terça-feira, janeiro 15, 2013

No meio do caminho tinha um granito


As transformações pelas quais passa Curitiba com a posse de Gustavo Fruet são bem mais profundas que a decisão de por ou não granito numa calçada do Batel. A vitória do prefeito e da atuante vice Mirian Gonçalves sugere uma nova leitura de criatividade, organização e orientação do que se  deve, como e onde investir em ações de interesse coletivo.  
A história também ensina. Em 1972, ano em que os carros pararam de circular na Rua XV, houve intensa gritaria por parte dos comerciantes. A proibição de estacionamento nas laterais da Avenida Visconde de Guarapuava também causou alvoroço. Em ambos os casos, a reclamação maior residia no fato de que os lojistas temiam fuga de clientes com a conseqüente queda nas vendas. Os administradores da época não titubearam. Certos de que as medidas asseguravam melhor mobilidade, driblaram as reclamações e implementaram  as mudanças.

Voltando à polêmica do granito. Essa pendenga - herança da administração anterior -  deve servir de exemplo para outras situações que possivelmente venham a ocorrer durante a gestão. A equipe do governo deve der clareza das diretrizes e, porque não dizer, de um viés ideológico para nortear as ações. Deve-se ter a resposta na ponta da língua das prioridades e a quem beneficiar, inserindo neste contexto, a camada da população costumeiramente alijada de políticas públicas. Curitiba padece muito dos males das desigualdades sociais.

Os comerciantes do Batel esperneiam. Querem ruas e calçadas brilhosas para atrair a clientela. É justo. Mas, mais justo ainda é revisar custos e rever prioridades.  E o prefeito tem que ser firme! Só assim a história será generosa com ele.

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