praticados pelas elites. Entenda-se elite, gente da política, igrejas, empresas, sindicatos. A Lei de Gerson se desmistifica na escola e na família.
Quanto ao anacronismo das leis em vigor, sem dúvida, é facilitador mais que óbvio para a prática de atos ilícitos. Basta ver a gastança desmedida em campanhas eleitorais. Os candidatos fingem prestar conta e os TREs fingem conferir a quantidade de zeros. Ou alguém ainda acredita que as despesas são declaradas como manda o figurino?
Outra questão a refletir sobre as intervenções do professor na Band, é a sua incredibilidade em relação ao mérito de Dilma Rousseff frente as investigações da Operação Lava Jato. Segundo Maierovitch, é bravata da presidenta afirmar que as investigações acontecem porque assim ela ordenou.
Perdoe a ousadia, professor, mas é assim que funciona. Se o mandadário da nação abre as portas, apoia as ações da Polícia Federal, incentiva o aprofundamento das investigações a coisa anda.
Senão... Ficaria como sempre foi. Sujeira bem guardada debaixo do tapete.