A recente entrevista do presidente Lula na GloboNews teve repercussão record. Lá na sala com a jornalista Natuza Nery, mais uma vez Lula mostrou-se destemido, assertivo, coerente e... mais maturo, digamos assim.
O acúmulo de experiências na vida pessoal e política, parece deixar-lhe mais sábio.
Muitas passagens, reconheça-se, sofridas demais.
Isso é bom. É.
Porém, é preciso pensar seriamente nos desdobramentos da entrevista.
Parcela da caserna mi-mi-mi dá demonstração de descontentamento ao ser citada na irresponsabilidade e omissão verificada no andamento e realização dos atos terroristas. Lula não usou de meias palavras ao colocar as FFAA no cena do crime.
Uma rápida incursão nas manchetes dos jornalões dão conta de críticas severas ao anúncio de medidas econômicas anunciadas por Haddad. O empresariado sempre foi mal acostumado. Verifica-se, no entanto, crescente e orquestrado modelo de mercado egoísta, centralizador de cifras, cultivado notadamente nos últimos seis anos.
Lula pegou na veia.
Na sua sapiência, sabe que medidas governamentais e ações punitivas ao golpe devem ser imediatas, sob pena de ameaça ao controle do Estado.
Então, se o presidente está certo, onde mora o problema?
A questão é: Lula precisa de apoio popular.
O Judiciário está fazendo (desculpe o gerúndio) a sua parte; o Legislativo ainda nem tomou posse, mas sabe-se de antemão, pela própria dinâmica da casa, que por lá a lerdeza se confunde com estratégia, debates se arrastam e urgências emperram.
Lula sabe que se não houver radicalização na paz, a violência vem à galope dada a insuflação nas redes e a coceira nas mãos dos extremistas em usar as armas adquiridas a granel.
O Brasil sem Lula não é nada. E vice-versa.
Rua.
Sirlei Fernandes
Nenhum comentário:
Postar um comentário