Nem 7hs e o trem dá o alerta: páre e escute porque estou passando.
Só não ouve quem não quer.
O barulho dos trilhos somado ao toque das sirenes ecoam a quilômetros de distância. Parece que o silêncio da quase madrugada intensifica os decibéis.
Pronto. A calmaria retorna, o que pode significar a retomada do sono interrompido.
Mas o sossego durou pouco.
De repente, não mais que de repente, um monomotor barulhento surge do nada em voos rasantes ao teto.
Da porta-janela dava para ver as acrobacias aéreas feitas por um inconveniente piloto qualquer.
O avião foi embora. Sossego geral.
Mais um pouco de cama não fará mal a ninguém. Um maldito caminhão fazedor de massa de concreto começa a gemer sem parar.
Não deu.
A construção continua em pleno vapor, mas o meu humor?
Estragado até quarta-feira de cinzas.
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