terça-feira, setembro 09, 2014

Marina joga fora o pouco de lucidez que lhe resta

Dois teóricos da sociologia política - Ralph Miliband e Nicos Poulantzas – travaram altos debates sobre a natureza do Estado na concepção marxista.

Uma famosa polêmica entre ambos, diz respeito à negação da presença do Estado apregoada por Marx na sociedade capitalista.

“Como argumentar uma sociedade sem a mão do Estado, se quem discute sua ausência é a mesma pessoa que se beneficia dos seus interesses?”

Captei o exemplo do meu baú de memórias para falar de Marina Silva.

Marina caiu de paraquedas na campanha presidencial.

Esperta, tem se mostrado capaz de responder quaisquer questionamentos, mesmo que a mudar de idéia da noite para o dia.

Se por conta própria ou aconselhada por marqueteiros, Marina insiste na aparência da boa novidade na corrida eleitoral. A candidata se desvincula do fazer tradicional da política e reinventa formas de governar com pessoas e não com partidos.

“Como argumentar um governo sem a presença de partidos, se quem discute sua ausência é a mesma pessoa que se beneficia dos seus interesses?”

Marina é candidata do e de interesse do PSB e vice versa.

Ao negar os partidos como estruturas legítimas do Estado, Marina joga fora o pouco de lucidez que lhe resta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário