É sabido. A Rede Globo, notadamente na área do jornalismo, carece de credibilidade. A emissora apoia, mantém e derruba governantes a depender do lado que o vento sopra.
De um lado, o questionamento constante do malefício decorrente da parcialidade jornalística; de outro, o poder do alcance das notícias, em se tratando de um grupo que detém o monopólio da informação.
Fiz este preâmbulo para abordar outra questão: a da dramaturgia.
Refiro-me especificamente ao capítulo de ontem, terça, da novela "O outro lado do paraiso."
É sobre o espetáculo da interpretação nas cenas do julgamento. Na ficção, abusador, abusada sexual e mãe omissa conseguiram transformar a sala do júri em emoção real. A expressão dos atores e atrizes ali presentes ora acompanhava o script, ora por si se entregava ao drama vivido pelos personagens.
Do sofá, impossível não se emocionar pela intensidade do enredo ou então pelo frágil limite do real no exercicio da teatralidade ficcional.
E é na Globo que tudo acontece.
Nas salas onde Willian Bonner define pauta e Marieta Severo decora textos. No mesmo espaço em que Walcir Carrasco traz pra telinha o tema doído da pedofilia e onde os Marinhos conspiram para se manter donos absolutos da mídia.
Pois é.
quarta-feira, fevereiro 21, 2018
sábado, fevereiro 17, 2018
Pense Comigo
Em 2013, ano dos mega protestos contra a falácia dos 20 centavos, surgiram os tais black blocs. Do nada, quebradeiras, pichações se multiplicavam nas mãos de mascarados nos grandes centros urbanos. O povo ficou em sobressalto.
Como passe de mágica, a pauta dos 20 centavos sumiu, dos black blocs ninguém mais ouviu falar.
A calmaria voltou. Voltou? Não.
Os protestos foram um ensaio meticuloso e bem planejado para tirar a Dilma do poder. Desgastes, boicote parlamentar, tibieza do judiciário... Dilma perde o cargo.
Assume Temer. O homem predestinado a fazer o que a petista deposta não queria fazer: endireitar o pais à custa apenas do sacrificio do povo sofrido e trabalhador.
Chegamos em 2018.
Temer patina em miseros 6% de aprovação. Do baú satânico previsto, congelou recursos da saúde e da educação pelos próximos 20 anos, reduziu os direitos e acabou com a dignidade dos trabalhadores e agora tenta empurrar a forceps mudanças significativas nas leis da Previdência.
Tudo para atender exigências do grande capital, invisivel por natureza e voraz na esperteza.
Temer está encurralado. Dia a dia surgem notícias cabeludas de corrupção, cooptação na PF, conluios, mordomias palacianas.
A quadrilha previsa sobreviver. A aprovação da RefPrevidência é ponto de honra para o Temer et caterva justificarem a razão de suas existências ao mercado.
Ufa... Chegou o Carnaval.
Dá-lhe Rio. Rio do morro, favela e confronto. Rio centenário, do momo, do bloco, do brilho.
O Homem dos braços abertos lá em cima acolhe gente de todas as cores, raças e procedências no Carnaval.
Praias e ruas lotadas.
Gritos. Correria. Agonia. Arrastões tomam conta das praias da Zona Sul, um cartão postal agora diferenciado.
Não foi na favela.
Os black blocs invadem Ipanema. O mundo surtou. Governador assume a pusilaminidade. Prefeito em rolê abençoado na Europa.
E de repente, não mais que de repente, fiéis soldados da Pátria amada que querem a paz com fervor, são convocados para frear a indocil negritude perdida.
Parabéns Temer. O golpe foi de mestre. De dissimulado corrupto e destruidor de direitos, agora um presidente corajoso, preocupado com a segurança do povo.
E a Previdência? Nada que um parangolé negociado na podridão dos corredores palacianos não faça deputado mudar de ideia.
E por que o povo que saiu às ruas em 2013 não se rebela?
Porque não lê, não pensa com a cabeça. Porque precisa de um pato pra chamar de seu.
Como passe de mágica, a pauta dos 20 centavos sumiu, dos black blocs ninguém mais ouviu falar.
A calmaria voltou. Voltou? Não.
Os protestos foram um ensaio meticuloso e bem planejado para tirar a Dilma do poder. Desgastes, boicote parlamentar, tibieza do judiciário... Dilma perde o cargo.
Assume Temer. O homem predestinado a fazer o que a petista deposta não queria fazer: endireitar o pais à custa apenas do sacrificio do povo sofrido e trabalhador.
Chegamos em 2018.
Temer patina em miseros 6% de aprovação. Do baú satânico previsto, congelou recursos da saúde e da educação pelos próximos 20 anos, reduziu os direitos e acabou com a dignidade dos trabalhadores e agora tenta empurrar a forceps mudanças significativas nas leis da Previdência.
Tudo para atender exigências do grande capital, invisivel por natureza e voraz na esperteza.
Temer está encurralado. Dia a dia surgem notícias cabeludas de corrupção, cooptação na PF, conluios, mordomias palacianas.
A quadrilha previsa sobreviver. A aprovação da RefPrevidência é ponto de honra para o Temer et caterva justificarem a razão de suas existências ao mercado.
Ufa... Chegou o Carnaval.
Dá-lhe Rio. Rio do morro, favela e confronto. Rio centenário, do momo, do bloco, do brilho.
O Homem dos braços abertos lá em cima acolhe gente de todas as cores, raças e procedências no Carnaval.
Praias e ruas lotadas.
Gritos. Correria. Agonia. Arrastões tomam conta das praias da Zona Sul, um cartão postal agora diferenciado.
Não foi na favela.
Os black blocs invadem Ipanema. O mundo surtou. Governador assume a pusilaminidade. Prefeito em rolê abençoado na Europa.
E de repente, não mais que de repente, fiéis soldados da Pátria amada que querem a paz com fervor, são convocados para frear a indocil negritude perdida.
Parabéns Temer. O golpe foi de mestre. De dissimulado corrupto e destruidor de direitos, agora um presidente corajoso, preocupado com a segurança do povo.
E a Previdência? Nada que um parangolé negociado na podridão dos corredores palacianos não faça deputado mudar de ideia.
E por que o povo que saiu às ruas em 2013 não se rebela?
Porque não lê, não pensa com a cabeça. Porque precisa de um pato pra chamar de seu.
terça-feira, fevereiro 06, 2018
terça-feira, janeiro 30, 2018
Sobre opinião da ministra Carmen Lucia sobre decisão STF4
Apequenar o
STF ministra Carmen Lucia, é o testemunho presencial desse poder na farsa do
impeachment que culminou no afastamento da presidenta Dilma do cargo lhe conferido
pelas urnas. A não ser que a senhora acredite na fantasiosa história da
pedalada fiscal.
Apequenar o
STF ministra Carmen Lucia, é o silêncio sepulcral desse poder frente um helicóptero
carregado de 450 kilogramas de pasta base de cocaína aterrisado em terras de
notáveis políticos mineiros. A não ser que a senhora acredite na força do narcotráfico
na alavancagem da economia.
Apequenar o
STF ministra Carmen Lucia, é a omissão diante de um país comandado por receptores
de malas e depósitos de dinheiro armazenado em apartamentos de quinta. A não
ser que a senhora acredite na legalidade da origem do dinheiro.
segunda-feira, janeiro 29, 2018
Democracia estraçalhada
Quisera a
juventude, gente de tempo e energia, tivesse a dimensão das trapaças que
ocorrem hoje no Brasil.
Três poderes
unidos na podridão do sistema.
O judiciário,
a casta elegante e da moradia privilegiada, dá cada vez mais mostras de desinteresse
à parcialidade da justiça, requisito essencial ao sagrado exercício da magistratura.
O
legislativo, um caso à parte. Uma casa cujo funcionamento é proporcional à
quantia de dinheiro a molhar a mão dos deputados. Não há pudor, nem disfarce. Valores
são negociados à luz do dia para aprovar esta ou aquela matéria.
Paralelo às
chantagens, emana da casa das leis retrocessos absurdos nos costumes e pautas
culturais. Nada a estranhar se dia desses o estupro for legalizado em nome de Jesus.
As palavras social
e solidariedade foram substituídas pelo vai
e vem da Bolsa de Valores, pelo lucro dos gigantes, pela ganância dos donos da
soja, pela frieza dos banqueiros.
O executivo
se supera. Nunca d’antes na história deste país, vê-se um governo composto por
uma corja de ministros envolvidos em falcatruas, denúncias de recebimento de
milhões em propina, mostradas ao vivo e a cores em mala e apartamento recheados
de dinheiro.
Cenários inegavelmente
estarrecedores.
Mas, mais
estarrecedora que a prática maléfica em voga nos poderes, é o silêncio
sepulcral do cidadão brasileiro.
Há de se
perguntar o que falta para cair a ficha do povo e fazê-lo sair às ruas a
exemplo dos milhões de manifestantes em 2013.
A gasolina,
o gás e a luz dia sim dia não sobem de
preço. O emprego está escasso.
De um lado,
estão as esquerdas sempre prontas nas
ruas em denúncia aos desmandos. Porém, admite-se, sempre representada pelos
seus expoentes costumeiros. A massa continua distante, inerte.
Parcela da
população insiste na tese do “nenhum político presta,” o que soa quase como um mea culpa à panelada na janela.
E as
dificuldades de mobilização vão mais além. Os mais velhos que seguram o rojão,
um dia cansam.
Os mais
novos... na telinha a acompanhar as oscilações dos bitcoins.
domingo, janeiro 07, 2018
FHC diz que pobre não sabe votar
Em artigo dominical no PIG, mais uma vez FHC se supera.
No espectro da sua inequívoca sapiência sociológica, o tucano insiste na tese de que pobre não sabe votar; que o programa bolsa família é eleitoreiro...
Pois bem.
Além da observação eminentemente preconceituosa e elitista oriunda, talvez, de crises de amnésia intencional, FHC esquece da massa cheirosa no estádio a gritar "Dilma, VTNC". Eles sabem votar?
FHC esquece da classe média verde-amarela a saracotear em volta de um pato da mesma cor pedindo intervenção militar? Eles sabem votar?
FHC esquece do apoio maciço do rico empresariado da FIESP, da mídia clientelista ao "venha Temer". Eles sabem votar?
Pois bem mais uma vez.
É esta fatia de brasileiros que empurrou o Brasil nas mais sórdidas atitudes de hipocrisia na politica, de corrupção, de entreguismo, de despudor vistos no Planalto.
E o culpado é o pobre.
Volta pra França, FHC.
No espectro da sua inequívoca sapiência sociológica, o tucano insiste na tese de que pobre não sabe votar; que o programa bolsa família é eleitoreiro...
Pois bem.
Além da observação eminentemente preconceituosa e elitista oriunda, talvez, de crises de amnésia intencional, FHC esquece da massa cheirosa no estádio a gritar "Dilma, VTNC". Eles sabem votar?
FHC esquece da classe média verde-amarela a saracotear em volta de um pato da mesma cor pedindo intervenção militar? Eles sabem votar?
FHC esquece do apoio maciço do rico empresariado da FIESP, da mídia clientelista ao "venha Temer". Eles sabem votar?
Pois bem mais uma vez.
É esta fatia de brasileiros que empurrou o Brasil nas mais sórdidas atitudes de hipocrisia na politica, de corrupção, de entreguismo, de despudor vistos no Planalto.
E o culpado é o pobre.
Volta pra França, FHC.
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