“O pior analfabeto é o analfabeto político virtual. Ele não interpreta, não lê, mas curte e compartilha acontecimentos políticos tal como o mais sabio dos internautas. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político virtual é tão burro que se orgulha e estufa o peito ao ver postagena de ódio à política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
quinta-feira, abril 12, 2018
Carta aberta ao ex presidente Lula
Querido presidente,
Escrevo estas linhas a uns 200 metros de distância do lugar onde o senhor nunca deveria estar. Estou aqui com centenas de companheiros acampados em frente a sede da PF em solidariedade total ao senhor. Queremos vê-lo livre. Queremos abraçá-lo de novo.
Lembro quando o senhor nos recebeu em fevereiro do ano passado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Eram as mulheres do Paraná em vigília pela recuperação de dona Marisa.
Os anjos a levaram.
No dia seguinte fomos para São Bernardo. Lá enfrentamos uma fila quilométrica para conseguirmos novamente abraçá-lo. Lembro. Eu estava chorando. O senhor me confortou. “Vocês ainda estão por aqui?, disse. Mesmo com o coração em prantos, ainda restava-lhe energia para lembrar que no dia anterior estivemos juntos.
É isso. É essa a diferença. O senhor não vê o humano como estatística. O vê como amigo, irmão, como um companheiro que sente e chora.
Estamos juntos presidente. Eu, o senhor e mais uns milhões de brasileirinhos.
Até daqui a pouco.
Sirlei
Escrevo estas linhas a uns 200 metros de distância do lugar onde o senhor nunca deveria estar. Estou aqui com centenas de companheiros acampados em frente a sede da PF em solidariedade total ao senhor. Queremos vê-lo livre. Queremos abraçá-lo de novo.
Lembro quando o senhor nos recebeu em fevereiro do ano passado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Eram as mulheres do Paraná em vigília pela recuperação de dona Marisa.
Os anjos a levaram.
No dia seguinte fomos para São Bernardo. Lá enfrentamos uma fila quilométrica para conseguirmos novamente abraçá-lo. Lembro. Eu estava chorando. O senhor me confortou. “Vocês ainda estão por aqui?, disse. Mesmo com o coração em prantos, ainda restava-lhe energia para lembrar que no dia anterior estivemos juntos.
É isso. É essa a diferença. O senhor não vê o humano como estatística. O vê como amigo, irmão, como um companheiro que sente e chora.
Estamos juntos presidente. Eu, o senhor e mais uns milhões de brasileirinhos.
Até daqui a pouco.
Sirlei
quinta-feira, abril 05, 2018
Meninas e meninos: Eu vi.
Vi procurador imberbe jejuar em nome da lei e da ordem.
Vi juizes ricos bem nascidos defenderem auxílio moradia embora tendo casa e casas pra morar.
Vi governador caloteiro envolto em desvios milionários do erário beneficiado em arquivamento instantâneo das denúncias.
Vi foice e martelo deixarem marcas de bala em onibus suspeito de cidadania.
Vi a quadrilha legitimada no poder federal, cínica por natureza, zombar do povo enquanto meia dúzia berra na praça que o vermelho vai manchar a Pátria.
Vi deputados sem caráter nem brio a se curvarem em chantagens em troca do vil metal.
Vi o sangue de mulher politica, negra, lésbica, assassinada porque era humana demais.
Vi empresários ricos emprestarem empregados às ruas para dizer "abaixo o comunismo".
Ah... vi também um cara de barba grisalha e voz rouca vítima de uma perseguição sem trégua motivada pela sagrada teimosia da luta pela igualdade e justiça para pobres, pretos e putas.
Vi juizes ricos bem nascidos defenderem auxílio moradia embora tendo casa e casas pra morar.
Vi governador caloteiro envolto em desvios milionários do erário beneficiado em arquivamento instantâneo das denúncias.
Vi foice e martelo deixarem marcas de bala em onibus suspeito de cidadania.
Vi a quadrilha legitimada no poder federal, cínica por natureza, zombar do povo enquanto meia dúzia berra na praça que o vermelho vai manchar a Pátria.
Vi deputados sem caráter nem brio a se curvarem em chantagens em troca do vil metal.
Vi o sangue de mulher politica, negra, lésbica, assassinada porque era humana demais.
Vi empresários ricos emprestarem empregados às ruas para dizer "abaixo o comunismo".
Ah... vi também um cara de barba grisalha e voz rouca vítima de uma perseguição sem trégua motivada pela sagrada teimosia da luta pela igualdade e justiça para pobres, pretos e putas.
quarta-feira, fevereiro 21, 2018
Globo, jornalismo e dramaturgia. Nada a ver.
É sabido. A Rede Globo, notadamente na área do jornalismo, carece de credibilidade. A emissora apoia, mantém e derruba governantes a depender do lado que o vento sopra.
De um lado, o questionamento constante do malefício decorrente da parcialidade jornalística; de outro, o poder do alcance das notícias, em se tratando de um grupo que detém o monopólio da informação.
Fiz este preâmbulo para abordar outra questão: a da dramaturgia.
Refiro-me especificamente ao capítulo de ontem, terça, da novela "O outro lado do paraiso."
É sobre o espetáculo da interpretação nas cenas do julgamento. Na ficção, abusador, abusada sexual e mãe omissa conseguiram transformar a sala do júri em emoção real. A expressão dos atores e atrizes ali presentes ora acompanhava o script, ora por si se entregava ao drama vivido pelos personagens.
Do sofá, impossível não se emocionar pela intensidade do enredo ou então pelo frágil limite do real no exercicio da teatralidade ficcional.
E é na Globo que tudo acontece.
Nas salas onde Willian Bonner define pauta e Marieta Severo decora textos. No mesmo espaço em que Walcir Carrasco traz pra telinha o tema doído da pedofilia e onde os Marinhos conspiram para se manter donos absolutos da mídia.
Pois é.
De um lado, o questionamento constante do malefício decorrente da parcialidade jornalística; de outro, o poder do alcance das notícias, em se tratando de um grupo que detém o monopólio da informação.
Fiz este preâmbulo para abordar outra questão: a da dramaturgia.
Refiro-me especificamente ao capítulo de ontem, terça, da novela "O outro lado do paraiso."
É sobre o espetáculo da interpretação nas cenas do julgamento. Na ficção, abusador, abusada sexual e mãe omissa conseguiram transformar a sala do júri em emoção real. A expressão dos atores e atrizes ali presentes ora acompanhava o script, ora por si se entregava ao drama vivido pelos personagens.
Do sofá, impossível não se emocionar pela intensidade do enredo ou então pelo frágil limite do real no exercicio da teatralidade ficcional.
E é na Globo que tudo acontece.
Nas salas onde Willian Bonner define pauta e Marieta Severo decora textos. No mesmo espaço em que Walcir Carrasco traz pra telinha o tema doído da pedofilia e onde os Marinhos conspiram para se manter donos absolutos da mídia.
Pois é.
sábado, fevereiro 17, 2018
Pense Comigo
Em 2013, ano dos mega protestos contra a falácia dos 20 centavos, surgiram os tais black blocs. Do nada, quebradeiras, pichações se multiplicavam nas mãos de mascarados nos grandes centros urbanos. O povo ficou em sobressalto.
Como passe de mágica, a pauta dos 20 centavos sumiu, dos black blocs ninguém mais ouviu falar.
A calmaria voltou. Voltou? Não.
Os protestos foram um ensaio meticuloso e bem planejado para tirar a Dilma do poder. Desgastes, boicote parlamentar, tibieza do judiciário... Dilma perde o cargo.
Assume Temer. O homem predestinado a fazer o que a petista deposta não queria fazer: endireitar o pais à custa apenas do sacrificio do povo sofrido e trabalhador.
Chegamos em 2018.
Temer patina em miseros 6% de aprovação. Do baú satânico previsto, congelou recursos da saúde e da educação pelos próximos 20 anos, reduziu os direitos e acabou com a dignidade dos trabalhadores e agora tenta empurrar a forceps mudanças significativas nas leis da Previdência.
Tudo para atender exigências do grande capital, invisivel por natureza e voraz na esperteza.
Temer está encurralado. Dia a dia surgem notícias cabeludas de corrupção, cooptação na PF, conluios, mordomias palacianas.
A quadrilha previsa sobreviver. A aprovação da RefPrevidência é ponto de honra para o Temer et caterva justificarem a razão de suas existências ao mercado.
Ufa... Chegou o Carnaval.
Dá-lhe Rio. Rio do morro, favela e confronto. Rio centenário, do momo, do bloco, do brilho.
O Homem dos braços abertos lá em cima acolhe gente de todas as cores, raças e procedências no Carnaval.
Praias e ruas lotadas.
Gritos. Correria. Agonia. Arrastões tomam conta das praias da Zona Sul, um cartão postal agora diferenciado.
Não foi na favela.
Os black blocs invadem Ipanema. O mundo surtou. Governador assume a pusilaminidade. Prefeito em rolê abençoado na Europa.
E de repente, não mais que de repente, fiéis soldados da Pátria amada que querem a paz com fervor, são convocados para frear a indocil negritude perdida.
Parabéns Temer. O golpe foi de mestre. De dissimulado corrupto e destruidor de direitos, agora um presidente corajoso, preocupado com a segurança do povo.
E a Previdência? Nada que um parangolé negociado na podridão dos corredores palacianos não faça deputado mudar de ideia.
E por que o povo que saiu às ruas em 2013 não se rebela?
Porque não lê, não pensa com a cabeça. Porque precisa de um pato pra chamar de seu.
Como passe de mágica, a pauta dos 20 centavos sumiu, dos black blocs ninguém mais ouviu falar.
A calmaria voltou. Voltou? Não.
Os protestos foram um ensaio meticuloso e bem planejado para tirar a Dilma do poder. Desgastes, boicote parlamentar, tibieza do judiciário... Dilma perde o cargo.
Assume Temer. O homem predestinado a fazer o que a petista deposta não queria fazer: endireitar o pais à custa apenas do sacrificio do povo sofrido e trabalhador.
Chegamos em 2018.
Temer patina em miseros 6% de aprovação. Do baú satânico previsto, congelou recursos da saúde e da educação pelos próximos 20 anos, reduziu os direitos e acabou com a dignidade dos trabalhadores e agora tenta empurrar a forceps mudanças significativas nas leis da Previdência.
Tudo para atender exigências do grande capital, invisivel por natureza e voraz na esperteza.
Temer está encurralado. Dia a dia surgem notícias cabeludas de corrupção, cooptação na PF, conluios, mordomias palacianas.
A quadrilha previsa sobreviver. A aprovação da RefPrevidência é ponto de honra para o Temer et caterva justificarem a razão de suas existências ao mercado.
Ufa... Chegou o Carnaval.
Dá-lhe Rio. Rio do morro, favela e confronto. Rio centenário, do momo, do bloco, do brilho.
O Homem dos braços abertos lá em cima acolhe gente de todas as cores, raças e procedências no Carnaval.
Praias e ruas lotadas.
Gritos. Correria. Agonia. Arrastões tomam conta das praias da Zona Sul, um cartão postal agora diferenciado.
Não foi na favela.
Os black blocs invadem Ipanema. O mundo surtou. Governador assume a pusilaminidade. Prefeito em rolê abençoado na Europa.
E de repente, não mais que de repente, fiéis soldados da Pátria amada que querem a paz com fervor, são convocados para frear a indocil negritude perdida.
Parabéns Temer. O golpe foi de mestre. De dissimulado corrupto e destruidor de direitos, agora um presidente corajoso, preocupado com a segurança do povo.
E a Previdência? Nada que um parangolé negociado na podridão dos corredores palacianos não faça deputado mudar de ideia.
E por que o povo que saiu às ruas em 2013 não se rebela?
Porque não lê, não pensa com a cabeça. Porque precisa de um pato pra chamar de seu.
terça-feira, fevereiro 06, 2018
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