terça-feira, fevereiro 16, 2021

Sono e traumas do Carnaval sem folia

Nem 7hs e o trem dá o alerta: páre e escute porque estou passando. 

Só não ouve quem não quer. 

O barulho dos trilhos somado ao toque das sirenes ecoam a quilômetros de distância. Parece que o silêncio da quase madrugada intensifica os decibéis.

Pronto. A calmaria retorna, o que pode significar a retomada do sono interrompido. 

Mas o sossego durou pouco.

De repente, não mais que de repente, um  monomotor barulhento surge do nada em voos rasantes ao teto. 

Da porta-janela dava para ver as acrobacias aéreas feitas por um inconveniente piloto  qualquer. 

O avião foi embora. Sossego geral.

Mais um pouco de cama não fará mal a ninguém. Um maldito caminhão fazedor de massa de concreto começa a gemer sem parar. 

Não deu. 

A construção continua em pleno vapor, mas o meu humor?

Estragado até quarta-feira de cinzas.

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