Esta noite sonhei que Lula havia sido libertado e que a inesperada notícia provocou o maior rebuliço na Vigília.
A coordenação, atônita, começou a tomar as medidas necessárias para viabilizar a soltura.
Uma delas, a decisão de que duas pessoas acompanhariam o presidente no carro que o levaria até o aeroporto. Uma delas, não sei porque motivo, seria euzinha. A outra acompanhante também seria uma mulher, mas o sonho não evidenciou a pessoa.
Naquele momento, para demonstrar maturidade e mérito antecipado à tarefa dada, fingi naturalidade à escolha.
Todavia meu coração dava pulos, eu controlava meus gestos e o tom da minha voz. Minha vontade era chorar de alegria e de sair aos quatro ventos a gritar Lula Livre.
Mas me contive. Afinal, a incumbência de estar ao lado do Presidente como uma espécie de guarda-costas não me permitiria ímpetos emocionais.
Pera aí... um agrado poderia cair bem. Que mal tem.
Pensei em dar uma lembrança ao Lula. Mas tinha que ser rápido.
Achei ali pelos cantos da Vigilia um pedaço de couro de mais ou menos 10 cm de comprimento com entalhe de folha de uma planta qualquer. Na ponta tinha uma argola, o que significava que poderia ser usado como chaveiro.
Problemas
Na folha, havia uma série de escritos nada a ver com as circunstâncias.
Solução
Corri até o banheiro, raspei, lavei, assoprei e depois escrevi com caneta preta na folha-chaveiro:
Lula, aceite com muito amor.
ACORDEI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário