Marisa
Stedile - candidata a Deputada Estadual em 2006 - e seus fieis escudeiros Marcio Kieller e eu cumpríamos
agenda de campanha no Sitio Cercado. Um local religioso, com padres e freiras ocupados
no acolhimento da comunidade para participar de um culto.
Umas
150 pessoas ocupavam um espaço com capacidade de no máximo 100. Uns sentaram-se
nos poucos bancos enfileirados na sala, a maioria resignada em pé, todos no
mais profundo respeito aquele ambiente sacro.
Lá
pelas tantas um dos religiosos pediu aos
presentes que fizessem um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do
massacre de 15 voluntários Contra a Fome no Sri Lanka.
A
sala ficou muda. Silencio sepulcral, até meu celular tocar dentro da bolsa. De
imediato tentei desligá-lo. Mas quanto mais mexia, menos o inconveniente aparelho
aparecia. Pior. Quanto mais o tempo passava, mais o volume do som aumentava.
Márcio,
que estava ao meu lado, teve um ataque de riso. A Marisa tentou se controlar mas não se conteve.
Eu
não sabia se ria ou se chorava ao ver, mesmo na penumbra da sala, as pessoas com
a mão na boca tentando controlar o riso, uns com olhar de reprovação, outros atônitos.
Logo
atrás, um cinegrafista se desconcentrou e derrubou tripé e câmera quase em cima de uma criança. Uns
saíam da sala para gargalhar a vontade ao ar livre
ET,:
O TOQUE DO CELULAR ERA UMA GRAVAÇÃO DA
MINHA DISCRETA GARGALHADA.
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