sexta-feira, novembro 23, 2012

CAUSOS DE CAMPANHA POLÍTICA


Marisa Stedile - candidata a Deputada Estadual em 2006 -  e seus fieis escudeiros Marcio Kieller e eu cumpríamos agenda de campanha no Sitio Cercado. Um local religioso, com padres e freiras ocupados no acolhimento da comunidade para participar de um culto.  

Umas 150 pessoas ocupavam um espaço com capacidade de no máximo 100. Uns sentaram-se nos poucos bancos enfileirados na sala, a maioria resignada em pé, todos no mais profundo respeito aquele ambiente sacro.

Lá pelas tantas  um dos religiosos pediu aos presentes que fizessem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do massacre de 15 voluntários Contra a Fome no Sri Lanka.

A sala ficou muda. Silencio sepulcral, até meu celular tocar dentro da bolsa. De imediato tentei desligá-lo. Mas quanto mais mexia, menos o inconveniente aparelho aparecia. Pior. Quanto mais o tempo passava, mais o volume do som aumentava.

Márcio, que estava ao meu lado, teve um ataque de riso.  A Marisa tentou se controlar  mas não se conteve.

Eu não sabia se ria ou se chorava ao ver, mesmo na penumbra da sala, as pessoas com a mão na boca tentando controlar o riso, uns com olhar de reprovação, outros atônitos.

Logo atrás, um cinegrafista se desconcentrou e derrubou  tripé e câmera quase em cima de uma criança. Uns saíam da sala para gargalhar a vontade ao ar livre

ET,: O TOQUE DO CELULAR ERA UMA GRAVAÇÃO DA MINHA DISCRETA GARGALHADA.

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